| Silva Jardim: Brasileiro revolucionário morto no vulcão Vesúvio | | 1 de julho de 1891, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Antonio da Silva Jardim ficou para a história como Silva Jardim. Nasceu em Capivari, cidade que atualmente leva o seu nome, em 18 de agosto de 1860.
Era filho de um professor que mantinha a família com certa dificuldade. Para ganhar a vida, lecionava no sítio onde moravam. Por isso, Silva Jardim teve de se virar cedo. Trabalhou no próprio externato onde estudava.
Com espírito aventureiro, assim que chegou a época de fazer o curso superior, saiu de Niterói e foi para São Paulo estudar na Faculdade de Direito de São Paulo.
Não demorou muito para se envolver com as ideias abolicionistas e republicanas que movimentavam seus colegas estudantes e estavam presentes nos debates parlamentares do país.
Depois de formado, de comportamento irrequieto e espírito beligerante, não pensou duas vezes em vender sua parte da banca de advocacia e encerrar a sociedade que havia constituído com Martim Francisco.
Foi um fervoroso revolucionário. Com o dinheiro conseguido na venda da sua parte do escritório, percorreu os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro fazendo comícios. Era excelente orador. Dos melhores da nossa história.
Não tinha medo de morrer
Como defendia ideias que provocavam debates acalorados na população, por onde discursava era elogiado, criticado, perseguido e até apedrejado.
Não se incomodava. Quando lhe diziam que os monarquistas, formados pela guarda negra, organizada por José do Patrocínio, poderiam agredi-lo fisicamente por causa de suas ideias republicanas, respondia: vamos ver quem tem mais coragem, se eu para morrer, ou essa gente para me matar.
Ele não estava para brincadeira não. Basta dizer que chegou a fazer discursos com a arma na cintura. Houve até uma vez, num momento de eloquência desmedida, em que brandiu o revólver para que todos pudessem vê-lo.
Bem, para enfrentar o governo de turno, que era o do imperador D. Pedro II, precisava mesmo de muita paixão, coragem e determinação.
Proclamada a República, por ser muito radical, ficou de fora da turma que formava o novo governo. Não se deu por vencido, e no ano seguinte, em 1890, foi candidato às eleições constituintes, mas saiu derrotado.
Frustrado, decepcionado e amargurado com os velhos companheiros da causa que havia abraçado com tanto fervor, resolveu passar um tempo na Europa para decidir o que fazer da vida.
No dia primeiro de julho de 1891, ao fazer uma excursão pelas encostas do vulcão Vesúvio nas imediações de Nápoles, na Itália, por não seguir as recomendações dos guias, caiu em uma fenda e desapareceu.
Silva Jardim, portanto, foi protagonista de uma grande e surpreendente ironia. Como combatente ardoroso, correu todos os riscos de morrer nas mãos dos opositores políticos, mas sobreviveu.
Morreu jovem, aos 30 anos, em terras estrangeiras, vítima de um vulcão inativo longe dos campos de batalha que havia frequentado com tanta disposição.
OII!
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