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Quem, quando e onde? A fundação de Sorocaba
29/06/2022

Beda Krusf, na aula inaugural, por ocasião da solene abertura dos Cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba, em 7 de março de 1954, proferiu as seguintes palavras:

"A vila de Sorocaba foi fundada no lugar denominado Itavovú, onde em 1654 já existia feito vila por despacho de D. Francisco de Souza, Governador desta Capitania. O lugar onde se acha a cidade, era da Sesmaria do Balthazar Fernandes.

E desejando este mudar a vila para aqui, onde já tinha construído uma Igreja a Nossa Senhora da Ponte que depois ficou sendo de São Bento e existindo já alguns moradores, fez neste sentido a competente petição.

É, pois, motivo justo estarmos reunidos em jubilosa solenidade para comemorarmos, condignamente, a existência tricentenária desta cidade, iniciada e construída sob a divisa dos monges de São Bento: "ora et labora". Em nome, e como filho, embora indigno, de São Bento, apresentamos a todos os Sorocabanos votos congratulatórios, implorando as bênçãos de Deus e da Santíssima Virgem para a felicidade temporal e sobrenatural de todos."
[13]

BALTHAZAR NÃO FUNDOU

Em conformidade com Beda Krusf, a historiadora Sonia Nancy Paes diz que "o documento oficial mais antigo de Sorocaba é o testamento de Isabel de Proença, segunda esposa do fundador de Sorocaba, Baltasar Fernandes. A data de fundação da cidade é de 1654 justamente pela data de registro desse testamento. Se o testamento do próprio Baltasar Fernandes fosse encontrado talvez mudasse a história da cidade". [17]

Sendo assim, trata-se de um erro! Além do testamento de Isabel Proença registrar "sorocabua" e "sorocava", o verdadeiro fundador de Sorocaba deveria ser Diogo de Onhate, "um homem que tinha oito filhos e levou muitas frechadas na defesa das terras da Coroa, ficando manco e aleijado do braço esquerdo".

Até recentemente era desconhecido, ou despercebido, por Historiadores, fixado na "capa" deste grupo, um documento datado de 7 de março de 1608 registra “terras de Diogo de Onhate próximas ao rio Nharbobon Sorocaba e sendo caso que do rio Pirayibig para a banda do campo não houver a légua de matos (...)”. [3]

Nharbobon ou Nharybobõ, na língua nativa, significa "ponte". Mas isso, e Diogo de Onhate, são temas para outros momentos...

MAIS VELHA, E TALVEZ MUITO MAIS ANTIGA

D. Francisco de Souza chegou em Sorocaba em 3 de junho d 1599, ocasião de fundação de um povoado, onde levantou um pelourinho [1]. Em 19 de março de 1605 D. Francisco de Sousa é convocado à Espanha durante a sua ausência, os moradores do Vale das Furnas trasladaram-se para Itavuvu, às margens do rio Sorocaba, 2 léguas a nordeste de Araçoiaba e cêrca de meia légua a jusante da barra do rio Pirajibú, à sua margem direita [2].

Entre aqueles que confirmam esses escritos está Adolfo Frioli, cujas palavras são as que mais respeito, escreveu em 1997, na página 30 de “A idéia da cidade”:

"Quando D. Francisco retornou da Espanha, elevou este novo local com o nome de vila de São Filipe, em 21 de abril de 1611, em referência provável à administração hispano-portuguesa dos Reis Filipes, no período da União Ibérica das coroas." [4]

SILÊNCIO

A partir daí até a chegada mudança do Itavuvu para o centro da atual cidade "tudo é silêncio na História de Sorocaba", segundo as palavras de Aluísio de Almeida. Tanto o destino de D. Francisco de Souza quanto os acontecimentos até 1654, são ainda mistérios a serem desvendados.

Com certeza, em 12 de maio de 1611 D. Francisco está no Sertão [5], menos de um mês antes ele estaria no Itavuvu. Teria o 7° Governador-Geral do Brasil encontrado alí o seu destino?

