Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) 0 12/10/1580
Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)
Atualizado em 25/02/2025 04:41:35
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“Índios de Piratininga”, qualificam as sesmarias de terras concedidas aos índios de Pinheiros e aos de S. Miguel de Ururaí, por Jerônimo Leitão em 12 de outubro de 1580 (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354), o que não deixa a menor dúvida que Piratininga estendia-se desde Carapicuíba, incluindo Pinheiros, até Ururaí. Piratininga era, pois, uma vasta região do campo vagamente indicada no planalto. (“Na capitania de São Vicente” Luís, Washington (1869-1957) [0]
São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, foi doada aos índios através de carta de sesmaria datada de 12 de outubro de 1580. Nesta aldeia, foi construída uma Capela pelos jesuítas e índios, chamada de Capela de São Miguel Arcanjo. No século XVII, São Miguel perde importância estratégica com a saída maciça de índios, levados pelos portugueses nas entradas promovidas pelo sertão.
Depois de contenderem alguns anos por este modo, chegaram finalmente os padres a cantar a vitória; porque achando-se em S. Vicenteo governador-geral Mem de Sá em 1560, tais razões lhe propôs o Pe. Nóbrega, a quem ele muito venerava, que persuadido delas, mandou extinguir a Vila de Santo André, e mudar o Pelourinho para defronte do colégio:138executou-se a ordem no mesmo ano, e daí por diante ficou a povoação na classedas vilas com o título de S. Paulo de Piratininga, que conservava desde o seuprincípio.
Os guaianases oriundos de Piratininga, e mais índios ali moradores, vendo que iam concorrendo portugueses, e ocupando as suas terras, desampararam S. Paulo, e foram situar-se em duas aldeias, que novamente edificaram, uma com o título de Nossa Senhora dos Pinheiros, e outra com a invocação de S. Miguel.
139 Depois de alguns anos Jerônimo Leitão, loco-tenente de Lopo de Sousa, donatário de S. Vicente, concedeu-lhes terras por uma sósesmaria lavrada aos 12 de outubro de 1580, na qual consignou aos índiosdos Pinheiros 6 léguas em quadro na paragem chamada Carapicuíva, e outrastantas aos de S. Miguel em Uraraí. Hoje quase nada possuem os miseráveisíndios descendentes dos naturais da terra; porque injustamente os desapossaram da maior parte das suas datas, não obstante serem concedidas as sesmarias posteriores dos brancos com a expressa condição de não prejudicaremaos índios, nem serem deles as terras, que se davam.[2]
João Ramalho morou em lugar chamado Jaguaporecuba, próximo a Ururaí, como se vai ver. Na carta de sesmaria, concedida por Jerônimo Leitão aos índios de Piratininga em 1580 escreve-se a palavra Jaguaporecuba cuja penúltima sílaba está roída por traças. Mas no mesmo 1º volume desse Registro, pág. 150, se encontra a transcrição da provisão em que João Soares, em 1607, é nomeado capitão-mor dos índios da aldeia de Guarapiranga, da aldeia-nova de Guanga e de Jaguaporecuba.
Por outro lado, no inventário de Francisco Ramalho, casadocom a índia Justina, inventário iniciado a 7 de novembro de 1618 (vol.5º, pág. 255) há uma declaração de Francisco Ramalho, em que este, em1604, se obriga .....“a levar e a sustentar a sua custa até minha casa, que éna aldeia de Guanga”....
Este Francisco Ramalho, segundo os genealogistas, era filhoou neto de João Ramalho, em todo o caso era deste descendente.A Aldeia de Guanga, do que se depreende da nomeação deJoão Soares, estaria, talvez, próxima a Jaguaporecuba, onde morava adescendência de João Ramalho. Como quer que seja, houve em S. Paulo,além de outras, as aldeias de Guanga e de Jaguaporecuba cuja palavra“Jaguaporecuba” é completada pela menção na sesmaria, concedida porJerônimo Leitão aos índios de Piratininga, e que ia desde Carapicuíba aUruraí, ficando esta no único caminho, do planalto para o litoral, queentão havia.As terras dos índios de Ururaí confrontavam com as de JoãoRamalho, onde chamavam Jaguaporecuba, pelo menos na época da concessão feita por Jerônimo Leitão. Assim se verifica no trabalho de Toledo Rendom. [Na capitania de São Vicente, 1957. Washington Luís. Páginas 162 e 163]
Três dadas: Em Carapicuíba começando junto das terras de Domingos Luiz Grou, em Uraí começando com as terras de João Ramalho e Antonio de Macedo, e em JagoaporéDomingo, 12 de Outubro de 1580Indios – 12/10/1580 – Três dadas: Em Carapicuíba começando junto das terras de Domingos Luiz Grou, em Uraí começando com as terras de João Ramalho e Antonio de Macedo, e em Jagoaporé. [4]
