O homem que ressuscitou a valentia humana (diante das baratas)
5 de março de 1974, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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"As baratas sobreviveriam a um desastre nuclear, mas não ao borrifo de Detefon"
Cândido Fontoura Silveira nasceu no dia 14 de maio de 1885, em Bragança Paulista/SP e faleceu em 5 de março de 1974, em São Paulo/SP. Foi um farmacêutico e empresário brasileiro.
Em 1915, fundou o Instituto Medicamento Fontoura, e posteriormente as Indústrias Farmacêuticas Fontoura-Wyeth, dedicada à produção de penicilina, inseticidas, entre eles o célebre Detefon, e outros.
Seu nome é sempre associado ao famoso Biotônico Fontoura, xarope tomado para abrir o apetite das crianças, batizado por Monteiro Lobato como amigo do farmacêutico.
Em sua homenagem foi denominadoo Hospital Infantil Cândido Fontoura, localizado no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo.
Detefon
Ele é sinônimo de inseticida. Criado para promover a carnificina de mosquitos, seu spray combatia "a malária, a febre amarela e o tifo", segundo um anúncio de 1953.
As baratas sobreviveriam a um desastre nuclear, mas não ao borrifo de Detefon. Sua fórmula nasceu tão poderosa que estudos mais tarde indicaram que não só os mosquitos, a malária, a febre amarela, a tifo e as baratas eram destruídas pelo composto; também a saúde humana corria risco.
Ganhou nova fórmula para continuar na ativa. Tem mais de oito décadas de serviços prestados em favor do sono tranquilo, sem o zumbido de pernilongos.
1924 - O Detefon, produzido pelo Laboratório Fontoura, o mesmo do Biotônico, ganha como garoto-propaganda Jeca Tatuzinho, personagem criado por Monteiro Lobato
1939 - O entomologista suíço Paul Müller (1899-1965) descobre as propriedades inseticidas do diclorodifeniltricloretano, o DDT. O estudo lhe rendeu o Nobel de Medicina de 1948 pelo uso do químico no combate à malária
1947 - O Detefon é registrado pela Anakol, indústria que comercializava a extinta pasta dental Kolynos, com duas linhas: o "Mata-Tudo" (aerossol, líquido, espiral e isca) e o "Mata-Baratas" (líquido e aerossol)Revista Galileu
1953 - "O novo Detefon é o mais forte! Destrói insetos, malária, febre amarela e tifo. Contém DDT, que deixa uma camada mortífera por vários meses", diz anúncio na revista "O Cruzeiro"
1970 - Durante a década, o DDT é banido de vários países por contaminar alimentos, intoxicar humanos, matar pássaros e outros animais. No Brasil, a fórmula do Detefon deixa de conter o químico
1990 - A marca é adquirida pela multinacional Reckitt Benckiser. A linha "Mata-Baratas" é descontinuada, já que a empresa comercializava o Rodox para o mesmo fim. No mesmo ano, o Detefon em forma de iscas é retirado do mercadoRevista Galileu
1997 - A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de alguns ativos tóxicos, entre eles o DDT, na fabricação de inseticidas destinados à venda direta ao consumidor
2003 - A Anvisa determina a retirada da expressão "mata-tudo" dos nomes comerciais dos inseticidas. Motivo: podia passar uma falsa expectativa de que o produto também eliminaria, além de baratas e mosquitos, outros animais que surgem nas residências, como aranhas e escorpiões. A linha Detefon é relançada com o dístico "Ação Total"
2008 - Uma pesquisa mostrou que metade dos consumidores concentra-se no interior de São Paulo e Rio de Janeiro e 76% deles pertencem às classes C, D e E
2009 -O Detefon figura em sexto lugar no mercado de inseticidas, segundo a ACNielsen. O primeiro lugar é ocupado pelo SBP, seguido por Raid, Baygon, Mortein e Mat Inset
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