Alguns poucos autores dizem que os empreendimentos de D. Francisco em Sorocaba terminaram em 1612 [8]. Outros que parte dos metalúrgicos voltou para São Paulo e outra parcela continuou mantendo a fábrica, que produziu até 1615 e um terceiro grupo mudou-se para uma região melhor, às margens do Rio Sorocaba, conhecida então como Itavuvu, cerca de 12 quilômetros a leste do Araçoiaba. [6]

Sendo o "período do silêncio", neste ponto é conveniente e necessário perguntar se Balthazar Fernandes não partiu de Santa Ana de Parnaíba para Sorocaba, mas do bairro Itavuvu, local onde e talvez sempre esteve? Alguns registros me dão a certeza que desde 1609 ele estava numa canoa no Rio Sorocaba, e:

1° - Aluísio de Almeida supõe que sim! Segundo ele, além "de ter feições castelhanas (pele morena), a imagem trazida por Balthazar em 1654 podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provavel que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte". [13]

2° - Em 23 de setembro de 1619 André, irmão de Balthazar, obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro e Balthazar obteve sesmaria num "Porto de Canoas". [7]

3° - Segundo João Monteiro Salazar, foi em 1620 que os habitantes se retiraram para o Itavuvu [8]. Em 6 de janeiro desse ano, em carta que dirigiram ao donatário, afirmavam os mineradores, aos juízes e vereadores:

"que havia na serra de Araçoyaba, 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga e abastada, e perto dali com três léguas está a Cahatyba (Bacaetava) de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao Norte haverá 60 léguas das cordilheiras de terra alta, que toda leva ouro principalmente a serra do Jaraguá, Nossa Senhora do Monserrata, a de Voturuna e outras" [9].

4° - Em 1628 uma grande comitiva conduzida por André Fernandes passou 30 dias num porto ainda não identificado pelos historiadores, construindo canoas. Sabe-se que viram moradores no Itavuvu e que D. Cespedes chamou o local de Nossa Senhora de Atocha, cuja imagem sacra é também chamada La Morenita. [10]

5° - Se, após 9 de dezembro de 1634, “Balthazar teria deixado definitivamente sua casa grande em Parnaíba”, onde esteve até 1654? Ano em que se estabelece em Sorocaba? [11]

6° - A imagem de Nossa Senhora da Ponte, que se encontra atualmente no Mosteiro de São Bento de Sorocaba, não é realmente aquela que foi trazida por Balthazar Fernandes e as "provas parecem surgir a esse respeito com certa facilidade". [16]

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Fontes/Referências:

[1] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1998. Página 31.

[2] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 8 e 9

[3] Sesmarias: 1602-1642 (1921) Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo p. 33, 34, 35 / projetocompartilhar.org/sesmarias.htm

[4] “A idéia da cidade”, 1997. Adolfo Frioli. Página 3 / “Memória Histórica de Sorocaba I”, Aluisio de Almeida. Página 341

[5] "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.188

[6] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=6197

[7] "Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?" pág. 44/45 - Bandeirantes e Bandeirantes p.85 / projetocompartilhar.org/Familia/ClementeAlvares.htm

[8] Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Página 61.

[9] Jornal Correio Paulistano, 22.06.1929, página 5. “As mina de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos.

[10] “Affonso de Taunay e as duas versões do mapa de D. Luis de Céspedes Xeria (1628)“ ” Jorge Pimentel Cintra, José Rogério Beier, e Lucas Montalvão Rabelo (USP) 2018 / brasilescola.uol.com.br

[11] Revistado do IHGSP p.212

[12] "Memória Histórica de de Sorocaba" Aluísio de Almeida / "Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?" p.71

[13] Beda Krusf, na aula inaugural, proferida por ocasião da solene abertura dos Cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba, 07.03.1954

[14] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I” (21/12/1964) Aluísio de Almeida p. 336 / 346

[15] *Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida

[16] Jornal Cruzeiro do Sul (03.04.1982) página 7

[17] Sindicado dos oficiais de registro civil de Minas Gerais,, 29.01.2014

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.