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Inaugura-se a nova linha, entre a corte e a cidade de Niterói, das barcas a vapor da Companhia Ferry
    29 de junho de 1862, domingo
    Atualizado em 26/10/2025 00:00:58

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PRIMEIRO serviço regular de navegação a vapor, entre a Corte e a vizinha província do Rio de Janeiro, data de 14 de outubro de 1835, quando começaram a funcionar três barcas inglesas, armadas em iate, da Companhia de Navegação de Niterói, denominadas “Praia Grande”, “Niteroiense” e “Especuladora”.

Trafegavam de hora em hora (das 6 da manhã às 6 da tarde) e faziam a travessia da baía em 30 minutos.

Até então, o percurso era feito em botes, faluas e saveiros, durando a viagem mais de duas horas.

No dia 25 de maio de 1844, cerca das 5 horas da tarde, a barca “Especuladora”, que acabara de largar do Cais Pharoux, levando mais de 200 passageiros para Niterói, foi pelos ares, em razão de formidável explosão na caldeira, causando a morte de 70 pessoas.

Seguiu-se à Companhia de Navegação de Niterói a das Barcas Ferry (do verbo inglês “to ferry”: transportar em barco de uma margem para outra), cujo serviço foi solenemente inaugurado numa manhã de domingo, 29 de junho de 1862.

Tratava-se de barcas norte-americanas, movidas a rodas, com duas proas e capacidade para 300 passageiros e para carruagens, com os respectivos animais e cargas.

Os preços das passagens eram: 120 réis para as pessoas calçadas e 80 réis para as descalças; 700 réis por cavalo de sela; 1$000 por tílburi e besta; 2$000 por sege ou carro com duas bestas; e 5$000 por “andorinha” (carro de mudança), com as respectivas parelhas.

Roberto Macedo assim descreve a cerimônia da inauguração: Regurgitava o Largo do Paço. Grande massa de curiosos aguardava os monarcas. A todo o momento chegavam convidados. Faiscavam ao sol os instrumentos das bandas marciais. Às dez e meia estas romperam o Hino Nacional.

Dom Pedro II desce de sua caleça, louro e forte. Seguem-se a imperatriz Teresa Cristina, as princesas, os ministros de Obras Públicas, da Guerra e da Marinha, senadores, deputados e comitiva oficial.

Fazem as honras da casa W. F. Jones, diretor, e Thomas Rainey, empresário da Companhia. A família imperial visita, ponto por ponto, as barcas, inexpressivamente batizadas com os nomes de “Primeira”, “Segunda” e “Terceira”.

A “Primeira” e a “Terceira” transbordam de convidados, mais de mil e seiscentos. Na “Segunda” – uma segunda que foi a primeira – seguem na frente os imperantes.

A “Primeira” saiu com o diabo nas máquinas: abalroou um patacho, chocou-se com o flutuante dos banhistas e quase pôs a pique um escaler que lhe corria pela proa.

Entretanto, a “Segunda” navegava em mar de rosas. Por causa da maré baixa, demorou um pouco a manobra de atracação na Ponte de São Domingos, onde aguardavam os augustos imperantes o presidente da província, Luiz Alves Leite de Oliveira Belo, e autoridades provinciais. Depois de numerosas visitas em Niterói, regressou a família imperial na barca “Terceira”.

Em 1866, entrou em serviço a barca “Quarta”, estando em construção a “Quinta”, em estaleiro europeu, e, em 1878, a “Sexta” e a… “Sábado”.

Correram os anos e, em 1889, com a fusão da Companhia das Barcas Ferry e a Empresa de Obras Públicas no Brasil (serviços de bonde e de abastecimento d’água em Niterói), organizou-se a Companhia Cantareira e Viação Fluminense.

A fotografia da Biblioteca Nacional mostra a sede da antiga Companhia Ferry, na Praça Quinze de Novembro, com o relógio na torre. No mesmo local foi construída, em 1906/1907, a estação da Cantareira.

Fonte

Dunlop, Charles Julius. Rio Antigo. 3ª Tiragem ed. Rio de Janeiro: Editora Rio Antigo, 1963. (Composto e impresso na Gráfica Laemmert, Ltda.).



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.