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Primeiro dia da batalha de Lomas Valentinas
    21 de dezembro de 1868, segunda-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


1868 — Primeiro dia da batalha de Lomas Valentinas e tomada doPiquiciri. O exército do ditador Solano López, tendo perdido, desde 6de dezembro, perto de sete mil homens nas batalhas de Itororó e do EFEMéRIDES BRASILEIRAS725Avaí, estava reduzido, segundo Resquín, a 13 mil combatentes.Ocupavam as baterias e as trincheiras de Angustura, sobre o rio Paraguai,700 homens (tenentes-coronéis George Thompson e Lucas Carrillo); alinha do Piquiciri, 2.500 e tantos sob o comando do coronel Hermosa; eas Lomas Valentinas, 9.800, sob o comando do ditador, que tinha àssuas ordens os generais Resquín e Caballero. Um entrincheiramentofechava parcialmente duas dessas colinas, a Loma de Acosta, maissetentrional, e a Loma de Itá Ibaté, onde estava o quartel-general doditador, entre aquela colina e a seção oriental da linha do Piquiciri. Aface nordeste dessas linhas de defesa chamava-se trincheira de Tacuruti;a face norte, trincheira de Acosta; a de oeste, trincheira do quartel dereserva ou trincheira Auxílio, porque quase em frente ficava a lombadesse nome. Os lados sudeste e sul estavam indefesos, mas os capões demato não deixaram perceber isso à cavalaria das divisões de AndradeNeves e de Vasco Alves, que penetraram no Potrero Mármol nessamanhã. O marechal Caxias, deixando em Vileta uma pequena guarnição,marchou para a lombada de Cumbariti, onde, às 9h, a nossa artilhariacomeçou a bombardear as posições de Lomas Valentinas. Ao mesmotempo, as forças do exército aliado, que haviam ficado em Palmas, aosul do Piquiciri, procediam a um reconhecimento, ameaçando por esselado o inimigo. O exército do marechal Caxias compunha-se, nesse dia,de 19.415 homens, todos brasileiros, e de 26 canhões (pontoneiros, 306;artilharia, 408; infantaria, 14.690; cavalaria, 4.011). Às 15h, foi dado osinal de avançar. O general João Manuel Mena Barreto, à frente de trêscorpos de cavalaria (700 homens) e de duas brigadas de infantaria(Mesquita e Oliveira Bueno, dois mil homens), atacou de través e pelaparte oriental a linha do Piquiciri, destroçando completamente as tropasdo coronel Hermosa e apoderando-se de 32 canhões e de três bandeiras.O combate por esse lado terminou ao escurecer. O general José LuísMena Barreto assaltou a trincheira de Lomas Valentinas pelo ladoocidental. Alguns dos seus batalhões penetraram nas posições inimigase apoderaram-se de vários canhões, três dos quais foram logo remetidosao general em chefe, assim como uma bandeira, mas os paraguaiosreceberam reforços e reconquistaram o terreno perdido. Outros ataquesforam tentados; no entanto, sendo grandes as nossas perdas, o generalordenou a retirada para a colina fronteira, quando a noite começava. Ainfantaria que combateu por esse lado (5.900 homens) formava a divisão OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO726do general Auto Guimarães (brigadas de César da Silva, de Hermes daFonseca, de Albuquerque Maranhão e de Pinheiro Guimarães) e foiapoiada por um corpo de cavalaria. A trincheira de Acosta (norte) foiatacada pelo general Jacinto Machado Bittencourt com 6.786 homensde infantaria das divisões de Miranda Reis e de Salustiano dos Reis(brigadas de Pereira de Carvalho, de Freire de Carvalho, de Lourençode Araújo, de Faria Rocha, de Valporto e de Seixas), apoiados peladivisão de cavalaria do general Andrade Neves (brigadas de JacintoPereira e de Gonçalves da Silva, 1.400 homens). A divisão de cavalariado coronel Vasco Alves ficou de reserva na extrema direita do inimigo.O general Bittencourt conseguiu apoderar-se da trincheira e de 23canhões (ver a sua parte oficial; a ordem do dia e o Diário do Exércitodizem erradamente 14), travando-se por esse lado o mais encarniçadocombate. Por ordem do marechal Caxias, foram sustentadas as posiçõesconquistadas, continuando ali o combate durante toda a noite e o dia 22.Nossas perdas foram enormes, mas as do inimigo muito maiores,ficando completamente destruídos o batalhão de Rifleros e os regimentosde Acaverá e de Acaraia, que eram os da guarda de López, o regimentoAcomoroti e muitos outros corpos. Durante toda a noite e o dia 22,tentaram os paraguaios retomar essas posições, mas foram semprerepelidos. Depois, continuou o tiroteio, conservando-se o inimigo entreos capões de mato da colina de Itá Ibaté. Às 18h de 23, outras tropasforam render as do general Bittencourt, e o tiroteio prosseguiu até oataque final no dia 27. Os paraguaios perderam nos dois primeiros diasde batalha 58 canhões, oito