22 de abril de 1500, domingo Atualizado em 21/11/2025 02:38:37
DEUS: 1 lenKK: 3723
Manuel I, o Afortunado
30 de Outubro de 1505, domingo
Carta de El-Rei D. Manuel ao Rei Catholico, narrando-lhe as viagens portuguezas á India desde 1500 até 1505, reimpressa sobre o prototypo romano de 1505* Da dita armada foi Capitão General Pedro Alvez Cabral. Navegando elle além do Cabo Verde descobriram uma terra que novamente veiu à noticia d´esta nossa Europa, à qual terra puz o nome de Santa Cruz: e isto foi porque na praia arvorou uma cruz muito alta. Outros chamam-lhe terra nova ou novo mundo. Esta terra aonde elles fundearam é situada além do Tropico do Cancro em xum grãos; pois os marinheiros com seus quadrantes e astrolabios tomaram a altura; porque sempre navegam para aquelles mares com instrumentos astrologicos.
João de Barros, o Tito Lívio Português
1552
Décadas da Ásia, João de Barros
Fernão Lopes de Castanheda
1552
Historia do descobrimento & conquista da India pelos Portugueses. Feyta per Fernão Lopez de Castanheda by Castanheda, Fernão Lopes de, d. 1559
Gaspar Correia
1561
Gaspar Correia, em Lendas da Índia
João Capistrano Honório de Abreu
1883
Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II
João Mendes de Almeida
1886
Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX De seu lado, a família dos tupis, considerando-se a nação privilegiada, disputava a todas as outras e hegemonia; e, pois, eil-a dividida em tupi-nà-abá e em tupi-nà-ki, procurando expansões, desde a foz do rio Xingú, no Amazonas, até a serra Ibiapaba, depois de terem atravessado os rios Araguaya e Tocantins, a serra dos Crixás e as chapadas das Mangabeiras. Da serra ibiapaba expulsaram os taba-jaras; e, após anos, dai espalharam-se em tribos para a conquista da costa meridional, até Cananéa, fazendo estações mais ou menos demoradas em lugares abundantes de peixe e de caça.
Foi por isso, que no tempo da descoberta, impelidos para o sertão os taba-jaras e os teremembés, os tupis foram encontrados senhores do litoral, desde Ibiapaba até a foz do rio de São Francisco; e, daí, os tupi-nà-kì haviam continuado a migração até Cananéa. Os carib-óca, seus inimigos, que bem os conheciam, nomeavam por tupi-nà-kì também os goiá-nà (*); sem embargo de alguns cronistas considerarem tapuya os mesmos goiá-nà, alegando para isso falsas razões tiradas da desinência comum á denominação de outras tribos da mesma nação. E tupi-nà-kì foram os que receberam em 1500 o descobridor Pedro Alvares Cabral, segundo o afirma os cronistas em geral.
O padre Fernão Guerreiro, na sua obra supra-citada, correspondente aos anos de 1606 e 1607, edição de Lisboa - 1609, referindo-se a uma carta do padre missionário Jeronymo Rodrigues, menciona a denominação tupinachins como dada pelos carijós aos goiá-nà. Essa denominação é a mesma tupi-n-ikis, que, segundo alguns, significa "tupi vizinho"; e em tal sentido teria sido empregada. Mas, não é aquele significado; sim, o de "tupi parente ruim", porque goiá-nà é produto cruzado com tupi, assim como tupi-nà-kì, "espinho".
De fato,depois de chegarem ao Cabo-Frio, esses tupis, acompanhando o litoral, são encontrados entre Itanhaen e Cananéa, e em Pirá-tininga, como escreveu frei Gaspar da Madre de Deus, Memórias para a história da capitania de S. Vicenete, I, 136.
Alguns cronistas só iam confundir essas denominações e até as tribos indígenas, como vê-se na mesma obra de frei Gaspar da Madre de Deus, I, 137 e 138; mas, neste ponto, coincidem todas as narrações para afirmarem a existência de tupis, no litoral, desde o rio Iriri-piranga até a lagoa dos Patos. A carta-memória de Diogo Garcia, 1527, referindo o encontro de um Bachiller (bacharel) em um lugar aos 24 graus sul, acrescentava:
... "y esta una gente ali con el Bachiller que comen carne umana y es mui buena gente, amigos mucho de los cristianos, que se llman Topies."
E com referência aos carib-óca, escreveu adiante: "... un rio que se llama el rio de los Patos que está a 27 grados, que ay una buena generacion que hacen mui buena obra á los cristianos, e llamanse los Carrioces..." [Páginas 298 e 299]
Gilberto de Mello Freyre
1933
“Casa Grande & Senzala” Quanto ao asseio do corpo, os indígenas do Brasil eram decerto superiores aos cristãos europeus aqui chegados em 1500. Não nos esqueçamos de que entre estes exaltavam-se por essa época santos como Santo Antão, o fundador no monaquismo, por nem os pés darse à vaidade de lavar; ou como São Simeão, o Estilita, de quem de longe se sentia a inhaca do sujo.
E não seriam os portugueses os menos limpos entre os europeus do século XVI, como a malícia antilusitana talvez esteja a imaginar; mas, ao contrário, dos mais asseados, devido à influência dos mouros. Dos primeiros cronistas são os franceses os que mais se espantam da freqüência do banho entre os caboclos: Ives d´Evreux e Jean de Léry.
E um higienista francês, Sigaud, atribuiria aos banhos frios o fato de sofrerem os indígenas do Brasil - os já influenciados pela civilização européia - de desordens do aparelho respiratório, desde o simples catarro à pleurisia aguda e à bronquite.
