1 de setembro de 1942, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Walt Disney veio ao Rio de Janeiro em setembro de 1942. Zé Carioca é fruto dessa viagem.
Ele veio patrocinado por um bilionário norte-americano, John Rockfeller, para ajudar no estreitamento entre os Estados Unidos e esse nosso belo país.
O mundo atravessava a Segunda Guerra Mundial e nosso presidente, Getúlio Vargas, ora namorava os americanos ora namorava os alemães.
Disney precisava se inspirar na nossa cultura pra criar um personagem. Fazia parte da política da boa vizinhança. Fazia parte da conquista de atrair os brasileiros para o front dos aliados na Europa.
Com uma comitiva de 16 de artistas, Disney pisou e pirou no Rio de Janeiro. Ficaram hospedados no Hotel Glória, hoje em ruínas.
Eles viveram festas incríveis no Copacabana Palace e no Cassino da Urca.
O mineiro Joaquim Rolla, dono da então portentosa casa de jogos e que mais tarde construiria o Hotel Quitandinha, fez de tudo pra impressionar o gringo.
Conseguiu. Todos saíram encantados com o samba e com a caipirinha. O carnaval nunca mais sairia da mente.Nas areias da praia mais famosa do planeta, Disney parecia uma criança. Pegava a pesada câmera e rolava de um lado pro outro. Queria ângulos distintos dos nossos morros.
Depois de alguns dias, Disney tinha que seguir viagem. Ainda passaria por Argentina, Peru e México.Ainda em 1942, assistimos um dos resultados dessa vinda: o nascimento do todo estereotipado Zé Carioca, no filme “Alô, amigos”.
Na obra, Zé Carioca faz um cicerone ao Pato Donald. Rio de Janeiro é o cenário.
“Alô, amigos” tem uma cena que está no panteão dos clássicos do cinema politicamente incorreto, mostrando todo o anti-heroísmo do Zé Carioca, um personagem infantil que fuma charuto: o papagaio leva o muy amigo ao café e oferece ao Pato Donald um copo de cachaça.Rapaz, só faltou o Pato cuspir marimbondos.
O Brasil, como diria Tom Jobim, não é para amadores.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!