Militares franceses partiram de Nova York com destino a Pernambuco
16 de junho de 1817, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Cabugá não parou um só momento na tentativa de executar os encargos a ele confiados. Após realizar viagens por algumas cidades norte-americanas, contatos e assinaturasde pactos, compra de armas e alimentos, restava buscar auxílio militar para a defesa de Pernambuco. Neste sentido, quando já se encontrava na Filadélfia, agendou encontro comJosé Bonaparte, ex-soberano espanhol e irmão de Napoleão Bonaparte, com o objetivo da contratação de experimentados soldados franceses, outrora a serviço deste.
Vale ressaltar que com a prisão de Napoleão na África, na ilha de Santa Helena, se autoexilaram nos Estados Unidos, à espera de algum tipo de trabalho. José Bonaparte achou que aquele momento poderia ser importante para concretizar um plano de fuga para Napoleão e que vinha sendo maquinado havia algum tempo. Assim, pensou que o governo revolucionário poderia auxiliar naquelas operações, cedendo a ilha de Fernando de Noronha como ponto das operações de evasão do prisioneiro que daquele ponto seria conduzido para os Estados Unidos.
Não temos conhecimento dos detalhes do acordo de Cabugá e José Bonaparte em torno das questões da fuga de Napoleão, porém ficou ajustado efetivar a contratação de três militares; o coronel Latapie, o conde de Pontécoulant (Louis-Adolphe le Doulcet ) e os soldados Artong e Raulet, que embarcaram em Nova Iorque no dia dia 16 de junho de 1817 no cúter de bandeira norte-americana Paragon com destino a Pernambuco.
Latapie, antes de embarcar, esteve secretamente com José Bonaparte, que lhe solicitou observar o estado das coisas [que vinham ocorrendo no Norte do Brasil]”. Instou ainda para que visse as possibilidades “de armar uma esquadrilha de toda e qualquer forma” para ajudar no sequestro de Napoleão.
Quando o navio que os transportava chegou ao litoral brasileiro, tomaram conhecimento de que a revolução havia sido debelada e as forças realistas controlavam a região. O que os militares franceses não sabiam é que estando os passos de Cabugá espionados pelos agentes do abade e que este, desconfiando daquelas movimentações, se comunicara com o governador de Pernambuco Luís do Rego Barreto, recentemente nomeado por D. João VI, sobre o embarque deles em junho em um navio ancorado do porto de Nova Iorque.
O governador explicou ao monarca estar claro “que as tentativas para inquietarem esta Capitania poderão continuar”, mas esperava que nunca “tenham melhor sorte” e que iria continuar se correspondendo com Correa da Serra na tentativa de evitar surpresas. Os prisioneiros responderam a inquérito e, por determinação do rei, foram expulsos do Brasil.
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