Aos banhos frios e ao hábito de andarem quase nus. Quando pelos estudos modernos de higiene o que se apura é exatamente o contrário: que essas moléstias do sistema respiratório desenvolvem-se entre populações selvagens pela imposição de vestuário e de resguardos europeus a gente habituada a andar inteiramente nua.
Paulo de Oliveira Leite Setúbal
1934
"O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
Francisco Martins dos Santos
1937
“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
José Maria da Silva Paranhos Jr
1938
Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912) 1500 — À tarde, avistou Cabral a primeira terra do Brasil, divisando um monte, ao qual deu o nome de monte Pascoal. Ao pôr do sol, fundeou a seis milhas da costa, na altura da foz do rio Caí. [p. 270]
Gustavo Barroso
1939
Historia Secreta do Brasil
Afrânio Peixoto
1944
História do Brasil. Afrânio Peixoto (1876-1947)
Luís Castanho de Almeida
30 de Dezembro de 1964, domingo
“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I” Da passagem de índios dos grupos tupi por Sorocaba, em seu nomadismo, a certeza é completa. No século da descoberta havia indígenas transitando por Sorocaba, por um caminho terrestre-fluvial que ligava o litoral Atlântico, onde seria São Vicente, ao Paraguai.
Os limites dos vários grupos tupí-guaranís, embora mais diluídos que as fronteiras estaduais, existiam. Sorocaba era, já então, uma encruzilhada aonde convergiam, por onde viajavam e se limitavam, os tupís do Tietê, os tupiniquins e guaianazes de Piratininga, os carijós dos campos de Curitiba, os guaranís do Paranapanema e outros guaianazes, talvez, das nascentes dêsse rio. Não foram encontradas, que se saiba, setas, machados de pedra e outras peças pré-históricas. Parece mesmo que não houve tabas no perímetro urbano.
Eduardo Hoornaert
1977
História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos (página 23) nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias.
Darcy Ribeiro
30 de Novembro de 1977, domingo
José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)* agora o que eu queria assinalar é isso, desses grupos agrícolas, havia pelo menos 4 ordens de tribos importantes: os tupi-guaranis, os aruaques, os caribes e os Jê. Desse povos todos, o mais interessante para nós brasileiros são os tupi-guarani, porque nós somos herdeiros do tupi-guarani. Nós, de certa forma,somos tupi-guarani. Foi com os tupi-guarani que nós aprendemos a ser. Foram eles que os portugueses encontraram aqui na costa. Foram eles que nos deram os nomes para a terra. Quando a gente fala o nome das pedras, o nome dos bichos, o nome das plantas, nós estamos falando Tupi.
Sergio Buarque de Holanda
1978
“História Da Civilização Brasileira”. Sob a direção de Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
José Monteiro Salazar
1997
Araçoiaba & Ipanema (...) Há vários autores que dizem terem sido os selvagens brasileiros apenas de dois grupos; o Tupi e o Guarani. As diversas tribos (Tupinambás, Tupiniquins, Tamoios, Tapuias, Carijós e Aimorés) não constituíam propriamente nações independentes e, sim, grupos que se separavam e ganhavam dos outros nativos como que apelidos, devido a práticas que adotavam ou características que adquiriam. Seria, num exemplo grosseiro, como que um grupo de paulistanos que fosse morar em determinado lugar e passassem só a se alimentar de frutas e passasse a ser conhecido como "os fruteiros" ou "os frutistas". Assim, seriam uma só grande nação Tupi e, bem ao sul nos territórios hoje ocupados pelo Rio Grande do Sul e Paraguai, os Guaranis, esses com influências de nações do oeste (talvez mochicas ou outros). [Páginas 9 e 10]
Em um ponto de seu livro, Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957) "Nos campos de Piratininga, no vale do Tietê, entravam os Tupiniquins. Os tupinambás, a leste, sempre inimigos dos portugueses. Ao sul e sudoeste de São Paulo os Carijós - quase sempre também inimigos". E continua: "Depois das grandes lutas entre Tupiniquins e Carijós, os Tupiniquins povoaram a região de Sorocaba e seus sertões". [Página 14]
De posse de todos esses dados e afirmativas, somos levados a crer o seguinte: Os nativos Tupiniquins tomaram posse da região de Sorocaba partindo do litoral para onde haviam vindo, desde a Bahia e, após a luta contra os Tupinambás, ali se fixaram. Muitos eram aliados dos portugueses nas lutas contra os carijós e Tupinambás. Outras tinham sido reduzidos à condição de escravos. Mas, às vezes, revoltavam-se contra os portugueses.
Azevedo Marques é um dos que, também, denomina os selvagens Tupiniquins, do grupo dos Carijós, colocando os verdadeiros Carijós nas proximidades do Rio Tietê (o antigo Anhembi). [Página 15]
Wanderson Esquerdo
1998
Wanderson Esquerdo Bernardo, arqueólogo sorocabano Para o arqueólogo sorocabano Wanderson Esquerdo Bernardo,
Historicamente, los Tupínikin fueron los primeros del grupo Tupí a entrar em contacto com los portugueses. [...] En un mapa de 1640 de Jansenius Blaeu, vemos el sudeste de Brasil, a la altura de Trópico de Capricornio que pasa por la región de Sorocaba, habitada por los Tupinikin, al norte, margen derecha del rio Tietê poblada por los tupinambás y sur por los carijós (guaraníes). Finalmente, en 1654, cuando el conquistador portugués Balthazar Fernandes, funda Sorocaba construyendo su casagrande y una capilla, las aldeas indígenas de la región ya no existían debido a la sistemática esclavitud de sus antiguos habitantes (ESQUERDO, 1998, p. 3).
