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O Itavuvu e o rio da “barra de ferro”
27/07/2022

O rio "itapocu catarinense" além da grande importância histórica, oferece um problema toponímico e geográfico de acordo com sua localização atribuída pelos autores: Santa Catarina. Reforçando teses sobre a capacidade do "itavuvu sorocabano" reescrever a História desta cidade, desde eventos que antecedem em mais de 100 anos os escritos oficiais.

Já nos tempos pré-colombianos, o Itapocu era referência de um dos caminhos preferidos pelos europeus, por onde entraram e saíram aventureiros, bandeirantes, viajantes, colonos, padres, nativos.

Seu primeiro registro está na empreitada mais afamada, a expedição, em 1541, do Adelantado espanhol D. Álvares Nuñez Cabeza de Vaca e sua enorme comitiva, logo após haver, em nome da Espanha, tomado posse da Ilha de Santa Catarina.

Entrementes, enquanto por aqui a frota esteve, seu piloto-mor João Sanches, natural de Biscaia, registrou para o rio o nome Itapocú (que Cabeza de Vaca anotou Itabucu).

As traduções todavia, são incompatíveis com o rio e nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra. Mesmo sendo certa, se adequaria a morro, rocha alta, não a rio.

Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal "Itapucu" foi situado, ou mesmo se foi situado; o rio jamais foi identificado pelos significados atribuídos, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum. [3]

CACHOEIRA

Dentre as interpretações aceitas, que também não atende ao "itapucu catarinense", está "água da pedra estourada", lembrando também cachoeira a estalar e uma grande pedra, onde a água estrondeia grandemente. [19]

Sobre o nome Voturantim, do conhecido salto do rio Sorocaba, significa mui propriamente montanha branca, pois que o salto do Sorocaba, naquele lugar, não é mais do que uma encosta alta, coberta de alvo manto de espumas. [17]

ITAVUVU: BARRA DE FERRO

Não só a História do "Itavuvu sorocabano" é anômala, também a evolução da palavra desde "Itapebussu". Segundo um respeitado historiador sorocabano, desde 1600, quando fundada, até meados de 1890, era chamada Itapebussu, quando um jornalista afirma ser Itavuvu o Itapebussu". E trata-se de erro, prova notável, em 1763, a primeira menção registra "Tabubú [14]

As muitas conexões com Sorocaba e principalmente com o Itavuvu ainda não foi notada por autores. Além da irresistível semelhança entre ambas as palavras, todas as interpretações acima escritas são atribuídas com muito mais frequência ao Itavuvu. Uma delas é incrível.

Um dos aspectos mais notados pelos autores diz que todavia, além do próprio nome ser tupi-guarani, mais provável à origem totalmente nativa do nome e aplicada já pelos nativos.

Dentre os autores que dedicaram-se na tradução da língua nativa, todos concordam no significado de Itavuvu, um dos principais é Teodoro Sampaio. Em “O Tupi na Geographia Nacional” escreve ele:

Lugar á margem direita do rio Sorocaba, ao Norte do município. É o mesmo Itapebussú, "itapuvu, itapucu, itaocu, etc.". Alusivo a ser esse lugar um planalto pouco elevado, "a laje grande; o lajeado". Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600."

A incrível conexão, escrita também por Teodoro, está no significado atribuído á Itapucú: Itapucú - Composto de itá-pucú, pedra comprida, rocha extensa, penha longa; barra de ferro. [17]

Se os escritos desde 1549 dão força à origem totalmente nativa do nome e aplicada já pelos nativos, essa barra de ferro pode estar relacionada ao primeiro ferreiro da capitania, Mestre Bartholomeu, que desde 1535 frequentara a região de Sorocaba. [2]

Além do ferro, Sorocaba nasce na povoação instalada no "Itavuvu sorocabano" pelo genro do mestre, para extrair o ferro nas proximidades, a abundância deste metal na região está fartamente escrita na História. De fato na montanha do Araçoiaba o ferro poderia ser "colhido" pelos nativos. Como escrito pelo pai do "pai da História do Brasil":

"A referida montanha, que, em virtude do mineral de que toda consta, chamam vulgarmente o Morro do Ferro. O mineral solto á superfície do morro é tanto e tão rico que creio só dele se poderia, por mais de cem anos, alimentar a maior fábrica do mundo, sem recorrer a trabalho algum mineiro." [16]

