O conde de Assumar, governador de Minas Gerais, capitula com os sublevados de Vila Rica, enquanto reunia forças para submetêlos - 02/07/1720
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O conde de Assumar, governador de Minas Gerais, capitula com os sublevados de Vila Rica, enquanto reunia forças para submetêlos
2 de julho de 1720, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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1720 — O conde de Assumar, governador de Minas Gerais, capitulacom os sublevados de Vila Rica, enquanto reunia forças para submetêlos (ver 28 de junho e 16 de julho). [1]
Aos dons dias do mez de Julho de mil setecentos e vinte, nesta villa leal de Nossa Senhora do Carmo, e no palácio em que assiste o Exm. Snr. conde de Assumar D. Pedro de Almeida, governador e capitão-general da capitania de S. Paulo e Minas, depois do se ter buscado todos os meios que pareceram convenientes para socegar o tumulto do povo de Villa-Rica e seu termo, persistindo cm o mesmo intento durante o tempo de cinco dias, e pelas mais consequências que dahi se seguiam, e por vir todo o povo sobredito a esta villa do Carmo, com a camará presa e as mais pessoas principaes da villa, apresentaram-me as condições seguintes, a saber: 1.° Que não consentem em casa de fundição, cunhos e moeda. Ao que rcspondeu-sc-lhes : — Deferido como pedem, 2.** Que não consentem em contracto novo algum que esteja em estylo até o presente. — Foram deferidos na mesma forma. 3.® Que não consentem que se pague o registro do bordo do Campo pelo incommodo que dá, só sim tragam bilhete, cada qual das cargas que trouxer, para delles pagar meia — 239 — oitava por secco, e meia pataca por molhado, aonde cada qual fòr sua direita descarga, para o que se elegerão cobradores, e levarão recibos para se descarregarem no dito registro; e outrosim se pagará pelos negros uovos, á oitava e meia por cada um, — Ao que se lhes deferio na mesma forma que pediam. 4.** Querem assegurar a Sua Magestadc, a quem Deus guarde, as trinta arrobas, lançando-se somente a cada negro oitava e meia, e no caso que este não chegue, se obrigam a inteirar-lhos, para o que contribuirão lojas e vendas conforme a folha que houver para a dita cousa, de sorte que passem cada uma de cinco oitavas, para cuja cobrança elegerão dous homens em cada arraial, ou os que forem necessários, e querem que toda pessoa que occultar escravo fique confiscado para a fazenda real, o que também comprehende os quintos do presente anno, para o que se deve fazer novo lançamento, para nesta forma se cobrarem de quem não tiver pago, e repor aos que já a pagaram o excesso da dita oitava e meia por cada negro. — E se lhes deferio como pediam. 5.° Querem para o serviço de Nosso Senhor, e de Sua Magestade, a quem Deus guarde, e conservação da Republica, que nem negro nem negra se arrematem na praça pelo preço tão diminuto como se tem experimentado, mas, sim, se avaliem por dous louvados de sã consciência, e que os credores os tomem por sua avaliação, quando não hajam arrematantes, o que também se observará, cm pro- priedades ou casas. — Ao que se lhes deferio na forma que pediam. 6.° Querem também que se dê regimento para os salários dos escrivães, tabelliães, meirinhos e alcaides, e assignaturas de ministros e agentes maiores e menores, e este seja pelo da cidade do Rio de Janeiro, de sorte que, se lá fòr quatro vinténs de prata, não duvidam que cá seja de ouro, e os mais a este respeito para nesta forma se — 240 — evitarem os excessos tão exorbitantes, como experimentam todos. — Ao que se lhes deferio na forma que pediam. 7.