Folha de São Paulo
30 de Setembro de 1999, domingo
Árabes vieram com Cabral. folha.uol.com.br A presença árabe se confunde com o chamado "Descobrimento" do Brasil (junto com Álvares Cabral, vieram navegadores árabes), mas a emigração de libaneses, de forma expressiva, começou em 1860, quando o país estava sob o jugo otomano.
A denominação de "turco", que alguns brasileiros utilizam, vem dos passaportes que os árabes tinham de portar. Com o fim da Primeira Guerra e a derrota do Império Otomano, parte dos imigrantes retornou a seu país, mas muitos ficaram, e outros vieram.
Ao contrário dos europeus, os primeiros libaneses chegaram de forma espontânea, sem respaldo de contratos de trabalho ou ajuda de acordos oficiais. (PDF)
BBC
30 de Maio de 2000, domingo
Índios chegaram há 40 mil anos. bbc.com Por Cassuça Benevides
Quando a frota de Pedro Álvares Cabral chegou ao continente americano, em 1500, a região que hoje se chama Brasil era habitada por cerca de 5 milhões de índios.
O número foi caindo de forma bastante dramática durante a colonização portuguesa e mesmo no século 20.
Hoje estima-se que os índios brasileiros não passem de 325 mil – menos de 0,2% da população brasileira.
Os dados mostram que a redução da população indígena foi revertida.
Em 1985, os povos indígenas eram ainda menos numerosos – somavam 220 mil indivíduos, segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio).
Origem
A hipótese mais aceita para explicar a origem dos índios brasileiros é a de que eles são descendentes de povos asiáticos que atravessaram o estreito de Bering há 62 mil anos.
Estudos arqueológicos recentes estabelecem a chegada dos primeiros habitantes do Brasil à Bahia e ao Piauí entre 20 mil e 40 mil anos atrás.
É impossível saber com certeza quantos índios habitavam o país quando Pedro Álvares Cabral Cabral aportou no sul da Bahia.
As estimativas variam de 3,5 milhões a 8 milhões, mas o número mais aceito é 5 milhões.
Extermínio
O extermínio da população indígena é atribuído a vários motivos, como a escravidão promovida pelos portugueses, epidemias, deslocamentos, confinamentos e, mais recentemente, conflitos com fazendeiros e garimpeiros e até suicídios.
Em cinco séculos, 700 das 1.200 nações indígenas foram exterminadas.
Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, 55 povos desapareceram somente na primeira metade do século 20.
Calcula-se que ainda hoje existam cerca de 800 índios que optaram por viver em áreas de difícil acesso, sem contato com a civilização.
As frentes de contato mantidas pela Funai confirmaram a existência de apenas 12 dos 53 grupos que se acredita que vivam isolados na região amazônica.
Darcy Ribeiro
2001
O Povo Brasileiro. Autor: Darcy Ribeiro Darcy Ribeiro:
"Ninguém sabe como o mundo vai ser daqui 50 ha anos só sabemos de uma coisa será totalmente diferente do que é hoje alguém podia imaginar quando acabou a guerra que o mundo ia mudar tanto é uma reinvenção do mundo que o mundo desenvolvido está fazendo então a coisa mais importante dos brasileiros presta atenção o mais importante é inventar o Brasil que nós queremos."
(...) "Antes do Brasil existir como é que era o mundo? O Brasil nasce sobre o signo da utopia a terra sem males a morada de Deus. Há mil anos atrás, lá pelo ano 1000, existem cartas que falam de uma ilha Brasil, isso significa que o nome Brasil não vem do pau-brasil, não. Isso aqui era a ilha Brasil que alguns navegantes sabiam, mas um dia os portugueses precisaram fazer uma descoberta oficial, mandando até um escrivão do cartório, declarar no cartório, que foi descoberto. Isso foi em 1500, mas pré existia há muito, fisicamente, biotericamente e humanamente. Humanidade indígena, humanidade diferente, de uma gente que agradecia a Deus o mundo ser tão bonito, que existia para viver a vida para gozar a vida a finalidade da vida era viver."
Dagoberto Mebius
30 de Novembro de 2003, domingo
Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I* Quando Pedro Álvares Cabral tomou posse das terras brasileiras em 1500, Portugal ainda não sabia o que havia por aqui. Tinham apenas uma vaga idéia do tamanho da posse que lhes cabia por ordem do tratado de Tordesilhas.
Júlio A. Filho
30 de Outubro de 2013, domingo
Algumas curiosidades sobre a História do Brasil - otrecocerto.com 1. Eram faladas mais de 1.000 línguas no Brasil na época do descobrimento. Destas, 180 são faladas atualmente e apenas 11 tem mais de 5.000 falantes. Essas mais de 1.000 línguas eram faladas por mais de quatro milhões de índios, e hoje são menos de 900 mil, vivendo em assentamentos miseráveis e favelas nas grandes cidades.
Sérgio Coelho de Oliveira
2014
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
"Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
Revista Galileu
30 de Junho de 2015, domingo
Como e porque o mapa de Piri Reis não prova que fomos visitados por alienígenas. CARLOS ORSI
Fernando Antônio Novais
2016
“Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8 A descoberta do gentio foi a coisa mais notável na Europa da época. Na realidade do mundo, levado em conta, estava dividido em três: os cristãos, os infiéis (muçulmanos) e os judeus. De forma geral, aos infiéis, é a guerra, os judeus são aqueles que que não aceitaram o último de seus Messias, de seus profetas. Estes assumiam tarefas que eram proibidas aos cristãos,como cobras juros, o comércio do dinheiro. O que causava ainda mais preconceito.Quando há a descoberta da América, foi uma loucura, pois os nativos não eram judeus, cristãos ou muçulmanos. E estavam nus, portanto só poderiam estar descobrindo o "gentio" no Paraíso, por isso andavam nus. Este é o tema de um dos mais belos livros de história do Brasil: “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda. Enquanto todos procuravam os motivos econômicos...Isso pode ser visto na carta de Pero Vaz de Caminha. São doze páginas, fantásticas, nas quais ele volta sete vezes a palavra nudez: "Estavam nus! Não cobriam as suas vergonhas!"
