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O “Período do Silêncio” na História de Sorocaba
02/05/2022

Sorocaba já era um dos locais mais movimentados do Brasil antes da chegada de Pedro Alvares Cabral em 1500. Um dos motivos era estar no "Caminho do Peabiru". [1]

Desde 1535 o misterioso Meste Bartholomeu frequentara esta região [2]. Em 1570 o padre José de Anchieta visita as proximidades de Sorocaba para "perdoar e pedir a ajuda" dele na defesa de São Paulo contra o ataque dos nativos [3].

Um de seus genros, Afonso Sardinha [4], nas palavras de Aluísio de Almeida, foi o "primeiro branco" a povoar Sorocaba.

Os registros aumentam, até que em 1611 inicia o “período do silêncio”, que se estende até 1654, quando Balthazar Fernandes, sua família e 400 escravizados se estabelecem definitivamente na região.

Henrique da Costa e a causa do "silêncio"

Percebido somente em 2022, um documento registrado em 7 de março de 1608, é o primeiro a mencionar “Sorocaba”. Trata-se da concessão de terras a Diogo de Onhate, “no da aldeia de Tabaobi (...) rio Nharbobon Sorocaba (...)”. [5]

Em janeiro de 1610 ele, Diogo de Onhate, concede a Henrique da Costa meia légua de terra para a “banda de Birassoiaba, rio abaixo do Anhembi feita”. [8]

A 3 de abril de 1609, “Henrique da Costa e o moço Baltazar, solteiro, filho de Baltazar Gonçalves e neto do Mestre Bartholomeu, foram denunciados na Câmara de São Paulo aprisionarem carijós nômades em Itú”. [6]

Neste dia, Carijós, incluindo um cacique, compareceram á Câmara de São Paulo relatando que “vinham em busca de moradia e remédios e trouxeram pouca gente que escapou”.

Que “vindo encontraram muitos que também vinham por outro caminho, os quais traziam muita fome e doenças; e que os outros que no caminho achara, e vindo pelo rio acima, em uma paragem chamada Atuahy (Itú), perto de Piassaba, e perto donde vivia Baltezar Gonsalvez e outros moradores, que lá estão, dos quais moradores subiram duas canôas, nas quais vieram dois brancos.

Quando disseram que iam morar em São Paulo, lhes tomaram a força tudo que traziam, incluindo uma nativa casada, com seus filhos, cujo marido estava presente e se queixava do agravo que lhe tinham feito."

Henrique da Costa e Balthazar foram claro: "que alí não queriam o capitão nem ninguém que de lá viessem e que lhes largasse a gente que traziam". [7]

Até por Lei essas ações não eram permitidas e resultaram "em pena de 500 cruzados (200$000) e degredo de dois anos para seus infratores". [6]

Em junho de 1616 “(...) pediu Henrique da Costa lhe fizesse o testamento, este estando preso das mãos (ilegível) de Deus com seu juízo perfeito”. E seu Inventário menciona a "meia légua de terra para a banda de Birassoiaba rio abaixo do Anhembi feita em janeiro de 1610". [12]

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Fontes/Referências:

[1] "Memória História de Sorocaba (I)" Aluisio de Almeida p.336;337 / “Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP (10/1971) p. 10 / ALFREDO MARIO SAVELLI (2009) p.145 / "Memória histórica de Sorocaba (I)" p.336 / Evolução Urbana de Sorocaba (2012). Andressa Celli (USP - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) p.44 / “Os Cavaleiros Templários e o caminho de Peabiru” (14.09.2018) Professor Jorge Ubirajara Proença

[2] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 15

[3] Na Capitania de São Vicente p.180 - Processos Anchietanos - carapicuibaconectada.blogspot.com / "Os Tupi de Piratininga. Acolhida, ressitência e colaboração" Benedito A. G. Prezia (2008) / Washington Luís p.180

[4] Conhecimento Geológico sobre o Pré-Cambriano p.59

[5] Sesmarias: 1602-1642 (1921) Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo p. 33, 34, 35 / projetocompartilhar.org/sesmarias.htm

[6] Povoadores de São Paulo – André Fernandes p.218 / A ESCRAVIZAÇÃO INDÍGENA E O BANDEIRANTE NO BRASIL COLONIAL: CONFLITOS, APRESAMENTOS E MITOS p.90/91

[7] "Revista do IHGSP" p.763 / SP na orbita dos Felipes p. 159 / projetocompartilhar.org/ Familia/ClementeAlvares.htm / Correio Paulistano/SP (24.01.2938) p.11

[8] projetocompartilhar.org/ SAESPp/ henriquedacosta1616henriquedacunhalobo1672.htm

[9] Sesmarias de 1602-1642, 1921. Publicação Oficial do Arquivo do Estado de São Paulo, impresso pela Tipografia Piratininga. Páginas 103, 104 e 105.

[10] Sesmarias: 1602-1642 (1921) Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo p. 103, 104, 105

[11] geni.com/people/

[12] projetocompartilhar.org /SAESPp/ henriquedacosta1616henriquedacunhalobo1672.htm

[13] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I” (21/12/1964) Aluísio de Almeida p. 336 / 346

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.