24 de julho de 1783, quinta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Simón Bolívar veio de uma família da elite venezuelana e era membro da classe dos criollos. Com 20 anos de idade, ele já tinha perdido seus pais e sua esposa, María Teresa, e logo após o falecimento dela, jurou dedicar sua vida ao fim do domínio espanhol sobre a América do Sul.Esteve diretamente envolvido com os processos de independência de quatro nações (Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia) e idealizou a unificação da América do Sul em um projeto conhecido como Grã-Colômbia. Após o fracasso da Grã-Colômbia, Bolívar passou os últimos meses de sua vida sozinho e doente.juventudeSimón Bolívar nasceu no dia 24 de julho de 1783, na cidade de Caracas, atual capital da Venezuela. Nessa época, a Venezuela ainda era uma colônia espanhola e fazia parte da Capitania-Geral da Venezuela. Simón Bolívar teve uma origem aristocrata, uma vez que sua família era de criollos donos de muitas propriedades.Na América espanhola, os criollos eram descendentes de espanhóis que haviam nascido no continente americano. No caso de Simón Bolívar, ele era filho de Juan Vicente Bolívar y Ponte e María de la Concepción Palacios y Blanco, e sua família era dona de fazendas que produziam açúcar e cacau, além de possuir centenas de escravos.O nome de batismo de Bolívar era Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Ponte y Palacios Blanco. Ficou órfão ainda na infância, seu pai morreu quando ele tinha dois anos, e sua mãe, quando tinha quase nove anos. Ao todo, Simón Bolívar teve quatro irmãos, dos quais uma faleceu durante o parto.Com a morte dos seus pais, a criação de Bolívar ficou a cargo de seu tio Carlos Palacios y Blanco. Este contratou tutores para que Bolívar tivesse uma boa educação, e deles se destacaram Simón Rodríguez e Andrés Bello, intelectuais na Venezuela do século XIX. Bolívar ainda teve uma breve formação militar e, aos 16 anos, foi enviado para a Espanha, para continuar os estudos.CasamentoChegando à Espanha, Bolívar foi tutorado por Jerónimo de Ustáriz y Tovar, o marquês de Ustáriz, um nobre que chegou a ter cargos importantes nesse país. Durante o seu período na Espanha, Simón Bolívar conheceu a espanhola María Teresa del Toro Alayza. Ela era filha de criollos venezuelanos, e sua família fazia parte da aristocracia de Caracas, apesar de residir em Madrid.Bolívar ficou noivo de María Teresa em 1800, e, dois anos depois, eles se casaram em Madrid. Depois de um tempo em La Coruña, Bolívar e sua esposa mudaram-se para a Venezuela, onde passaram um tempo em Caracas e depois em San Mateo. Nesse último local, ao que tudo indica, María Teresa ficou doente, provavelmente febre amarela ou malária, e meses depois de casar-se com Bolívar, ela faleceu.Os biógrafos de Bolívar contam que a morte de sua esposa foi um duro golpe para ele, e a tristeza tomou conta de sua vida por certo tempo. Bolívar decidiu então nunca mais se casar novamente, e partiu em uma nova viagem pela Europa.Vida revolucionáriaEssa viagem pela Europa aconteceu no mesmo ano da morte de María Teresa (1803). Nesse trajeto ele esteve acompanhado de Simón Rodríguez, um de seus tutores, e de um primo de sua falecida esposa. O ponto mais marcante do roteiro foi a passagem de Bolívar pela Itália, onde ele fez o juramento do Monte Sacro.No juramento do Monte Sacro, Bolívar afirmou que dedicaria sua vida à libertação da América do domínio espanhol. Esse ato tem relação com a grande influência dos ideais iluministas com que ele teve contato durante suas viagens pela Europa. O local no qual o juramento foi feito também tinha valor simbólico, pois foi onde uma revolta de plebeus havia acontecido em 494 a.C.Bolívar ainda passou pelos Estados Unidos, que recentemente haviam conquistado sua independência, e os biógrafos falam que essa passagem teve grande impacto em Bolívar. Quando ele retornou à Venezuela, em 1807, encontrou a cidade de Caracas em estado de agitação política como consequência da destituição de Fernando VII do trono espanhol por ordem de Napoleão Bonaparte.Influenciadas por ideais iluministas, as colônias espanholas perceberam, naquele momento em que a Espanha estava enfraquecida, a chance para conquistar sua independência. Esse contexto garantiu o início do movimento de independência da Venezuela, e a luta pelo fim do domínio espanhol estendeu-se por toda a década de 1810. Em abril de 1810, foi formada uma junta revolucionária, e, no ano seguinte, foi declarada a Primeira República venezuelana.IndependênciaEsse contexto garantiu que Bolívar se projetasse como um líder militar e revolucionário na América do Sul. Sua primeira grande missão foi em Londres, onde esteve acompanhando de outros nomes importantes, como Andrés Bello e Luis López Méndez. Em Londres, Bolívar fazia parte de uma comitiva diplomática que buscava garantir o apoio dos ingleses à causa venezuelana.Essa missão aconteceu no ano de 1810, e a primeira campanha militar de Bolívar só aconteceu em 1811. As tropas realistas (tropas espanholas) conseguiram uma série de vitórias contra forças venezuelanas, obrigando Bolívar e muitos outros a fugirem da Venezuela em 1812. Bolívar passou um tempo em Curaçao e depois foi para Nova Granada.Em Cartagena, cidade litorânea de Nova Granada, Bolívar deu início à montagem de uma pequena tropa que tinha como objetivo reconquistar a Venezuela. Seus exércitos partiram de Cúcuta e marcharam na direção de Mérida. A conquista dessa cidade venezuelana rendeu ao líder militar o apelido de “libertador”.Ele ainda conseguiu conquistar Caracas e fundar a Segunda República, mas suas forças enfraqueceram-se, e ele foi obrigado a fugir novamente. Bolívar esteve em Nova Granada, Jamaica e Haiti, e então retornou para a Venezuela em 1816, com o apoio do presidente haitiano Alexandre Pétion.A Terceira República foi fundada em 1817, sendo Bolívar também seu líder. Ele ainda liderou tropas contra os espanhóis em Nova Granada, e assegurou a independência de Nova Granada quando derrotou os espanhóis na Batalha de Boyacá. Em 1821, ele também liderou forças que expulsaram os espanhóis em definitivo do território venezuelano.Depois de garantir a independência de Nova Granada (atual Colômbia, Panamá e Equador) e da Venezuela, Bolívar ainda se envolveu na independência do Peru e da Bolívia. Seu papel na independência de tantos países fez dele um dos revolucionários mais conhecidos da história sul-americana.Últimos anosDepois de derrotar os espanhóis, Bolívar colocou em prática um dos seus sonhos: unificar as nações sul-americanas em um só país. Ele idealizou a Grã-Colômbia, uma nação formada pelos territórios de Colômbia, Panamá, Equador e Venezuela. Foi seu presidente de 1819 a 1830, mas divergências com as elites de cada local minaram sua popularidade.Bolívar renunciou à presidência da Grã-Colômbia e passou os últimos meses de sua vida em relativo abandono e pobreza. Em 17 de dezembro de 1830, faleceu vítima de tuberculose, e seu projeto — a Grã-Colômbia — dissolveu-se no ano seguinte.Créditos da imagem[1] Mark Pitt Images e ShutterstockPor: Daniel Neves Silva
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.