Super Interessante
30 de Outubro de 2016, domingo
A língua do Brasil. Por Claudio Angelo, em Revista Super Interessante O tupi, primeiro idioma encontrado pelos portugueses no Brasil de 1500, ainda resiste no nosso vocabulário. Agora tem gente querendo vê-lo até nas escolas. Em pleno século XXI.
(...) Quando ouvir dizer que o Brasil é um país tupiniquim, não se irrite. Nos primeiros dois séculos após a chegada de Cabral, o que se falava por estas bandas era o tupi mesmo. O idioma dos colonizadores só conseguiu se impor no litoral no século XVII e, no interior, no XVIII. Em São Paulo, até o começo do século passado, era possível escutar alguns caipiras contando casos em língua indígena. No Pará, os caboclos conversavam em nheengatu até os anos 40.
Mesmo assim, o tupi foi quase esquecido pela História do Brasil. Ninguém sabe quantos o falavam durante o período colonial. Era o idioma do povo, enquanto o português ficava para os governantes e para os negócios com a metrópole. “Aos poucos estamos conhecendo sua real extensão”, disse à SUPER Aryon Dall’Igna Rodrigues, da Universidade de Brasília, o maior pesquisador de línguas indígenas do país. Os principais documentos, como as gramáticas e dicionários dos jesuítas, só começaram a ser recuperados a partir de 1930. A própria origem do tupi ainda é um mistério. Calcula-se que tenha nascido há cerca de 2 500 anos, na Amazônia, e se instalado no litoral no ano 200 d.C. “Mas isso ainda é uma hipótese”, avisa o arqueólogo Eduardo Neves, da USP.
Três letras fatais
Quando Cabral desembarcou na Bahia, a língua se estendia por cerca de 4000 quilômetros de costa, do norte do Ceará a Iguape, ao sul de São Paulo. Só variavam os dialetos. O que predominava era o tupinambá, o jeito de falar do maior entre os cinco grandes grupos tupis (tupinambás, tupiniquins, caetés, potiguaras e tamoios). Daí ter sido usado como sinônimo de tupi. As brechas nesse imenso território idiomático eram os chamados tapuias (escravo, em tupi), pertencentes a outros troncos lingüísticos, que guerreavam o tempo todo com os tupis. Ambos costumavam aprisionar os inimigos para devorá-los em rituais antropofágicos. A guerra era uma atividade social constante de todas as tribos indígenas com os vizinhos, até com os da mesma unidade lingüística.
(...) O começo do fim - Ascensão e queda de um idioma - Século XVI (1501-1600)
O tupi, principalmente o dialeto tupinambá, que ficou conhecido como tupi antigo, é falado da foz do Amazonas até Iguape, em São Paulo. Em vermelho, você vê os grupos tapuias, como os goitacás do Rio de Janeiro, os aimorés da Bahia e os tremembés do Ceará, que viviam em guerra com os tupis. De Cananéia à Lagoa dos Patos fala-se o guarani.
Jornal Diário de Sorocaba
30 de Novembro de 2018, domingo
“15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba Peabiru, o caminho dos índios, serviu de corredor aos exploradores do Araçoyaba
Embora o Povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba só tenha tido consolidada sua fundação em fins de 1954 pelo capitão Baltazar Fernandes, bandeirante e desbravador nascido em Santana do Parnaíba, os primórdios da história da região de Sorocaba perde-se no tempo e em idades remotas. O certo é que, muito antes do descobrimento do Brasil a 22 de abril de 1500 pela esquadra do português Pedro Álvares Cabral, indígenas nativos habitavam a região onde hoje acha-se localizada a cidade de Sorocaba ou, pelo menos, atravessavam periodicamente o seu território em demanda ao Litoral Atlântico ou mesmo voltando para o sertão. Por sinal, a própria história do Brasil assinala que grupos indígenas agrupados pela nação dos tupis-guaranis, em época anterior ao descobrimento, viviam em terras paulistas.
Historicamente comprovado, sabe-se pelas pesquisas de nossos estudiosos que, pela região onde futuramente surgiria Sorocaba, passava o chamado `peabiru´, a linha imaginária que interligava o mar ao profundo sertão e este ao Oceano Pacífico, do outro lado do continente, como que num caminho dos índios. Segundo nossos historiadores, esse caminho, cuja existência ainda desafia os estudiosos, principalmente os da cidade, que ainda hoje lutam em suas pesquisas para definir ao certo o roteiro de sua passagem pela região de Sorocaba, era também chamado como o caminho para a Montanha do Sol, sendo mesmo décadas mais tarde utilizado pelos próprios bandeirantes em suas célebres entradas para dentro do sertão brasileiro.
Foi assim que a região de Sorocaba, em época anterior ao início de sua povoação e mesmo ao descobrimento do Brasil, forçosamente teve que ser habitada pelos nativos. Sabemos que os indígenas eram nômades por natureza e daí a lógica dedução de que nunca tenham chegado a estabelecer grandes povoações permanentes por estas bandas, mas o certo é que - com a passagem do `peabiru´ cortando o nosso território - eles estabeleciam aqui (e a uma certa distância do `peabiru´) suas povoações, para que pudessem plantar e novamente se estabelecer, para depois seguir rumo ao incerto.
