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Pelourinho
A História brasileira não foi escrita somente por vitoriosos, dignos ou indignos, Realidade universal que "pobre não escreve livro". Como meu pai repetia, "impossível pensar com fome não"...
“Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão” [25]. Fácil e grave confundir Histórias e Opiniões, tanto como confundir Mentiras e Verdades.
“Para entender cada versão da História é necessário entender a influência das idéias que a compõem e a estrutura nas quais foram geradas. Pois, a influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que foi gerada, que com seu sentido explícito.
A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) tomando um caminho totalmente imprevisto por ele. O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não é a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”. [28]
Somente em 1845 o imperador D. Pedro II premiou quem respondeu "como se deve escrever a História do Brasil": um alemão, Von Martius. O livro que escreveu foi durante anos o guia-mestre para se contar a história do Brasil e nele não havia "bandeirante", pior, na verdade essa palavra ainda não existia na forma e significado que entendemos hoje. [5]
Em 1854, Francisco Adolfo de Varnhagen, "natural de Sorocaba, nascido em Ypanema", chamado por alguns de "pai da História", escreve a sua "História Geral do Brasil". Dentre as 559 páginas dessa obra monumental existem apenas 5 menções a Sorocaba e 0 a Balthazar Fernandes. [6]
Ao traçar a biografia de Francisdo Adolfo de Varnhagen, o maior historiador Brasileiro, Capistrano de Abreu lamenta a "ignorância sociológica do paulista de Sorocaba". [7]
Enquanto os poucos escritos por sorocabanos IGNORAM que grande parte das terras herdadas por Balthazar Fernandes foram criminalmente usurpadas e que em 1729 foram anuladas as imensas doações feitas por ele, maioria dos escritos melhor comprovam e fundamentam que Sorocaba foi fundada em 1670 pelo Conde da Ilha do Príncipe, este sim donatário e herdeiro dessas terras.
O próprio Rei escreveu: "não se verificar o título por que ele dante era senhor das terras, mesmo se fosse, não poderia sem expressa licença minha, alienar da Coroa, nem ficando sendo possuídas pelas religiões, e sem pagarem dízimos, parece fica de nenhum vigor a tal doação, e deixa do testador." [29]
PRIMEIRO PELOURINHO DO BRASIL?
O destaque protagonista e pioneirista de Sorocaba na História do Brasil surpreende é pela omissão dos autores. Sem especificar, uma fonte atual e utilizada pela maioria [29], atualmente os únicos pelourinhos existentes estão em:
Paranaguá/PR São Luís/MA Mariana/MG Óbidos/PA Rio Grande/RS Sorocaba/SP Campos dos Goytacazes/RJ
Qual o mais antigo? As datas, oficiais, de fundação de cada cidade, em lista crescente, é a seguinte:
1. São Luis/MA - Setembro de 1612 2. Paranaguá/PR - Julho de 1648 3. Sorocaba/SP - Agosto de 1654 4. C. dos Goytacazes/RJ - Maio de 1677 5. Mariana/MG - Julho de 1697 6. Óbidos/PA - Dezembro de 1697 7. Rio Grande/SP - Fevereiro de 1737
Sabem os autores que em 3 de junho de 1599 a grande comitiva de D. Francisco de Souza chegou a região de Sorocaba, onde fundou no local a vila de Nossa Senhora de Monte Serrate, erigindo o pelourinho, um esteio de madeira de lei com uma faca e um gancho de ferro, objetos esses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais. [1]
A importante opinião de Affonso Taunay, que teve acesso inigualável aos documentos, indica o mesmo nome Itapebussú apenas com pequena diferença de grafia dado ao arraial fundado por D. Francisco de Souza em Araçoiaba.
Em 1601 D. Francisco teria mudado o pelourinho para onde enviou os moradores e proibiu o acesso as minas de ouro, exceto os "Sardinha".
