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    7 de abril de 2001, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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SEQUESTRO DE ÔNIBUSPMs acusados de matar por asfixia sequestrador da linha 174, no Rio, estão em funções administrativasFamília de Geísa ainda não foi indenizadaAntônio Gaudério/Folha Imagem Damiana Nascimento de Souza, que teve derrame cerebral durante o sequestro do ônibus 174, no Rio, segura foto da amiga GeísaSABRINA PETRYDA SUCURSAL DO RIOPassados quase dez meses do sequestro do ônibus 174, no Jardim Botânico (zona sul do Rio), a família da refém Geísa Firmo Gonçalves, 20, que morreu na ocasião, ainda não recebeu e não sabe se terá direito à indenização prometida pelo governo do Estado.

Os policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), tropa de elite da PM (Polícia Militar), envolvidos no caso e acusados de terem matado por asfixia o sequestrador Sandro do Nascimento, 21, continuam trabalhando na corporação e aguardam julgamento em liberdade.

No dia 12 de junho do ano passado, Nascimento, armado com um revólver calibre 38, fez dez reféns e promoveu mais de quatro horas de terror dentro do 174 (linha Gávea-Central do Brasil). O sequestro começou às 14h20 e terminou às 18h50, quando ainda havia seis mulheres como reféns.

Geísa, que era professora de artes numa escola na favela da Rocinha (zona sul), morreu após receber três tiros no tórax, disparados pelo sequestrador, e um de raspão no queixo, dado pelo soldado Marcelo Oliveira dos Santos, atirador de elite do Bope.

Nascimento morreu por asfixia, dentro do camburão, quando era levado para o hospital por cinco policiais militares.

Três dias após o caso, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio decidiu dar à família de Geísa uma pensão vitalícia no valor de três salários mínimos.

A proposta foi aprovada durante votação do projeto que concedeu o benefício às famílias das vítimas das chacinas da Candelária, em 1993, e de Vigário Geral, em 1994.

Tio de Geísa, o coronel da PM cearense Ivan Macedo não aceitou a proposta, sob a alegação de que ela não teria consistência jurídica e que o governo seguinte poderia suspendê-la.

O pai da professora, Gilson Gonçalves, entretanto, afirma não ter sido procurado por representantes do governo para tratar do assunto.

Duas semanas após o sequestro, Gonçalves, que mora no Ceará, veio ao Rio a convite de uma emissora de TV e teve audiência marcada com o governador Anthony Garotinho. Na reunião, ele pleitearia uma indenização de R$ 900 mil pela morte da filha.

A audiência foi cancelada na véspera. Gonçalves diz nunca ter tido contato com o governo estadual para tratar da indenização. "Ninguém nunca me procurou para falar dessa indenização."

O pai da professora, que decidiu entrar na Justiça, recebe dois salários mínimos como operador de uma gráfica em Fortaleza e espera conseguir o dinheiro para ajudar a mãe, a aposentada Terezinha Gonçalves, e a irmã de Geísa, Elisângela Gonçalves, a criar os seus dois filhos."O dinheiro não vai trazer minha filha de volta, mas pode nos ajudar a continuar vivendo", disse Gonçalves, que não falava com Geísa desde que ela viera morar no Rio, havia um ano.A primeira audiência sobre o pedido de indenização vai acontecer no próximo dia 22 de maio, na 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio.A Procuradoria Geral do Estado, alega, entretanto, que o Estado não tem responsabilidade pela morte da refém.Segundo o procurador-geral Francesco Conte, que caracterizou o episódio como "infeliz incidente", "houve ausência de causalidade, pois os tiros que atingiram a vítima não foram disparados pelo soldado, mas pelo sequestrador".Diz ainda que "o policial militar agiu em legítima defesa de terceiros". Ele também questiona a dependência financeira do pai de Geísa, afirmando que "ele não vivia com a filha havia muitos anos, portanto não há como alegar dependência financeira".O inquérito policial instaurado para apurar os responsáveis pela morte do sequestrador apontou que ele foi assassinado "a sangue-frio".O Ministério Público denunciou à Justiça, pela suposta prática de homicídio, o capitão Ricardo Soares e os soldados Márcio Araújo David, Flávio do Val Dias, Luiz Antônio de Lima Silva e Paulo Roberto Monteiro.No depoimento, Soares contou que "apertou" o sequestrador até fazê-lo desmaiar, mas que não teve "a intenção de matar". Os cinco cumpriram apenas prisão administrativa por 30 dias.De acordo com o comandante do Bope, Venâncio Moura, os acusados exercem funções administrativas no órgão. "Eles trabalham na seção de pessoal, de recursos humanos e na sala de operação de rádio. Nenhum deles voltou a participar de operações."

O soldado Marcelo Oliveira dos Santos também continua no Bope, trabalhando como operador de rádio. A denúncia por tentativa de homicídio oferecida contra ele pelo Ministério Público não foi aceita pela Justiça.

Se não forem condenados judicialmente, os policiais passarão por processos de avaliação psicológica e de readaptação. Após os testes, o comando do Bope decidirá se eles voltarão ou não a participar de operações.

O tenente-coronel José Penteado, então comandante do batalhão, acusado de tentativa de homicídio e de incentivar os outros policiais a matar o sequestrador -denúncias não aceitas pela Justiça-, assumiu o cargo de subcomandante das unidades operacionais especiais da PM. Segundo o comandante da PM, coronel Wilton Ribeiro, o cargo é burocrático.Anteontem, desembargadores da 8ª Câmara Criminal rejeitaram por unanimidade o recurso do Ministério Público contra Penteado e Santos.Texto Anterior: Morre aos 55 o ator e autor de teatro Ivan SettaPróximo Texto: Drama vai virar documentárioÍndice





Sequestro do ônibus 174
Data: 01/01/2000
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Ricardo Leoni / Agência O Globo
01/01/2000


ID: 3310


  


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