FIXAÇÃO DE INDÍGENAS - Pelas pesquisas históricas de pesquisadores dos mais diversos pontos do País, que ainda não foram definitivamente dadas por concluídas, mas apresentam já a probabilidade como quase certa, o `peabiru´ saia do mar, atravessava toda a área do Planalto Paulista através da Serra do Mar, atingia a região da futura cidade de São Paulo e ganhava rapidamente o interior, através das elevações de Ibiúna, Sorocaba, Araçoyaba e assim por diante, até atingir o outro extremo do continente latino-americano, às margens do Oceano Pacífico.
Na região de Sorocaba, acredita-se que o `peabiru´, vindo dos lados de Ibiúna, a Una de ontem, atingia Sorocaba em corte transversal através das imediações dos altos da Barcelona, onde, por sinal, recentemente foram descobertos por pesquisadores locais alguns vestígios bastante semelhantes a sinalizações dos índios para o não esquecimento de seus caminhos. Através de Sorocaba, o caminho do `peabiru´, descendo dos altos da atual Barcelona, seguia margeando o rio Sorocaba, até atingir as imediações de onde hoje está a ponte da rua XV de Novembro; ali havia a travessia para a margem direita, por ser naquele local bastante baixo o nível das águas.
Supõe-se que, a partir dali, o `peabiru´ cortava o futuro território de Sorocaba em transversal pelas atuais ruas Souza Pereira e Dr. Braguinha, mais ou menos, até chegar ao largo do Mercado, descia também em transversal a rua Francisco Scarpa, ganhava a região da praça da Bandeira de hoje e atingia o chamado "Caminho Fundo" (atual avenida General Osório), rumando através de Lopes de Oliveira e George Oétterer até atingir o Morro do Araçoyaba (popularmente conhecido como Ipanema) e dali para frente.
Foi em conseqüência desse caminho passar por nossa região que hoje, periodicamente, encontram-se vestígios arqueológicos aqui e acolá. É que, pelas facilidades geográficas apresentadas pela topografia dos terrenos da região e também pela fecundidade de certos pontos do solo sorocabano, propício à agricultura - principalmente à agricultura de subsistência -, os indígenas em demanda ao desconhecido sertão, vindos do litoral paulista através do `peabiru´, sempre escolhiam as paragens de Sorocaba para o descanso de viagem de reabastecimento do grupo. Assim, geralmente a alguns quilômetros do traçado principal do `peabiru´, os índios recolhiam-se em acampamentos provisórios e realizavam suas plantações - principalmente de milho e feijão -, reabastecendo depois de algum tempo, abandonando sem nenhuma cerimônia a terra e seguindo nova viagem pelo caminho do sertão, o celebre `peabiru´.
Pelas descobertas arqueológicas feitas recentemente na região, em épocas anteriores à vinda do branco para cá, os índios se fixaram entre nós com esses acampamentos rápidos ao longo do `peabiru´ principalmente lá pelos lados do Mineirão e também nos altos do Cerrado e região das atuais cidades de Capela do Alto e Tatuí. Os vestígios arqueológicos encontrados são as chamadas `igaçabas´, sinais de que, além dos povoados, os silvícolas tiveram que instalar por onde acampavam ou nas proximidades verdadeiros "cemitérios indígenas" para sepultar seus mortos.
Eduardo Bueno
30 de Dezembro de 2019, domingo
Gaspar da Gama: um judeu no descobrimento de Brasil - Eduardo Bueno Então, um batel, escaler, é lançado da nau capitania, e nele está Nicolau Coelho, com seu sombreiro com uma pena. É um veterano da conquista da Índia, havia viajado apenas dois anos antes junto com Vasco da Gama. Quatro marujos, quatro marinheiros estão remando. Dentre eles há um escravo vindo de Angola e um grumete vindo da Guiné. E junto, um homem alto, misterioso, de barba branca, vestido também de branco, de linho, com uma touca na cabeça. Esse homem vinha da Índia, mas não era indiano. Ele falava, se supõe, pelo menos dez línguas.
Pedro Dalla Bernardina Brocco
2020
O mito de São Tomé ou Sumé: O nexo teológico-político entre o Oriente e o Ocidente Com a chegada lusa ao Brasil, a narrativa em torno de Tomé torna-se mais interessante na medida em que também aí se começa a ventilar a possibilidade de sua passagem por terras brasileiras.Relatos de viajantes dando conta de pegadas no interior do continente e da presença de um deus entre os índios chamado de Sumé começam a circular e a dar contorno a um mito globalista acerca da figura de São Tomé. Tomando a narrativa como verdadeira para justificar a presença colonizadora, chegava-se à perspectiva de que todos os povos entre a Índia e a América pudessem ter tido um contato com a Boa Nova por intermédio de São Tomé. 5
5 - Tal perspectiva possui continuidade com a literatura produzida já no século XX por missionários cristãos, não necessariamente provenientes da Igreja Católica, como o canadense Don Richardson, que publicou nos anos 1980 O fator Melquisedeque, também justificando a missionação e a presença do Deus cristão em todas as culturas do mundo. Sobre Tomé, Richardson (2008, p. 228) escreve:
“Tomé, diz a tradição, permitiu que a última linha da Grande Comissão o levasse à ‘Índia’. Naqueles dias, a palavra ‘Índia’ significava tudo o que estava a leste da Síria; porém a evidência indica que Tomé pode ter alcançado até a região de Madras, que fica na extremidade sul da Índia propriamente dita. Várias igrejas muito antigas nessa região se dão o nome de Mar Toma. O nome Toma talvez seja derivado de Tomé”.