bandeiras (ofício de 26 de dezembro, deCaxias), e oito mil homens (algarismos de Resquín, na Memória por eleoferecida ao duque de Caxias), ficando mortos os coronéis ValoisRivarola e Filipe de Toledo, os tenentes-coronéis Manuel Cabrera eManuel Roa e muitos dos melhores comandantes. Pelos incompletosdocumentos publicados, sabemos que o 31o de voluntários (corpopolicial da cidade do Rio de Janeiro) tomou duas bandeiras e que trêsoutras foram tomadas pelo 49o de voluntários (Minas Gerais), 15o delinha e 11o de cavalaria da Guarda Nacional (Rio Grande do Sul). Abandeira dos rifleros da guarda foi tomada por um sargento deste últimocorpo. A nossa perda, do dia 21 até a tarde de 23, foi de 702 mortos (53oficiais), 4.049 feridos (268 oficiais), 481 contusos (119 oficiais) e 573extraviados (seis oficiais). Total de 5.805 homens fora de combate (446 EFEMéRIDES BRASILEIRAS727oficiais), sendo: dois do Estado-maior de uma das colunas; 5.165 dainfantaria; 569 de cavalaria (incluindo cinco do piquete do general emchefe); e 69 de artilharia e pontoneiros. Como sucedeu em quase todosos grandes combates dessa guerra, os corpos de voluntários e da GuardaNacional, por serem mais numerosos que os do exército regular,pagaram o maior tributo de sangue: tiveram nesses três dias 3.908homens fora de combate (313 oficiais), ao passo que os corpos de linhaperderam apenas 1.895 (131 oficiais), cumprindo notar que muitosbatalhões de linha acabavam de ser reforçados com os restos de seiscorpos de voluntários, dissolvidos depois das batalhas de Itororó e doAvaí (26o, 28o, 42o, 44o, 48o e 55o de voluntários), e que no dia 23 foramainda dissolvidos mais 11 desses corpos (24o, 25o, 29o, 32o, 33o, 34o, 36o,39o, 41o, 47o e 49o), sendo as suas praças incorporadas aos batalhões delinha. Entre os mortos, contavam-se o coronel Albuquerque Maranhão,comandante da 10a brigada de infantaria (era voluntário da pátria, bacharelem Direito e senhor de engenho na Paraíba); os tenentes-coronéis ManuelJacinto Osório, comandante de uma brigada de cavalaria, e AlmeidaCorte Real, do 25o batalhão de voluntários; os majores comandantesSecundino Tamborim, Galdino Vilas-Boas e Carlos de Carvalho (1o e 12ode infantaria de linha e 50o de voluntários). Entre os feridos, o brigadeirohonorário barão do Triunfo (Andrade Neves), comandante das 2a e 3adivisões de cavalaria; o coronel Miranda Reis, comandante da 1a divisãode infantaria; os comandantes de brigada Freire de Carvalho (voluntário)e César da Silva; e 16 comandantes de corpos. Os batalhões que maissofreram foram: 25o (335 homens fora de combate), 24o (223), 51o (266),54o (219), 33o (205) e 34o (205), todos de voluntários; e 16o (231), 12o(223) e 1o (203), estes três últimos de linha. Tomaram parte nesta batalhaos seguintes corpos: 1o, 2o, 3o, 4o, 8o, 9o, 10o, 11o, 12o, 13o, 14o, 15o e 16ode infantaria de linha (13 batalhões); 23o, 24o, 25o, 27o, 29o, 31o, 32o, 33o,34o, 35o, 36o, 38o, 39o, 40o, 41o, 46o, 47o, 49o, 50o, 51o e 54o de voluntários(21 batalhões); 2o e 3o regimentos de cavalaria de linha; 4o corpo decaçadores a cavalo; 1o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10o, 11o, 13o, 14o, 15o, 17o, 19o, 20o,21o e 24o de cavalaria da Guarda Nacional (16 corpos da Guarda Nacionale três de linha); e 2o regimento de artilharia e corpo de pontoneiros. Coma tomada da linha do Piquiciri, ficou franca a passagem para as tropasaliadas do acampamento de Palmas (ver o dia seguinte), e ficaramcompletamente isolados os paraguaios que ocupavam as fortificações de OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO728Angustura. Esses resultados, junto à tomada de uma parte doentrincheiramento de Lomas Valentinas e a destruição de mais de doisterços do exército inimigo, mostram a importância da vitória alcançadano dia 21 e sustentada com a mais heroica tenacidade até o dia 27, quandofoi tomada a segunda colina ocupada pelo ditador. Na manhã deste dia21, antes do nosso ataque, o ditador Solano López mandou fuzilar, em ItáIbaté, seu irmão Benigno López, seu cunhado general Vicente Barrios, obispo Palácios e deão José Bogado, o ex-ministro dos NegóciosEstrangeiros José Berges, o coronel Paulino Alen, o cônsul portuguêsLeite Pereira, o armador italiano Simão Fidanza e três senhoras: DoloresRecalde, Juliana Isfrán de Martinez e María de Jesus Egusquiza. Centenasde paraguaios e de estrangeiros foram assim executados por ordem dessebárbaro; uns, porque eram suspeitos de conspiração; outros, por seremparentes de oficiais aprisionados pelos aliados.



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EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.