“Sou grato a Bolsonaro”, afirma ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho
27 de setembro de 2019, sexta-feira Atualizado em 30/10/2025 14:54:16
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“Sou grato a Bolsonaro”, afirma ex-governador Luiz Antônio Fleury FilhoO presidente foi o único a defendê-lo após o massacre do Carandiru; em entrevista à Vejinha, Fleury critica o “radicalismo” do governador fluminense WitzelPor Ricardo Chapola27 Sep 2019, 10h38 - Publicado em 27 Sep 2019, 06h00 Vinte e sete anos depois de estar à frente do massacre do Carandiru, a maior tragédia carcerária da história do país, o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (MDB-SP) parece sereno ao falar a respeito de um assunto que já lhe rendeu muitas críticas. Aos 70 anos, ele recebeu a Vejinha em seu escritório, nos Jardins, para dizer que não guarda nenhum remorso pelo que aconteceu e manifestar gratidão a quem hoje está no centro do poder no Brasil e compactua com sua visão linha-dura na segurança. Apenas um político o apoiou publicamente quando 111 detentos foram mortos depois que a polícia invadiu um centro de detenção — um deputado federal do baixo clero da Câmara que, quase três décadas mais tarde, alcançaria o mais alto cargo da República: Jair Bolsonaro (PSL). “Ele foi o único deputado a me defender na tribuna. E isso é algo de que não me esqueço. Sou grato a ele”, revela. A relação entre ambos ficou mais próxima quando Fleury cumpriu dois mandatos como deputado federal, entre 1999 e 2007, o que deixa o ex-governador à vontade para falar do ex-companheiro de Casa. “É um homem muito inteligente. Muitos o subestimam, mas estão subestimando a pessoa errada”, relata.Embora mantenha uma retórica agressiva em temas relacionados à segurança pública, Fleury critica aqueles a quem chama de “radicais”. Foi assim que ele classificou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), protagonista de ações que geraram polêmicas em seus nove meses de gestão. Em uma delas, Witzel aparecia em um vídeo sobrevoando uma favela junto com policiais que atiravam aleatoriamente, sob o argumento de estar combatendo o crime no estado. Também sob sua batuta, uma operação policial resultou na morte de Ágatha Vitória Sales Félix, menina de 8 anos que voltava com a mãe para casa, no Complexo do Alemão, e estava dentro de uma Kombi. “Witzel é radical. Mais do que Bolsonaro”, afirma. “O governador tem de dar força ao bom policial. Eu os incentivava, mas também punia quem se excedia. Se não fizer isso, você acaba criando uma permissão para matar”, conclui. O ex-governador tem boa avaliação sobre João Doria, do PSDB, que hoje ocupa o cargo que já foi dele. “Ele faz bom uso das redes sociais. Só precisa tomar cuidado para não frustrar expectativas.”Contagem de presos depois que a polícia invadiu o presídio MÔNICA ZARATTINI/Estadão ConteúdoA operação que resultou no massacre do Carandiru foi o fato mais lembrado do governo Fleury, entre 1991 e 1994. Tratava-se de uma ação montada pelo então governador paulista para conter uma rebelião de presidiários que eclodiu dentro da Casa de Detenção do Carandiru, na Zona Norte, em 2 de outubro de 1992, mas a intervenção ostensiva da polícia resultou na morte de mais de uma centena de presos. “Não tenho nenhum tipo de arrependimento. Faria tudo o que fiz de novo. Tenho responsabilidade política pelo que houve. Não me eximo dela. Mas responsabilidade pessoal eu não tenho”, afirma Fleury, ao criticar a Justiça e os órgãos que investigaram se tinha havido excessos na ação policial no centro de detenção paulistano. “O Ministério Público esqueceu de colher provas. Tem policial que chegou a ser condenado e que entrou lá sem arma. E há policial que atirou à vontade e nunca foi indiciado.” Fleury, também ex-promotor de Justiça, diz ter sido alvo de uma onda de “ataques oportunistas” de adversários. “Houve uma carga muito forte em cima de mim.”Luiz Antônio Fleury Filho no Carandiru, após o massacre Luludi/Estadão ConteúdoCatapultado pela atuação na invasão do Carandiru, o coronel Ubiratan Guimarães, que encabeçou a ação dentro do presídio, entrou para a política. Ele se candidatou a deputado estadual em 1994 e 1998, mas só conseguiu se eleger em 2002, com mais de 56 000 votos. Reeleito quatro anos depois, foi encontrado morto em casa em 2006. Visivelmente mais magro, Fleury se recupera de uma cirurgia feita na semana passada para corrigir uma lesão no fígado. Afastado da vida política, o ex-governador tem uma rotina metódica. Acorda cedo em sua casa, no Pacaembu, e trabalha a maior parte do dia como advogado. À noite, dedica-se aos livros. Pretende terminar de ler Como as Democracias Morrem, escrito pelo cientista político Steven Levitsky. Para se divertir, apela para a Netflix. Está na última temporada de La Casa de Papel, mas admite que sua série predileta é Game of Thrones.Continua após a publicidadePublicado em VEJA SÃO PAULO de 02 de outubro de 2019, edição nº 2654.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.