Super Interessante
30 de Maio de 2020, domingo
Pedro Álvares Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição. Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti As grandes navegações foram empreitadas milionárias de um capitalismo nascente – e deram origem ao mercado financeiro como o conhecemos hoje. Bartolomeo Marchionni tinha uma fortuna de R$ 500 milhões em dinheiro de hoje, e mantinha uma carteira de investimentos bem diversificada. Esse florentino radicado em Lisboa, além de ser dono de um banco em Florença, tinha negócios na costa da África: traficava marfim, ouro e populações escravizadas.Depois ele entraria numa empreitada bem mais arriscada: virou o maior financiador privado da expedição de Pedro Álvares Cabral para a Índia. Você passou a infância ouvindo só um pedaço dessa aventura. Antes de tocar para a Ásia, a frota faria uma escala de duas semanas no lugar onde hoje fica Porto Seguro – atracaram no dia 21 de abril de 1500, no evento que fez com que este livro acabasse escrito em português, e não em espanhol ou holandês.Mas não ficaria só nisso. No caminho entre o litoral baiano e a Índia, a expedição ainda encontraria outra terra nova para os europeus, Madagascar, mas o descobridor oficial aí não foi Cabral, e sim Diogo Dias, capitão do único navio da frota que ancorou por lá.Bom, mais do que uma expedição, aquilo ali era uma megacorporação. Cabral, o jovem CEO de 33 anos, tinha acertado um pagamento de 10 mil cruzados pela empreitada. Convertendo a moeda portuguesa da época para hoje, isso dá R$ 5 milhões. Seus diretores, os capitães dos outros doze navios, ganhavam R$ 40 mil por mês; e cada um dos 1.200 marinheiros, R$ 5 mil. Uma grande empresa, fundada com o objetivo de lucrar com um negócio que prometia ser o mais rentável da história até então: o comércio de temperos orientais sem intermediários.Os temperos, ou especiarias, da Ásia já faziam parte da dieta dos europeus desde antes da fundação de Roma. Num mundo sem grandes opções de lazer, boa parte da diversão dos endinheirados era brincar com as explosões de sabor que o cravo, a canela, a noz-moscada e a pimenta-do-reino causam nas papilas gustativas.
Essa mistura de engenhosidade, trabalho coletivo e economia voltada para o comércio transformou o lugar numa ilha de capitalismo. E, quando o Renascimento começou a dar as caras no Velho Mundo, a Holanda já tinha largado na frente. Tudo acontecia em ritmo acelerado. A pesca, por exemplo, já era industrial nos anos 1500. Os holandeses tinham transformado seus barcos de pesca em fábricas. Eles eram projetados de modo que a tripulação pudesse pescar, limpar e estocar os peixes em barris de sal a bordo. Isso permitia que cada navio passasse dois meses em alto-mar pescando ininterruptamente, com tripulações de vinte a trinta homens.
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30 de Outubro de 2020, domingo
Melhora Brasil - Imagem da Bandeira do Brasil nas ruínas de Cartago?
Yasmin Assagra
30 de Agosto de 2021, domingo
Índios ensinaram brasileiro a tomar banho. Por Yasmin Assagra, em Diário do Grande ABC Os povos nativos contribuíram com a higiene, alimentação e deram nomes para lugares e pessoas.
Quando chegaram ao Brasil, em 1500, os portugueses, comandados por Pedro Álvares Cabral, não tomavam banho todos os dias. Assim como o personagem Cascão, criado por Mauricio de Sousa, fugiam da água. Só começaram a se lavar diariamente por influência dos povos indígenas que habitavam o País.
O incentivo à higiene e vários outros hábitos, além de comidas, palavras e até nomes de pessoas fazem parte da herança da cultura dos nativos.
Para se ter uma ideia, é difícil conhecer alguém que nunca se refrescou tomando um guaraná. O refrigerante, que muitas vezes vai na lancheira das crianças, leva o nome da fruta vermelha que era cultivada pelos indígenas na Amazônia.
Apesar de cada tribo (ou nação) de índios possuir sua própria cultura, existem alguns elementos que são comuns em praticamente todos os povos. Principalmente os produtos relacionados com nossa alimentação.
Dentre eles se destacam a mandioca, que em alguns locais recebe o nome de aipim. Além dela, a tapioca, o milho e o açaí são alimentos característicos dos grupos indígenas brasileiros e que acabaram sendo incorporados à mesa das demais pessoas.
Existem muitas outras palavras que se tornaram comuns e que nasceram nas comunidades indígenas. Tamanduateí, nome do riacho que corta o Grande ABC, significa ‘rio dos tamanduás’ ou ‘rio de muitas voltas’, e Paranapiacaba, ao pé da letra, é o ‘lugar que se vê o mar’.
Se você se chama Jurema, Moacir, Tayná, Iracema ou Mayara ou tem algum amigo batizado com estes nomes, saiba que eles também foram herdados dos indígenas.
Algumas danças, como o cateretê, também surgiram nas aldeias e acabaram sendo adotadas pelas demais pessoas, tornando-se integrantes do folclore nacional.
Nos últimos anos tem sido cada vez maior o volume de notícias que relatam invasões aos territórios indígenas.
Os primeiros habitantes que se tem história do Brasil merecem respeito e têm de ser protegidos pelas autoridades.
Consultoria de Marta Marcondes, bióloga e coordenadora do projeto IPH (Índice de Poluentes Hídricos) da USCS (Universidade Municipal de São Caetano)
Arthur Virmond de Lacerda
30 de Novembro de 2022, domingo
“Bobeira que ainda alguns repetem neste país”, Arthur Virmond de Lacerda BRASIL CONHECIDO NA CARTA DE CAMINHA E NA DE CABRAL.