Em 14 de julho ele enviou moradores a Araçoiaba, dando-lhes terras "para lavrar mantimentos". Segundo ele, não foi preciso lotear as terras auríferas, não as havia, mas o povoamento da vila era útil como, em linguagem moderna, nova bôca de sertão. [2]
Em 19 de março de 1605 D. Francisco foi convocado á Europa, durante a sua ausência, os moradores do Vale das Furnas trasladaram-se para Itavuvu, às margens do rio Sorocaba, 2 léguas a nordeste de Araçoiaba e cêrca de meia légua a jusante da barra do rio Pirajibú, à sua margem direita. [3]
Em 1611 destacam-se três eventos:
1 - O pelourinho foi mudado para a beira do rio Sorocaba, para Itavuvú, sob a invocação de São Filipe 2 - DE SETEMBRO DE 1611 - Elevação do povoado a vila / mudança do Pelourinho 3 - Desaparecimento de D. Francisco 4 - Período do silêncio [4]
Seguem mais de 40 anos de silêncio nos documentos, até que os eventos se precipitam.
PELOURINHO(s?)
A simples existência de mais de um pelourinho ainda não foi explorada, nem ao menos como hipótese, cuja fundamentação seria "fatal", não só para todas as Histórias contadas sobre Sorocaba, mas para a História de Sorocaba, aparenta ser inimaginável.
Não faz sentido bairro Itavuvu ter, simplesmente, caído em desagrado de Balthazar Fernandes. Afinal este bairro prevaleceu até os dias atuais e ao que consta a primeira ermida, capela ou igreja de Sorocaba foi ali construída.
Segundo o Site da Catedral Metropolitana de Sorocaba documentos comprovam que ela já existiu no bairro do Itavuvú [29].
Aluísio de Almeida escreve em 1964 que no bairro Itavuvu havia “uma Santa Cruz coberta, sim lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira. Deve ter havido um rancho para uma cruz, pelo menos”.
E em 1967 ele escreve que "É um título notavel e único no Brasil e em Portugal. Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provável que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte.
Em 1985, ocasião em que o Mosteiro de São Bento e todo o complexo onde está instalado, uma área com cerca de 12 mil metros quadrados, foram tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico (Condephat).
Para coordenar esse trabalho foi chamado Dom José Carlos, que já possuía experiência nesse tipo de empreitada. Segundo ele "o Pelourinho de um desses povoados, o de Ipanema, está aqui em Sorocaba, na Rua Nogueira Martins. [24]
Assim, resumidamente, Balthazar Fernandes não fundou uma nova vila, apenas mudou o local do pelourinho na vila que já existente e já denominada. Permite-se pensar que apenas renomeou-a, e considerar fundador quem erigiu o primeiro pelourinho em 1599.
Isto é, em 1661 Baltazar Fernandes requereu a mudança do pelourinho erigido por Dom Francisco de Souza a légua e meia da atual Sorocaba. Desaparecido o documento original, várias cópias existentes falam em "meia légua", mas é êrro de cópia. [“Memória Histórica de Sorocaba” Parte I, 1964. Aluísio de Almeida. Páginas 340 e 341]
"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizoua mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [“Memória Histórica de Sorocaba” Parte I, 1964. Aluísio de Almeida. Página 350]
E na página 350 Mas Baltazar ou o próprio Salvador Correia se lembraram do pelourinho de Dom Francisco de Souza, talvez concreto, talvez simplesmente como tendo existido. Êle requereu áó Governador a mudança do objeto, considerando haver na paragem de Sorocaba trinta casais, o número da lei.
OUTRO PROBLEMA
Em 1834 historiador Manoel Joaquim d´Oliveira copiou nos livros encontrados no arquivo da Câmara Municipal e do Mosteiro de São Bento, a petição apresentada por Balthazar Fernandes à apreciação do governador Salvador Corrêa de Sá y Benavides. Eis os trechos que interessam:
"Diz o capitão Baltazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como morador em nome dos demais moradores, trata de levantar Pelourinho na dita vila, que será a meia légua do lugar onde se levantou um outro o sr. dom Francisco, que Deus tem...".
O próprio Aluísio de Almeida repete:
“Diz o capitão Balthazar Fernandes, morador da nova Povoação de Sorocaba, vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoador, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho (...)”
"Diz o capitão Baltazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte que ele como morador, em nome dos demais moradores, trata de levantar Pelourinho na dita vila, que será a meia légua do lugar onde se levantou um OUTRO Sr. Dom Francisco (...)".
Porém o despacho registra autorizou a mudança do pelourinho de Itavuvu para Sorocaba, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.
