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Ipanema, “rio infeliz”
Segundo o Tupi na Geografia Nacional (1901) "Ypanema" significa “a água ruim, imprestável”; ”o rio sem peixe, ou ruim para a pesca”. [1] Na edição de 11 de setembro de 1960 do Correio Paulistano, sob o título “Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda” lê-se: "(...) a Primeira Real Fábrica de Ferro, da qual hoje restam tombadas as ruínas nas margens do riacho Ipanema o que aos nativos significa rio infeliz".
Lagoa Dourada
Mas, no fundo, a primeira Real Fábrica de Ferro nasceu de uma lenda. O Morro de Ferro, às margens do Ipanema, foi descoberto em 1589 por Afonso Sardinha, quando em expedição a procura da Lagoa Dourada, “que num ponto qualquer da serra existia, nadando em suas águas peixes e patos de ouro”. Hoje, a quem quer que se pergunte em São João do Ipanema, sobre a tal Lagoa, não se houve resposta. Ninguém a viu, mas ninguém a contesta.
Fundação em 1800
A Real Fábrica de Ferro não se pode afirmar que tenha sido um sucesso de empreendimento. Caso não fosse, não existiriam hoje dela apenas as ruínas. A instalação da Fábrica em 1800 pelo Capitão Manoel de Melo Castro e pelo químico João Manço marcou, sem dúvida, o início da exploração econômica das jazidas de ferro do Brasil. Mas, por outro lado, a criação da Fábrica assinalou um dos primeiros e mais rumorosos casos de incuria administrativa no Brasil.Infelicidade
"A primeira fonte de infelicidade desta Fábrica foi a Companhia Sueca que trouxe Hedberg, o qual em vez de trazer mestres fundidores, refinadores e moldadores, trouxe os mais que de manipulação de ferro nada sabiam", essas palavras são de José Bonifacio de Andrada e Silva que em 1820, com a fábrica já decadente deu o golpe mortal na empresa ao denunciar irregularidade da fundação da fábrica, num relatório onde sua assinatura vinha com a autoridade de Intendente Geral das Minas e Metais do Reino. [2] |
Fontes/Referências:
[1] “O Tupi na Geographia Nacional” (1901) Teodoro Sampaio / p. 304 |
[2] “Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda” Correio Paulistano/SP, 11/9/1960. p10 |
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