Nada divulgada, conhece-se passo da carta de Cabral a el-rei, motivada pelo achamento do que veio a ser o Brasil.
Caminha e Cabral sabiam da existência do Brasil; este possivelmente já cá estivera antes de 1500. A famosa carta foi, provavelmente, relatório para o rei, encomendado; a informação do passo com mesóclise é de que a agricultura prosperava e a água doce abundava: é aceitável presumir que secretamente haviam vindo povoadores antes de 1500; pelo menos, em Pernambuco houve (talvez em 1500 houvera) feitoria portuguesa em 1490.
Como explicar a indiferença de Caminha diante do descobrimento da “nova” terra ? Ele sabia-lhe da existência. E os dois degredados que cá ficaram, os dois grumetes que desertaram, os tais dezoito outros que desertaram também —foram reunir-se aos índios ou a compatriotas seus?
Das inúmeras outra cartas redigidas então, perderam-se algumas no incêndio de 1570, no saque dos arquivos de Lisboa em 1612, no terremoto de 1755, exceto a de Caminha e a de Cabral, que a deste confessa a intencionalidade da rota seguida pela frota e o prévio conhecimento que detinham ele e el-rei, da existência do futuro Brasil, em sua missiva a D. Manuel:
“[…] em obediencia a instruçam de vossa alteza navegamos no Ocidente e tomamos posse, com padram, da Terra de vossa alteza que os antigos chamavam Brandam ou Brasil”, por sua vez encontrada em 1343, pelo mareante português Sancho Brandão.
É extraordinário que este passo da missiva de Cabral, divulgada pelo brasileiro Assis Cintra nos anos 1930, passe despercebida até ao presente. Como arquivei na nota 1, ele foi publicado por dois brasileiros e em duas fontes portugueses; a fonte brasileira mais recente data de 2001.
Caminha é explícito em que Nicolau Coelho estivera no Brasil antes de 1500.
As primeiras investigações relativas ao conhecimento do Brasil anteriormente a 1500, pelos portugueses, deram-se no Instituto Histórico Brasileiro, em 1852, com a produção de interessantes monografias, em que o brasileiro Joaquim Norberto de Sousa coligiu várias pistas. De então a esta parte, inúmeros indícios acumularam-se, dentre eles o exame náutico da carta de Caminha e a singradura da frota de Cabral, efetuda pelo mareante Fernando Lourenço Fernandes (Descobrimento do Brasil. A Armada de 1500 e as Singularidades de Arribada na Escala do Atlântico Sul. Latitudes, número 9, setembro de 2000, p. 3 a 9.).
De começo, a terra chamou-se Ilha de Vera Cruz, do que alguns inferem julgarem os portugueses ser isto ilha e não continente; ao tempo, contudo, ilha significava terra ignota, inexplorada, fosse ilhoa ou continental, e não o que hodiernamente chamamos ilha.
São inúmeros os indícios da presença portuguesa no Brasil antes de 1500, averiguados alguns já ao tempo de Bóris Fausto e Sérgio Buarque de Holanda e antes deles; outros, posteriormente a eles : o conhecimento não se deteve em suas obras, ao revés; até eles próprios, se houvessem lido competentemente a carta de Caminha (como outros o fizeram) ter-lhe-iam reconhecido vários indícios de que afirmo.
Juliana Bezerra
30 de Abril de 2023, domingo
Descobrimento do Brasil. Juliana Bezerra, Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha, consultado em todamateria.com.br O litoral baiano era ocupado pelos índios Tupinambás e Tupiniquins, enquanto no interior viviam os Aimorés. Na caravela, os índios experimentaram – e não gostaram – dos alimentos dos portugueses e se espantaram com os animais, como as galinhas.
cruzterrasanta.com.br
30 de Abril de 2023, domingo
SANTOS E ÍCONES CATÓLICOS: História de Nossa Senhora da Esperança, consultado em cruzterrasanta.com.br Um dos ilustres devotos de Nossa Senhora da Esperança em Portugal foi Pedro Álvares Cabral. Ele tinha uma linda imagem da Santa em sua casa. Cabral levou-a consigo na sua grande viagem de descoberta do Brasil. Assim, o Brasil foi descoberto sob a proteção de Nossa Senhora da Esperança.
Esta imagem histórica mostra-nos a Virgem Maria tendo o Menino Jesus sentado em seu braço esquerdo. Este, aponta para uma pomba que está no braço direito de Maria. Esta imagem está, hoje, na cidade de Belmonte, em Portugal. Foi colocada numa capela onde Pedro Álvarez Cabral foi batizado. Em 1955 ela foi trazida ao Brasil por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional do Rio Janeiro.
BBC
30 de Abril de 2023, domingo
“Como surgiu mito de que o Brasil foi descoberto sem querer”. Edison Veiga Role, De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
Diário do Nordeste
30 de Abril de 2023, domingo
Qual a relação de Vicente Pinzón e Mucuripe, no Ceará, com o "descobrimento do Brasil"? Escrito por Nícolas Paulino, diariodonordeste.verdesmares.com.br
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30 de Maio de 2023, domingo
A CURIOSA HISTÓRIA DOS DEGREDADOS DE PORTUGAL TRAZIDOS PARA O BRASIL, Fernando Coutinho em Grupo "História do Brasil" Boa parte dos europeus que se mudaram para o Brasil no século 16 não teve a menor escolha. Eram condenados ao exílio. Muitos, porém, foram fundamentais para a construção do País. A expedição de Cabral, que chegou ao Brasil em 22 de abril de 1500, deixou os primeiros moradores europeus no Brasil.
