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A Serra de “Itapeba”
14/07/2022

A imagem registra os trabalhos durante a construção da segunda represa na região da serra de São Francisco, em Itupararanga. A primeira foi rio Cubatão.

Ainda procuro detalhes sobre a origem e autoria da denominação "São Francisco". Era antes chamada "Itapeba" pelos nativos. [12] Como escreveu Zulmiro de Campos, autor do primeiro brasão de Sorocaba, adotado em 1917:

"Foi Affonso Sardinha o primeiro bandeirante que, em companhia de seus filhos, andando á caça de minas de prata, descobriu vestígios desse metal, não só naqueles montes de ferro, como também no bairro de Itapeva, no chamado “Buraco de Prata". [9]

Seu aumentativo, "Itavuvu" (itapebussu - pedra chata grande), prova a influência da língua nativa até dias atuais.

Sabe-se os motivos de Balthazar Fernandes, considerado fundador oficial desta cidade, ao renomea-la de "Sorocaba" para "Nossa Senhora da Ponte".

Estranho, pois sua origem familiar era mais "nativa", e apesar de viver como nativo, não escolheu nomes nativos para nenhum de seus muitos filhos.

Ele falava a língua nativa! Sabia ele que "nharybobõ" era como os nativos referiam-se a ponte, supostamente a primeira do Brasil, e supostamente construída por ele! [10]

Mais de 4 gerações depois, o Saru-taiá ainda falava a língua tupi. Excesso imaginativo supor a Nossa Senhora da Nharybobõ?

Serra do Cubatão

Raros documentos a mencionam como "Itapeva", e curiosamente, outros registram-a como "Cubatão". E além da influência e importância do "Cubatão" na História do Brasil, em poucas palavras capaz de reescreve-la, atualmente 3 rios recebem tal denominação.

Benedito Maciel de Oliveira Filho, historiador e atual presidente do Sorocaba Club escreve:

"O Cubatão sorocabano guarda segredos inimagináveis perdidos na epopeia bandeirante e na teimosia do tropeiro (..) ponto desconhecido mas intimamente ligado à evolução histórica." [11]

Ainda 1817, Manuel Aires de Cazal, o historiador que publicou carta Pero Vaz de Caminha pela primeira vez, escreveu:

"Depois de 13 recebe pela direita o Jundiahy, que passa pela vila de seu nome. Junto desta confluência, forma o rio Tietê uma grande catapulta, que impede a subida dos peixes, e 15 léguas adiante se lhe junta o Capibary por uma boca de seis braças de largura, depois de ter atravessado um extenso bosque de majestoso arvoredo. 2 léguas abaixo deságua na margem esquerda, com 8 ou 9 braças de largura, o rio Sorocaba, que nasce na serra do Cubatão e passa pela vila que lhe toma o nome." [3]

Somente em 1841 a denominação São Francisco é registrada em mapa [4]. O primeiro registro que encontrei a menciona-la assim é de Augusto Emílio Zaluar.

Entre 1861 e 1862 ele "percorreu quase de um extremo a outro o que ha de mais curioso na nossa bela, grande e heróica província de São Paulo. Apreciou os homens, observou os costumes, e admirou sobretudo a opulência e o vigor da natureza americana".

No livro que escreveu, apesar de repetir as palavras de Manuel Aires Casal na página 157, afirma:

"Esta linda cidade, cujas habitações alvejam no meio da verdura dos prados que a circundam, está situada a 18 léguas de São Paulo, capital da província, sobre as margens do rio que lhe deu o nome.

Sim, o Sorocaba, depois de se precipitar em massa do alto do soberbo Tupararanga, na serra de São Francisco, rola por sobre pequenas catapultas até despenhar-se do célebre Votorantun, e então, deslizando mansamente por espaço de 3/4 de légua, vem cortar a cidade."
[6]

PARADOXO

No Arquivo Nacional de Assunção encontra-se um documento curioso, pois registra que em agosto de 1604, um mineiro, acompanhado de padres da Companhia de Jesus e do escrivão e tabelião público Belchior da Costa (padrasto de Balthazar Fernandes) foi às minas de Monteserrate e São Francisco, e lá fez a repartição das minas entre alguns moradores, e “senalou” as de Dom Francisco, naquele momento um morador “comum” da vila de São Paulo. [1]

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Fontes/Referências:

[1] Jornal Correio Paulistano, 23.06.1929, página 4. “As minas de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos.

[2] "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.178 - p.183

[3] portal2020.ibiuna.sp.gov.br / ibiuna.sp.leg.br, 17.05.2021. Marcos Pires de Camargo

[4] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=11739

[5] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=25387

[6] Alexis Orgiazzi, 1857. Huntington Digital Library

[7] Peregrinação pela Província de S. Paulo: 1860-1861, 1862. Augusto Emílio Zaluar (1825-1882)

[8] O Espirito-Santense do Espirito Santo

[9] Brazões e Bandeiras do Brasil, 1933. Clóvis Ribeiro. Páginas 250, 251 e 252

[10] “Pequeno Vocabulário Tupi-Português”, 1951. Padre A. Lemos Barbosa

[11] “A História Ambiental de Sorocaba”, 2015. Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa

[12] Benedito Maciel De Oliveira Filho, 06.04.2022

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.