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Testamento de André Fernandes
Antes mesmo da fundação de Sorocaba, em 24 de junho de 1656, “dúvidas foram levantadas entre o povoador de Parnahyba e fundador desta vila e os nativos de Baruery, sobre terras do patrimonio dessa aldeia”.
Muitos seguem escritores renomados como Luís Gonzaga da Silva Leme, que atribui a fundação da Santa Ana de Parnaíba baseado neste documento.
Mas o documento em questão nada tem com o capitão André Fernandes e nele está bem claro que diz respeito a Balthazar Fernandes [5].
Ignoram também que em 24 de setembro de 1641 Maria Fernandes, filha André, se casa com João Fernandes "Edra" [2], sendo que João Fernandes de "Saavedra" é a pessoa responsável por apurar as dúvidas levantadas em 1656.
O primeiro povoador de Sorocaba
Minhas pesquisas indicam que o primeiro povoador de Sorocaba foi também o primeiro ferreiro do Brasil e sogro de Afonso Sardinha, considerado "primeiro homem branco em Sorocaba".
Entre os diversos nomes que é registrado nesses documentos está Domingos Luiz Grou. Ele teria chegado ao Brasil exatamente no dia 13 de dezembro de 1519 [1] e desde de 1535 frequentava a região de Sorocaba [2].
Entre as muitas conexões entre ele e a família de Balthazar Fernandes está o controverso testamento de André Fernandes, irmão de Balthazar.
Detalhado e extenso, foi "concluem assim que teve algum revés no sertão e regressando solitário, doente e já sexagenário, mandou o tabelião Ascenso Luiz Grou (neto do Domingos), em uma moradia, na vila de Parnahyba, que lhe escrevesse o testamento, aos 29 de setembro de 1641". [5]
Escritores conceituados como Manuel Eufrásio de Azevedo Marques e Luís Gonzaga da Silva Leme esqueceram que o testamento de André Fernandes não teve efeito algum, tanto que Ascenso Luiz Grou o riscou todo e lançou nele de sua letra a cóta: “O riscado não vale nada, nem diz nada, porque tudo foi erro de pena”. [8]
De fato, em 19 de abril de 1642 André está vivo em Santa Ana de Parnaíba... [6] |
Fontes/Referências:
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