Dom Pedro II escreve a Miguel Maria Lisboa, barão de Japurá
12 de junho de 1871, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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É fundamentalmente nesta perspectiva que d. Pedro II tornou-se de fato um republicano, ou seja, no que tange à sua maneira de lidar com a coisa pública (res=coisa; pública=pertencente à coletividade). Por exemplo, destacamos a carta escrita pelo imperador ao ministro plenipotenciário do Brasil em Lisboa, Miguel Maria Lisboa, barão de Japurá, solicitando que fossem dispensadas as honras com que pretendiam recebê-lo, por ocasião da sua primeira viagem à Europa, em 1871, cujo excerto copiamos:Snr. Lisboa,Minha viagem é em caráter inteiramente particular, e chamo-me como designo-me. (…) Vou para hotel e hei de alugar trem. (…) Tendo provavelmente de haver quarentena, irei para o lazareto e muito me afligirei se qualquer exceção a meu respeito contrariar o intuito da legislação portuguesa. (…) Seu affeiçoado patrício, D. Pedro d’Alcantara[2][2] Trecho de carta escrita por d. Pedro II a Miguel Maria Lisboa, barão de Japurá (1809-1881), enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em Lisboa, Portugal. Lisboa, 12/06/1871. Maço 206 – Doc. 9380 – Arquivo da Casa Imperial do Brasil (POB). Museu Imperial/Ibram/MinC.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!