° Não consentem que o aferidor leve peso de ouro por outro cunho de cobre, que como isto sejam condições do senado por ser isto contracto seu, em que o povo nunca experimentou conveniência, que, só afim do contracto ser alto, fazem o regimento caro em prejuízo do povo, como é: de uma balança e marco, só de marcar, oitava e meia; de revista, uma oitava; de tirar o olho à balança, uma oitava, fazendo mais milagre do que Santa Luzia, dando olhos quando querem, fundados no interesse, e a este respeito as mais medidas, para o que se lhe do regimento útil para o povo. — O que se deferio como pediam. 8.° Não consentem que ao escrivão da camará se de oitava e meia por licença, e meia oitava por regimento de aferição, podendo ficar pago com meia oitava, como também o escrivão da almotaceria. — Ao que se deferio como pediam. 9.° Não consentem levar mais de meia pataca por todos os géneros que qualquer pessoa possa almotaçar, como se observa nesta villa do Carmo, por se evitarem as condem- nações que se fazem aos povos. — Ao que se deferio como pediam. 10.** Querem que os senhores do senado moderem as condcmnações tão exorbitantes ao povo, que estimam fazer sem regimento nem lei, e que as calçadas das ruas, onde forem necessárias, se façam á custa da camará e não do povo, pois lhe não come as rendas, e que outrosim os ditos senadores passem por anno as licenças assim dos contratantes dos gados, como dos mais negócios, por lhes ser muito prejuizo o tirarem todos os mezes. — O que se lhes deferio como pediam. 11.° Querem que as companhias de dragões comam á custa de seus soldos, 45 não cá custa dos povos. — O que se lhes deferio como pediam. — 241 — 12.** E por final conclusão de tudo querem que V. Exc. em nome de Sua Magestade, que Deus guarde, lhes conceda perdão geral, sei lado com as armas reaes, registrado na secretaria deste governo, camará e mais partes necessárias, publicado ao som de caixa pelos lugares públicos, e esta proposta se registre na secretaria deste governo, livros da camará. — Ao que se lhes deferio como pediam. 13.** tambem requerem que os contratadores dos dizimes não usem de seu privilegio para cobrarem suas dividas executivamente, senão durante o tempo do contracto, e quando seja necessário mais algum tempo V. Exc. lh*o concederá ao seu arbitrio. — Deferio-se-lhes como pediam. 14.** Requerem mais que nenhum ministro faça vexações ao povo com seus despachos violentos, procedendo á prisão e à fuga sem as circumstancias do direito, e que em tudo se observe com elles a lei do reino. — Ao que se lhes deferio como pediam. 15.** Que os officiaes de justiça, quando forem fazer diligencias a varias pessoas, repartam as custas, conforme o regimento, por cada uma delias, c sempre imploram o perdão. £ convocadas as pessoas abaixo assignadas, votaram unifor- memente se devia conceder ao dito povo tudo que pedia, nos artigos acima, assim e da mesma forma que o pediam, do que o dito senhor me mandou fazer este termo. Domingos da Silva, secretario do governo o fez. — Coride D. Pedro de Almeida (conde de Assumar), governador e capitão-general das capitanias de S. Paulo e Minas. Sebastião da Veiga Cabral. — Domingos Teixeira de Andrade. — António Caetano Pinto Coelho. — Rafael da Silva Cruz. — Félix de Azeredo Cainfieiro e Cunha. — Luiz Tenório de Molina. — Sebastião Joaquim de Varella. — Gabriel da Costa Pinna. — Tobias Barbosa da Silva. — Fructuoso l^ei- xeira de Carvalho. — O vigário da vara Pedro de Moura Portugal. — Manoel da Costa de Araújo. — Dr. Francisco da Costa Ramos. — Dr. João Nunes Viseiu — Pedro IVixeira — 242 — Serqtieira. — Manoel Cardoso Cruz. — Pedro Gomes Esteves. — Frederico (o resto do nome está inintelligivel ). — Manoel da Silva Ferreira. — ( Segue-sc uma assignatura indecifrável ). — Manoel de Affonseca. — Manoel Loureiro (o resto esta, inintelligivel).— Manoel Mendes de Almeida^ — (Segue-se outra assignatura indecifrável). — Jacintho Barbosa Lopes. > [2]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.