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   20 de agosto de 1606, domingo
Provisão
      Atualizado em 25/02/2025 04:42:47

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A notícia de que havia ouro e prata na América Espanhola e a união das duas Coroas, a Espanhola e a Portuguesa, conhecida como União Ibérica

Essa diligencia foi chefiada por Nicolau Barreto, tendo sabido no ano seguinte, com amostras da descoberta de minas de prata, ouro e outros metais. Entendemos que Affonso Sardinha, o moço pereceu nessajornada, quando já de regresso, conforme já expuzemos algures.Esse pesquisador de minas teve como constante companheiro a Clemente Alvares, mineiro pratico, morador em Santo Amaro e que até 1606 havia registado na camara de São Paulo cerca de quatorze locaes onde descobrira ouro.

Dando uma noticia condensada de todos esses descobrimentos, temos o escriptor hollandez, João de Laet, na sua obra "O Novo Mundo ou Descripção das Indias Occidentaes", cuja edição princeps é de 1625 e que colheu os necessarios infórmes de Antonio Knivet e de Wilhelm Jostten Glimmer.

Assim, escreveu elle: "As minas de ouro que se descobriram nestes annos precedentes, na capitania de São Vicente, são: Santiago e Santa Cruz, nas montanhas de Paranapiacaba, a quatro ou cinco leguas do mar; Jaraguá, cerca de cinco leguas de São Paulo para o norte, e a dezesete ou dezoito leguas do mar; Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, seis ou sete leguas de São Paulo, ao nordeste e a vinte ou pouco mais do mar; Nossa Senhora do Monserrate, dez ou doze leguas de São Paulo para o noroeste, onde se encontram pepitas que pezam ás vezes duas e tres onças; Buturunda ou lbitiruna, a duas leguas da precedente, para o oeste; Ponta da Cahativa, a trinta leguas de São Paulo para o sudoeste. Quasi trinta leguas da. mesma villa de São Paulo para o sudoeste, ficam as montanhas de Berusucaba ou Ibiraçoiaba, abundantes em veios de ferro, não lhes faltando do também veios de ouro, que os selvagens cananéas tem por costume extrahir".

Na obra de Piso e Marcgraff em que collaborou, João de Laet ainda menciona os "montes de Sabaroason", dos quaes cerca de 1598, um mameluco extrahiu amostra dum metal de côr azul escura, salpicado de uns granulos côr de ouro, que levou á d. Francisco de Sousa, na Bahia, varando o sertão e que foi causa da vinda nesse mesmo ano á capitania de São Vicente, daquelle notavel representante do governo espanhol. [ "Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.37;38][1]

O Brasil sempre foi um país onde se paga muito imposto. Isso existe desde que Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1500. Havia tributos para a venda do pau-brasil, por exemplo. No século XVII foi descoberto pelos bandeirantes ouro na região da atual Minas Gerais. No século XVI, os espanhóis já haviam descoberto ouro e pedras preciosas nos territórios conquistados na América. Em São Paulo mesmo, no litoral sul, já havia sido encontrado vestígios de ouro e foram criadas as primeiras casas de fundição do país.

A notícia de que havia ouro e prata na América Espanhola e a união das duas Coroas, a Espanhola e a Portuguesa, conhecida como União Ibérica, estimulou e facilitou a entrada no interior do Brasil pelos bandeirantes a procura de metais preciosos. Ao encontrarem esses metais, não foi preciso informar as autoridades, pois a notícia se espalhou de forma rápida, atraindo grande quantidade de pessoas para as regiões das minas. Foi somente no ano de 1695 que o governador geral do Rio de Janeiro anunciou ao rei de Portugal, Pedro II, sobre as jazidas de esmeraldas descobertas. A partir desse momento, houve um grande movimento na região das Minas Gerais.[2]

Paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - “e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto’.- Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descubrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592. [projetocompartilhar.org/Familia/ClementeAlvares.htm]3]

Em relação às minas existentes, além da mina do Jaraguá, de Afonso Sardinha, e que, segundo Taunay, enriquecera também Braz Esteves Leme, e Vuturuna, próxima a Santana de Parnaíba, existiam as chamadas “minas do Geraldo”, no caminho para o morro do Jaraguá.

Estas minas são comprovadas numa carta apócrifa, e sem data, inserida na publicação do Livro Segundo do Governo do Brasil. Provavelmente direcionada a Francisco de Souza, o sujeito relatava, nesta carta, que, depois de quase ter sido preso por tentar averiguar os quintos na casa de fundição da vila, acabou sendo levado por Simão Alvares para ver amostras de ouro trazidas por Clemente Alvares, que havia descoberto e fundido um ouro “mui finíssimo e limpo” e que, segundo “Claudio” (talvez o ourives Claudio Furquim), tinha vantagem “do de Seraldo”, na verdade Geraldo Correia Sardinha.

Sabe-se que, natural de São Paulo, Clemente Alvares era homem empenhado e dedicado aos metais. Parceiro de Afonso Sardinha, o moço, durante suas empreitadas de pesquisa de minas, casou-se com a filha do castelhano Martim Rodrigues Tenório, um dos envolvidos no erguimento do engenho de ferro em Santo Amaro.

