| registros | 09/04/2025 16:27:59 |
|
Itapeva, Itavuvu e Jaraguá
“Há de se desconfiar de Afonso Sardinha quando alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal, pois não tinha botas”. [1]
Qual a origem de 80.000 cruzados em ouro em pó enterrados em botelhas de barro? [6] Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão, nem deixaria seus filhos na miséria. [17]
Em 1580 Afonso Sardinha adquiriu uma grande fazenda onde encontrou ouro e prata. Autores relacionam as propriedades de Sardinha as serras de Jaraguá, Mantiqueira, São Francisco e Araçoiaba. [2]
Em 20 de maio de 1762 uma reunião no Convento do Carmo em “Moji das Cruzes” concluiu que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá. [6]
Em 13 de janeiro de 1606 D. Francisco de Souza denomina a serra de “Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate”. [3]
Itapeva?
A denominação registrada nos primeiros documentos como local onde Afonso Sardinha descobriu o chamado “Buraco de Prata” é “Itapeva”. [14]
As denominações “Itapeva”, “Itavuvu” e “Jaraguá” estão geograficamente relacionadas. "Itavuvu" de "Itapebuçu", significa "pedra chata grande”, [22] e “itapeba” significa “pedra chata”, foi o primeiro nome da serra de São Francisco.
Ambos locais poderiam ser “Yaraquá”, como os nativos se referiam aos picos proeminentes, que quer dizer “dedo de Deus”; “o ápice do pico”. [13]
Claúdio de Madureira Calheiros
Os Madureira herdaram terras de Fernão Dias Falcão, dono da Fazenda do Itapeva, e desde 1780 tinham duas grandes fazendas, uma mais perto do Votorantim, à direita do rio Sorocaba, outra, à esquerda, cuja sede era na capela de Nossa Senhora do Pópulo. [9]
Cláudio de Madureira Calheiros tinha conhecimento em mineração. Em 1788, com Vicente da Costa Taques Goes, propõe criar uma fábrica em Ipanema. [10]
Em 22 de julho de 1788 envia uma pequena barra de ferro de 4 libras (1.836g) ao General Lorena, feita com minério do Araçoiaba, afirmando que o minério é de tal abundância “...que durará enquanto o mundo for mundo...” [11]
Em 1803 Martim Francisco visitou "a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684". [12]
1769: Itapeva/SP
Em 20 de setembro de 1769 é Cláudio de Madureira Calheiros, Juiz Ordinário da vila de Sorocaba, quem denomina a atual cidade Itapeva, sendo instalado um pelourinho. [8] Documentos registram duas fundações de Itapeva/SP. [21] |
Fontes/Referências:
[1] "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.116 |
[2] 190 Washington Luís p.190;191 / Washington Luís p.202 / “Memória Histórica de Sorocaba (I)” Aluísio de Almeida 337;338 / Vilardaga, José Carlos, São Paulo na órbita do Império dos Felipes: conexões castelhanas de uma vila da América portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640), São Paulo, Tesis doctoral, USP, 2010 |
[3] Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História / "As Minas Imaginárias" Marcelo Motta Delvaux p.151 |
[4] Revista do Instituto Historico e Geografico de São Paulo (1998) p.22 / genearc.net |
[5] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (1870) Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais p.59 / Revista do Instituto Histórico e Geografico de SP (1904) p. 36 |
[6] Isaac Grinberg- Hist. de M. das Cruzes - Washington Luís p.202 |
[7] Memória Histórica de Sorocaba IV, 1965. Aluísio de Almeida. Página 393 |
[8] Paisagens reveladas: o Jaó caboclo, quilombola, brasileiro, 2012. Sílvia Corrêa Marques |
[9] Memória histórica sobre Sorocaba V, 1967. Aluísio de Almeida. Página 176 |
[10] História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 23 |
[11] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 34 |
[12] ALUISIO DE ALMEIDA do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba. II PARTE. O BRASIL INDEPENDENTE. CAPITULO VI / Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema (1959) Prof. João Lourenço Rodrigues p.32,33 |
[13] “O Tupi na Geographia Nacional” (1901) Teodoro Sampaio / p. 304 |
[14] Brazões e Bandeiras do Brasil, 1933. Clóvis Ribeiro. Páginas 250, 251 e 252 |
[15] Brazões e Bandeiras do Brasil, 1933. Clóvis Ribeiro |
[16] memorialsorocaba.com.br/bandeira-de-sorocaba |
[17] “Na capitania de São Vicente” Luís, Washington (1869-1957) |
[18] Tropas e Tropeiros na Formação do Brasil, 1961. José Alípio Goulart |
[19] “Memória Histórica de Sorocaba” II, 1965. Aluísio de Almeida |
[20] Memória Histórica de Sorocaba V, 1967. Aluísio de Almeida |
[21] Paisagens reveladas: o Jaó caboclo, quilombola, brasileiro, 2012. Sílvia Corrêa Marques |
[22] “A História Ambiental de Sorocaba”, 2015. Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa |
|
|
|
Sobre o Brasilbook.com.br
Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
A base de dados inclui ci
Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .
Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.
Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP
Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?
Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:
BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira
Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.
Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.
Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.
É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.
BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.
 |
|