Também na carta, de 22 de julho de 1788, escrita pelo Capitão-mór de Sorocaba, Cláudio de Madureira Calheiros, ao General Lorena, feita com minério do Araçoiaba, afirmando que o minério é de tal abundância:

...que durará enquanto o mundo for mundo...”; que para lavorá-la só falta o mestre que “...saiba extrair o ferro do minério e aço do ferro...” e “...levantar as fábricas precisas”. Ademais, lembrava que era bom vir um Professor de Oficina. [15]

Por fim, muitos outros documentos, como um datado em 30 de novembro de 1944, no qual "o interventor do estado de São Paulo, Fernando de Sousa Costa, emitiu o Decreto-Lei 14.334, sobre a divisão administrativa e judiciária do Estado", lê-se que o munícipio de Sorocaba, em vários pontos, limita-se num ribeiro de Itapucu. [20]

Autores, principalmente seus escritos dedicados a Sorocaba, desprezam eventos importantes que provam ser "Itavuvu" o "Itapocu" da época.

Melhor exemplo foi o fechamento desse caminho em 1553, ano em que um caminho que ligava São Paulo ao litoral estava sendo aberto.Muitos espanhóis estavam chegando a São Vicente utilizando o "Itapucu", como Ulrico Schmidel, que após passar por Sorocaba, em 13 de junho, chegou a São Vicente. [8]

Após passar por Sorocaba, qual caminho percorreu Ulrico? Em 30 do mesmo mês Tomé de Souza mandou obstruir esse caminho, inutilmente por ser o da subida ao planalto a partir do Itapocu. [9]

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Fontes/Referências:

[1] pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Itapocu

[2] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 15

[3] Correio do Povo no. 3547

[4] Hans Staden: suas viagens e captiveiro entre os selvagens do Brasil / Teodoro Sampaio "O Tupi na geografia nacional"

[5] "Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.33 / Correio do Povo no. 3547 / SP na Órbita dos Filipes p.119 (Biblitoeca D´Ajuda. Códice 51-IX-25, f.142, Lisboa)

[6] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=26233

[7] S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601, 1920. Afonso de E. Taunay. Páginas 179 e 178.

[8] "História do Brasil" José Honório Rodrigues / Ulrico Schmidl no Brasil quinhentista, 1942. Sociedade Hans Staden. Página 79

[9] Ver CANABRAVA, Alice.op.cit. MOUTOUKIAS, Zacarias. Contrabando y Control Colonial en el Siglo XVII.Buenos Aires: Centro Editor de América Latina, 1988. VEIGA, Emanuel Soares da. O comércio ultramarinoespanhol no Prata. São Paulo: Editora Perspectiva, 1982. ASSADOURIAN, Carlos S.; BEATO, G;CHIARAMONTE, J.C. Argentina: de la conquista a la independência. Buenos Aires: Hispamérica; 1986. / "SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa" p.205 / Correio do Povo

[10] Documentos Interessantes, XLVIII, APESP, p.31 / História Geral da Civilização Brasileira. Tomo 1, Volume 1. São Paulo: Difel, 1972 / "Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.34;35

[11] Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História / Na Capitania de S. Vicente / Teodoro Sampaio "Tupi na geografia nacional" / Bandeiras e Bandeirantes p.38

[12] Sorocaba e os castelhanos. Diário de Notícias, 01.09.1940. Página 13. Aluísio de Almeida

[13] Documentos Publicados pelo Arquivo do Estado de São Paulo. Tipografia Piratininga, SP, 1921. VOLUME I

[14] Correio Paulistano, 14.12.1941. Página 22.

[15] “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 34

[16] Anais do 3o Simpósio Brasileiro de Cartografia Histórica (2016) / Eduardo Bueno 13/12/2010 (revistaepoca.globo.com)

[17] “O Tupi na Geographia Nacional” (1901) Teodoro Sampaio / p. 304

[18] “Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil”, 1935. Alfredo Moreira Pinto

[19] Decreto-Lei 14.334, sobre a divisão administrativa e judiciária do Estado, 30.11.1944. www.al.sp.gov.br

[20] “Toponímia Tupi-Guarani do Munícípío de Joinville”, no “Centenário de Joínvílle”, 1951. Norberto Bachmann

[21] “Referências e teorias sobre o nome Itapocu”. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul, 14.08.1989. José Alberto Barbosa

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.