Tornou-se, assim, cunhado do engenheiro flamengo Cornélio de Arzão, também envolvido, a partir de 1609, com a produção de ferro. Em 1600, ficou como guardião de certo metal que parecia prata, e foi responsável por fazer os testes adequados.

As Atas da Câmara denunciam sua presença no sertão, com sua tenda de ferreiro, resgatando com os índios em pelo menos duas ocasiões. Em 1606 – estimada data da carta apócrifa - Clemente compareceu à Câmara de São Paulo para registrar algumas minas que tinha descoberto e, desse modo, não perder os direitos sobre elas, observando o que determinava o novo Regimento das Minas de São Paulo.

É provavelmente deste ouro que nosso missivista em questão falava. Portanto, as notícias concretas destas riquezas minerais são mesmo esparsas e fragmentárias, mas ainda assim sugestivas.[4]



Montagem
Data: 01/01/1864
2° Imagem: “Casarão dos Vergueiros”, atual Faculdade de Direito de Sorocaba. Segundo o excelente Sandro Aranha (13.03.2023), em "Sorocaba Através da História": O primeiro proprietário da Fazenda São Bento, se chamava Dr. José Maria de Souza, e ele foi o primeiro advogado formado de Sorocaba. Iniciou a construção de um casarão em suas terras em meados de 1840, mas faleceu antes de vê-lo finalizado, ficando inacabado por um tempo.


ID: 12202


Falecimento de Belchior Dias
Data: 01/06/1607
Créditos/Fonte: https://www.genearc.net/
(.242.


ID: 5395


“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”
Data: 01/01/1940
Créditos/Fonte: Carvalho Franco
Página 38


ID: 5409


Bandeirantes
Data: 01/01/1602
Créditos/Fonte: Capítulos da História Social de SP p.309
01/01/1602


ID: 5410


SP na órbitas dos Filipes
Data: 01/01/2010
Páginas 177 e 178


ID: 5890


Genealogia paulistana
Data: 01/01/1903
Créditos/Fonte: Luiz Gonzaga da Silva Leme
Página 160


ID: 11216


Historia Geral das Bandeiras Paulistas
Data: 01/01/1929
Créditos/Fonte: Afonso de E. Taunay (1876-1958)
Página 157


ID: 11287



 Fontes (2)

 1° fonte/1929   

Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
Data: 1929

Bem pouco animadora devia ter sido esta visita ás jazidas escassas do Ypanema. Que valiam minas de ferro e "aço"? Ouro e ouro era o que se queria, o que queria Sua Majestade! Sabedor de que Diogo de Quadros, a pretexto de ajuntar homens para a mineração do ferro, andava a cativa gentio, ordenava o Governador-Geral, por provisão de 20 de agosto de 1606, que a Câmara reprimisse os excessos deste minerador escravista.


 2° fonte/2010   

“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
Data: 2010

Em relação às minas existentes, além da mina do Jaraguá, de Afonso Sardinha, e que, segundo Taunay, enriquecera também Braz Esteves Leme, e Vuturuna, próxima a Santana de Parnaíba, existiam as chamadas “minas do Geraldo”, no caminho para o morro do Jaraguá.

Estas minas são comprovadas numa carta apócrifa, e sem data, inserida na publicação do Livro Segundo do Governo do Brasil. Provavelmente direcionada a Francisco de Souza, o sujeito relatava, nesta carta, que, depois de quase ter sido preso por tentar averiguar os quintos na casa de fundição da vila, acabou sendo levado por Simão Alvares para ver amostras de ouro trazidas por Clemente Alvares, que havia descoberto e fundido um ouro “mui finíssimo e limpo” e que, segundo “Claudio” (talvez o ourives Claudio Furquim), tinha vantagem “do de Seraldo”, na verdade Geraldo Correia Sardinha.

Sabe-se que, natural de São Paulo, Clemente Alvares era homem empenhado e dedicado aos metais. Parceiro de Afonso Sardinha, o moço, durante suas empreitadas de pesquisa de minas, casou-se com a filha do castelhano Martim Rodrigues Tenório, um dos envolvidos no erguimento do engenho de ferro em Santo Amaro.

Tornou-se, assim, cunhado do engenheiro flamengo Cornélio de Arzão, também envolvido, a partir de 1609, com a produção de ferro. Em 1600, ficou como guardião de certo metal que parecia prata, e foi responsável por fazer os testes adequados.

As Atas da Câmara denunciam sua presença no sertão, com sua tenda de ferreiro, resgatando com os índios em pelo menos duas ocasiões. Em 1606 – estimada data da carta apócrifa - Clemente compareceu à Câmara de São Paulo para registrar algumas minas que tinha descoberto e, desse modo, não perder os direitos sobre elas, observando o que determinava o novo Regimento das Minas de São Paulo.

É provavelmente deste ouro que nosso missivista em questão falava. Portanto, as notícias concretas destas riquezas minerais são mesmo esparsas e fragmentárias, mas ainda assim sugestivas.



[24421] Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
01/01/1929

[24461] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
01/01/2010


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