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Jornal dos Economistas responde ao Diário de Sorocaba
    28 de fevereiro de 1889, quinta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Nós e o GovernoAo Diário de Sorocaba
Prometemos ao nosso estimável colega Diário de Sorocaba uma breve resposta a propósito da nossa atitude com relação ao ministério 10 de março [1].

O nosso entusiasmo não provém da lei de 13 de maio [2], que incotestavelmente foi um ato que por si só recomenda o gabinete, que teve a coragem de consorciar-se com a opinião para fazer tão profunda e radical reforma social.

~Temos outros motivos para prestar o nosso modesto apoio á política do gabinete 10 de março. O largo plano de melhoramentos materiais, constitui uma políica econômica das mais sãs para colocar um governo em posição simpática perante o país.

Os trabalhos já iniciados, as combinações financeirar do atual ministro da fazenda, cujo resultado se reflete no cambio, que ultimamente tem atingido acima do par.

A comissão de que foi encarregado o general Deodoro [3], cujas vantagens muito breve se refletirão nos interesss economicos do país e respecialmente das províncias de Mato Grosso e Goiás.

Tudo isto são outros tantos motivos para exaltar o nosso entusiasmo pelo governo. E tanto mais se justifica a nossa posição, quando vemos que o ilustre e benemerito estadista que preside o gabinete, nada mais tem feito do que por em prática, com mais largueza de vistas, o plano da política do ministério 7 de março [4] que foi o mais fertil e benefico que teve o país neste longo período do segundo reinado, sendo certo que o atual gabinete é legítimio continuador daquele, não só na sua política, como também no seu homem, que foi a alma e a vida do 7 de março e é o impulsor enérgico, como presidente do conselho do 10 de março.

O Sr. conselheiro João Alfredo assuimiu e tomou a responsabilidade do governo, justamente no momento em que o país passava por uma agitação perigosa e ameaçadora; mas, antes de medir o perigo, o benemerito estadista já tinha medido o seu patriotismo e energia: ele não via mais do que uma agitação patriótica, que seria sufocada pelo próprio patriotismo em ação.

No Relatório da presidência do Pará em 1869, já o Dr. João Alfredo mostrava a sua alta orientação política. Naquele importante documento oficial vamos encontrar muita coisa dita, que só agora se está fazendo.

Não citaremos trecho algum do Relatório do presidente João Alfredo, para não alongar este artigo, que já vai passando das proporções de uma breve resposta; porém, prometemos ao estimável colega de Sorocaba apresentar no próximo número dados mais positivos que venham a demonstrar e autenticar tudo quanto dizemos a respeito do ministério 19 de março, da sua política e do notável estadista, que é o impulsor de toda essa atividade que notamos no país.

Não declaramos e, acostumados á aridez dos assuntos econômicos e da estatística, não nos é facil "turibular" ídolos, mas certamente é nosos dever aplaudir os que se impõem pelo seu passado, e pelos seus serviços, dando sempre em todos os atos de sua vida exemplos de abnegação, de civismo e de alta orientação e critéiona direção das causas do país.

Foi assim que nos acostumamos a ver no Sr. conselheiro João Alfredo um estadista de elevado talento e capaz de fazer o que já tem feito, e mais ainda fará, se a política de campanario e de corrilhos não vier por-lhe embaraços com as suas exigências tacanhas e obstrucionistas;

Já vê o Diário de Sorocaba, a quem só devemos cortezsia e atenções, que não nos deixamos dominar por uma influência passageira; e, além do que fica exposto, não temos outra razão particular, pois não recemos do Estado auxílio, nem favor algum, se acreditamos que de todas as publicações cientifícas o Jornal dos Economistas é a única revista que não tem uma só assinatura para pelo governo.

Damos com prazer todas estas explicações e no próximo número informaremos o Diário de Sorocaba quais as revistas e periódicos que recebem subvenção e assinaturas do Estado.Tudo isto que fazemos, pelo muito quen os merece o estimável colega, a quem nos dirigimos com a cordialidade de que é digno e merecedor.

[1] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=10228

[2] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=5096

[3] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=19567

[4] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=10197



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ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.