No dia 13 de agosto de 1938, o maior diamante brasileiro foi revelado ao mundo. Ele pesava 726,6 quilates e foi encontrado no rio Santo Antônio, em Coromandel, Minas Gerais.
O diamante foi batizado de Presidente Vargas em homenagem ao então presidente da república Getúlio Dornelles Vargas. Por algum tempo, ele ocupou o posto de quarto maior diamante do mundo. Hoje, ele está em sétimo na lista dos maiores.
Dois garimpeiros, Joaquim Venâncio Tiago e Manuel Domingues, foram os sortudos que encontraram o enorme diamante. No entanto, a sorte não durou muito tempo.
Eles venderam o diamante por US$56 mil para um corretor, que, logo em seguida, revendeu o Presidente Vargas por US$235 mil. Algum tempo depois, ele foi vendido para o banco Dutch Union Bank de Amsterdã.
Enquanto o diamante estava guardado nos cofres do Banco Holandês, o famoso lapidador Harry Winston – responsável pela clivagem do diamante Jonker – tomou conhecimento da existência do magnífico diamante brasileiro.
Winston viajou para Amsterdã e comprou o diamante. O preço pago não veio a público, mas se sabe que Harry Winston adquiriu um seguro no valor de US$750 mil.
O diamante Presidente Vargas foi, então, clivado e lapidado. O diamante bruto deu origem a 29 diamantes menores. Entre eles, havia 16 com lapidação esmeralda, 1 com lapidação pear ou gota, 1 marquise e, entre as gemas menores, 10 trillions e 1 baguete.
Após a clivagem, a maior pedra, um diamante corte esmeralda de 48,26 quilates, é quem ficou com o nome Presidente Vargas.
As gemas trocaram de mãos com o passar dos anos. No entanto, nas últimas décadas, alguns pedaços reapareceram em leilões da Sotheby’s.
Em abril de 1989, o Presidente Vargas IV, com 28,03 quilates foi vendido por US$781 mil e o Presidente Vargas VI, com 25,4 quilates, foi vendido por US396 mil em 1992.
Diamante Presidente Vargas Data: 01/08/1938 Créditos/Fonte: Blog Poesie Bruto e a maior gema lapidada com 48,26 quilates(.276.
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Joaquim Venâncio Tiago Data: 13/06/2020 Créditos/Fonte: Capa do Livro O garimpeiro que encontrou o diamante Presidente Vargas. Livro de Mateus, Tiago e André Mendonça. De 13 de Junho de 2020(.276.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*