Salvador Correia de Sá, O Velho, designado diretamente pelo monarca de "Governador das Minas do Sul"
4 de novembro de 1613, segunda-feira Atualizado em 25/02/2025 04:41:45
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« Logo que á Madrid chegou a certeza da morte de D. Francisco de Souza, foi despachado para succeder lhe, no lugar de. Administrador Geral das tres Capitanias: do Rio, S. Vicente e Espmto Santo - Salvador Correia de Sá, por alvará de 4 de Novembro de 1613, com ordenado de 600$000 por anno, que venceria desde o dia que sah1sse de Lisboa, em virtude do alvará de 27 de Dezembro do mesoo anno, passando-se-lhe alvará para avenguaçao das. mmas, do theor seguinte:• « u El-Re1, faço saber á vos Salvador Corrêa de Sá,f1dal~o _de min~a c~sa, que por se me representar que naCap1t~~1a de Sao V1c:nte ha minas de ouro e outras, quebenef1c1ando-se poderao ser de grande utilidade á minhafazenda e vassallos, encarreguei a D. Francisco de Souza,do m:u conselho, da averiguação e beneficio dellas, emque nao poude fazer cousa alguma de consideração, por succeder fallecer em breve tempo; e por que pelos ditosrespeitas, e outros do meu serviço, convem muito - averiguar-se a verdade e certeza dellas - confiando de vóspela muita experiencia que tendes das cousas daquellaspartes, e pelas muit~s da vossa pessôa, verdade e zelo, quetendes do meu serviço, me servireis muito á minha satisfa\ão, hei por bem de vos encarregar da averiguação,deixando em vossa prudencia o modo que nisto deveister, etc.» Seria preciso mais para explicar o arrefecimento, pouco depois, do zelo e entusiasmo suscitados na Corte pela novidade das grandes minas de São Vicente? A nomeação, em 1613, de Salvador Correia de Sá, o velho, para superintender as minas do sul, assemelha-se já, em alguns pontos, à liquida- ção forçada de uma empresa cujos proveitos não correspondem às grandio- sas expectativas com que se anunciara. Apesar da experiência que se podia supor em quem, como Salvador Correia, se exercitara em Potosi no labor das minas, da diligência que pôs no incremento de lavras novas, e dos esfor- ços contínuos que fez para atrair práticos de outras terras, o novo superin- tendente que, em contraste com D. Francisco de Sousa, pouco se demorou em São Paulo, preferindo permanecer no Rio de Janeiro, onde tinha pro- priedades, já não logrou convencer muita gente das vantagens que tiraria a Coroa de mais generosas inversões em negócio tão inseguro. No Regimento que deu ao velho Correia de Sá, quando o despachou para o lugar que ocupara D. Francisco de Sousa, S. Majestade ainda se refere ao que lhe fora representado sobre as minas de ouro da Capitania de São Vicente que, beneficiadas, poderiam eventualmente ser de muita utilidade à Régia Fazenda e aos seus vassalos. De onde a conveniência de se mandar pessoa com experiência e zelo do Real Serviço a averiguar a verdade e certeza das ditas minas.
Entretanto que as expedições se dirigiam á Conquista dos Índios, cujo cativeiro constantemente proibiram as nossas Leis, desde os primeiros dias de fundações portuguesas no Brasil, foram-se manifestando aos novos sertanejos algumas porções de ouro, prata, pedras preciosas, e outros minerais de grande valor, que a diligência posterior dos colonos, famintos d´essas riquezas, fez aparecer com exuberância. Antes do ano 1578 trabalhava-se em Paranaguá nas Minas de Ouro, de que foi Superintendente o Governador do Rio de Janeiro Salvador Correa de Sá, a quem foi dado um Regimento em 4 de novembro de 1613; cujas Minas, e as do distrito de São Paulo, largou aos seus moradores o alvará de 8 de agosto de 1618. [p. 265]
[24591] Memórias Históricas do Rio de Janeiro, 1822. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830) 01/01/1822 [2398] Genealogia Paranaense, volume 4°, de Francisco Negrão 01/01/1929 [2456] Anais da Biblioteca Nacional, volume 59 01/01/1937
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