Já no primeiro livro da Câmara Municipal de Sorocaba, em seguida à transcrição desse importante despacho:
"Baltazar Fernandes me fez petição mediante escrita, representando-me nela como povoador, em nome dos demais moradores da Vila de Sorocaba, nova povoação, ela estava tentando levantar Pelourinho no termo da dita Vila, que é meia légua do lugar onde levantou meu antecessor, dom Francisco de Souza, governador-geral que foi deste estado.
(...) e haver o dito meu antecessor, dom Francisco de Souza, levantado Pelourinho no Distrito de Itavuvu e os Presentes querem mudá-lo dentro do mesmo termo. Concedo, na forma que pediu para que o pudessem mudar dentro do mesmo Termo distante do que o levantou o dito meu antecessor.
PROBLEMA
Não há dúvidas que esses documentos apresentam um outro e maior problema, anterior ao apresentado pelo(s) pelourinho(s): a palavra "Itavuvu".
Adolfo Frioli, um dos mais respeitados e prolíferos historiadores de Sorocaba, diz que "Itapessú passou a ser Itavuvu em finais dos anos 1800, quando um jornalista assim escreveu".
Ao longo da História a transformação da palavra "Itapebussú" em "Itavuvu" é absurdamente diferente das demais. Em 4 anos de pesquisas, entre os mais de 400 anos que separam "Itapebussu" e "Itavuvu" encontrei em 1763 um raro documento que registra "Tabubú". [14]
A ORIGEM DO ERRO?
Em 1819 o francês Auguste Saint-Hilaire passou por Sorocaba e seus escritos são dos mais importantes para se contar a História de Sorocaba. Como exemplo, é dele primeiro registro da presença de uvas em Sorocaba, aliás as comeu da “parreira” de Manuel Fabiano.
Por ele sabemos que rio Sorocaba, ainda em 1819, "os habitantes da região denominam comumente rio Grande, pelo motivo, certamente, de não conhecerem outro maior".
Quanto ao título Nossa Senhora da Ponte, cuja uma das três hipóteses para origem e significado é que se deveu à própria ponte de Sorocaba, existente no lugar, Aluísio de Almeida deduz o óbvio ao contradize-lá:
"Tem contra sí que a capela foi ficar a um quilômetro da ponte e em 1660 o topônimo era somente “paragem de Sorocaba”: em 1654, quando esse nome sonoro surge escrito no primeiro documento existente, era fazenda, sítio de Sorocaba. Teriam escrito “da ponte de Sorocaba".
E o Itavuvu? Afinal, reescrevo as palavras do próprio Aluísio: "E é provável que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte."
O que o francês escreve "atropela" muitos autores e faz outros pensarem em rasgar milhares de suposições escritas. Trata-se da única menção de uma "Nossa Senhora próxima á ponte":
"Em cada extremidade da ponte existe uma venda, tendo ao lado um pequeno rancho, e um pouco mais abaixo, à direita do rio, vê-se a capela de Nossa Senhora da Ponte, com a casa do vigário."
O pelourinho em 1819
Nas páginas 248 e 247 ele escreve:
“Pouco tempo depois, os habitantes de certa vila chamada Itapebussú, descontentes de sua situação, abandonaram-na completamente; transportaram-se a Sorocaba, que estava a pouca distância, e o pelourinho foi também transferido de Itapebussú para Sorocaba.”
Ao ler a justificativa, a origem desse escrito, nos deparamos com outra versão acima citada e que prevalece em maioria esmagadora entre os autores. Lembrando que Hilaire dispunha de raros escritos sobre Sorocaba, ele escreve:
Segundo D. P. Muller, Pizarro e "Útil Dicionário Geográfico do Brasil" indicam o ano de 1670 para a fundação da própria vila; mas não nos informam em que época a mesma obteve o título de vila.
É evidente que tal asserção resulta de uma dessas inadvertências quase impossíveis de evitar num trabalho tão extenso. Devo acrescentar que não encontrei, em nenhuma das obras que pude consultar, a denominação Itapebussú.
Entretanto, é necessário admitir a ocorrência de erro relativamente a alguma das datas indicadas, porque o convento de Sorocaba não pode ter sido fundado em 1667, a vila em 1670 e os habitantes de Itapebussú à mesma se terem transportado em 1656. [17] |
Fontes/Referências:
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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