AKU´TIExiste oficialmente desde a criação da Sesmaria de 1580 (em 12 de Outubro) e sob a denominação Koty (do guarani Koty= casa/ponto d´encontro). Esta Sesmaria, terra doada, criava a dos Índios de Pinheiros e Barueri, e nela cabiam Carapicuiba, Koty, Embu, Itapevi, Barueri.Era uma Aldeia Carijó - nação nativa que em sua diáspora amazônica criou várias aldeias ao longo do litoral, sempre a nomeando como Acutia/Koty. O primeiro registro de Acutia foi feito pelo marujo alemão Hans Staden, no Séc. 16, na impressão do seu livro sobre o Brasil. A primitiva aldeia situava-se na campina do Caiapiá (lugar onde abundavam ervas medicinais do mesmo nome), no sertão carapicuibano, e no Séc. XVIII (em 1703) mudou para lá do rio, para o sertão itapecericano, onde se encontra até hoje na atual praça da Matriz. Em traço barroco foi erguida na Caiapiá uma Capela indicando a rota do Peabiru (sul do atual Paraná) aos corajosos que, como Raposo Tavares, Fernão Dias Paes, Manoel Esteves e Antonio Pietro, entre outros possuidores de sesmarias na região, ajudaram a fazer o Brasil. [5]
Algumas notas genealógicas Data: 01/01/1886 Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida (1831-1898) livro de familia: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão : séculos XVI-XIX página 330
ID: 11098
Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico: Data: 01/01/2020 Créditos/Fonte: Franciely das Luz Oliveira Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba, 1597-1810. Página 46
ID: 12428
Montagem Data: 01/01/1864 Créditos/Fonte: Washington Luís (1869-1957) 2° imagem: Antiga Cadeia e Câmara Municipal, na esquina da Rua São Bento com a Padre Luiz. Fonte/Acervo: Antônio Carlos Sartorelli
A administração portuguesa da região oeste da Capitania de São Vicente foi iniciada em 12 de outubro de 1580, com a concessão nessa data, pelo capitão-mor Jerônimo Leitão, de sesmaria, no sítio de Carapicuíba, aos índios da Aldeia de Pinheiros (fundada em 1560). Pouco depois, foram doadas aos jesuítas a fazenda de Carapicuíba em 1615 e a sesmaria M´boy (Embu) em 1624, que fizeram parte dos 12 aldeamentos indígenas da Capitania (depois Província) de São Paulo: Pinheiros, Carapicuíba (desativada em 1698), Barueri, São Miguel, M´Boy, Itariri (fundado em 1837), São João Batista (fundado em 1843), Piraju (fundado em 1860), Queluz, Itaquaquecetuba, Escada e Tijuco Preto (fundado em 1865). [p.68-70]
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.
Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.
Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554
— 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.
Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:
"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."
Por mais que houvesse enorme resistência por parte dos povos indígenas, as aldeias tomavam cada vez mais um caráter de assentamentos coloniais. Assim, ficava explícita a
diferença entre os sujeitos do “sertão” e aqueles sob domínio religioso, iniciados na doutrina cristã. Todas as aldeias eram amparadas com terras, e antes de reconhecer algum direito aos indígenas, a doação significava uma relação de sujeição. De todo modo, o estabelecimento das primeiras aldeias não foi instantâneo. Ele foi marcado por um período de intenso conflito. Por exemplo, as aldeias de Pinheiros e de São Miguel, apesar de terem sido fundadas junto com a Vila de São Paulo, só se configuraram territorialmente cerca de 20 anos depois, em 1580. É explícito que a “porta do sertão” não foi imediatamente descortinada pelos colonizadores.
Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. Segundo John Manoel Monteiro o aldeamento de Carapicuíba na realidade não era bem um aldeamento, era uma fazenda. [Página 44]
De acordo com Serafim Leite, a aldeia dos Reis Magos já existiria em 1580, no entanto, somente no catálogo de 1598 ela aparece como residência fixa. Cf. LEITE, Antônio Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Lisboa: Livraria Portugalia; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938, Tomo I, p. 243. [O aldeamento jesuítico do MBoy: administração temporal (séc. XVII-XVIII), 2018. Angélica Brito da Silva. Página 31]
[23942] ALMANAK da Provincia de São Paulo para 1873 organisado e publicado por Antonio José Baptista de Luné e Paulo Delfino da Fonseca. São Paulo: Typographia Americana, Ano 1 01/01/1873 [23952] João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 01/01/1886 [24510] “Viagem à provincia de São Paulo e Resumo das viagens ao Brasil, provincia Cisplatina e missões do Paraguai”. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) 01/01/1940 [27833] Dos Campos de Piratininga ao Morro da Saudade: a presença indígena na história de São Paulo, 2004. John Monteiro 01/01/2004 [26412] Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* 01/02/2014 [25643] O aldeamento jesuítico do MBoy: administração temporal (séc. XVII-XVIII) 01/01/2018