Foram quatro homens. Dois tinham sido condenados ao exílio. Seus nomes eram Afonso Ribeiro e João de Thomar. Eles deveriam “andar com os índios e saber de seu viver e das suas maneiras”. Os outros dois que ficaram por aqui eram marinheiros. Eles simplesmente gostaram do que viram, e decidiram ficar: desertaram da expedição na véspera da partida da frota em direção à Índia.
Afonso e João foram, por incrível que pareça, bem recebidos pelos indígenas, que os teriam consolado ao ver tanto choro e tristeza. Os dois homens ganharam, algum tempo depois, o direito de dormir entre os indígenas. Costumava-se ensinar nas escolas, que o Brasil foi colonizado pela escória. Sabemos hoje que não é nada disso. O código de leis de Portugal no século 16 não mandava quase ninguém para a cadeia. Eram, basicamente, a pena de morte, degredo ou trabalhos forçados.
Brasilescola
30 de Junho de 2023, domingo
Dúvida - Tinha incas no Brasil? Se não, por quê não quiseram dominar os povos luso-brasileiros? brasilescola.uol.com.br Resposta de Ludivik Eduardo Silva De Paula Não existiam povos incas no Brasil. O Império Inca estava localizado na região dos Andes, na América do Sul, abrangendo parte do atual Peru, Bolívia, Equador, Chile e Argentina.
Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, quando o Império Inca ainda não havia expandido seu território para a região. Além disso, as rotas comerciais e de navegação dos incas estavam concentradas nas áreas andinas, e não incluíam o Brasil.
Mesmo que houvesse interesse em dominar os povos luso-brasileiros, a distância geográfica e as diferenças culturais e linguísticas tornariam essa tarefa muito difícil para o Império Inca. Além disso, o Império Inca já enfrentava desafios internos e conflitos com outros povos da região, o que pode ter limitado sua capacidade de expansão.
Pensar a História
30 de Junho de 2023, domingo
Tupinambás, Pensar a História Os Tupinambás foram os primeiros indígenas com quem os portugueses tiveram contato quando desembarcaram no Brasil em 1500. A organização social, os hábitos e rituais religiosos dos nativos impressionaram enormemente os colonizadores e viajantes — sobretudo as práticas ritualísticas antropofágicas, que moldariam a visão do "homem selvagem" presente no imaginário europeu.
Os rituais Tupinambás se tornaram objeto das crônicas de Hans Staden e Jean de Léry e foram difundidas pelas xilogravuras de Théodore de Bry, alimentando a curiosidade sobre o "exótico Novo Mundo". A fim de saciar a curiosidade dos europeus, dezenas de Tupinambás foram retirados de suas aldeias e enviados para a Europa. Em 1550, por exemplo, um séquito de 50 Tupinambás foi enviado para a França para servir de "atração" aos festejos da chegada do rei Henrique II à cidade de Rouen.
A fascinação pelo "exótico" também alimentou o comércio dos artefatos produzidos pelos Tupinambás. Tacapes, coifas e colares de concha se tornaram itens muito apreciados por colecionadores europeus. De reis e príncipes aos burgueses enriquecidos com o comércio de especiarias, todos queriam objetos que remetessem aos Tupinambás. Os suntuosos mantos emplumados utilizados pelos Tupinambás em cerimônias religiosas e festividades, entretanto, eram os artefatos mais cobiçados. Os mantos Tupinambás eram objetos sagrados, reservados ao uso do pajé, reconhecido como mediador entre o mundo dos homens e o mundo dos "encantados" — os espíritos vivos que habitam as florestas. Possuíam uma fatura esmerada, com uma malha finamente trançada com fibras naturais, geralmente algodão ou tucum, reforçada com cera de abelha. A plumagem era vívida, predominantemente escarlate, constituída por milhares de penas de araras, araúnas, guarás e periquitos.
Além da beleza, os mantos Tupinambás evocavam os rituais antropofágicos, que tanto intrigavam os europeus. O fato de que o traje Tupinambá era reservado ao uso do pajé também permitia paralelos com os "mantos reais" dos monarcas europeus, contribuindo para sua conversão em símbolo de status. Obras de arte produzidas no período atestam o fascínio que os mantos exerceram sobre as cortes europeias.
Portal Viajar
30 de Junho de 2023, domingo
Pontos Históricos de Porto Seguro e do Descobrimento do Brasil [E as Contradições quanto ao descobrimento]. Joaquim Augusto Os pontos históricos de Porto Seguro envolve um marco da história brasileira, o descobrimento do Brasil pelos portugueses. No entanto, não podemos esquecer que essa parte do Brasil era habitada pelos povos tupis, que chegaram bem antes dos portugueses.
Mas vamos nos ater aos fatos históricos documentados. Local onde os portugueses chegaram ao Brasil, ou não? Primeiramente, a data oficial que o navegador Pedro Alvares Cabral avistou terra firme foi em 22 de abril de 1500. Data em que sua frota avistou o Monte Pascoal, localizado a aproximadamente 62 quilômetros de Porto Seguro.
Entretanto, os portugueses só desembarcaram nas terras tupiniquins (tribo de índios que habitavam essa região) em 24 de abril de 1500, e ponto de desembarque não é preciso e tão pouco debatido por historiadores.
No entanto, o governo brasileiro decretou que o local do primeiro encontro entre os indígenas e os portugueses foi no distrito de Coroa Vermelha, local onde foi rezada a primeira missa no Brasil.
Porém, apesar da placa do governo brasileiro, existe algumas teorias que defende que o português Duarte Pacheco Pereira chegou ao litoral brasileiro antes de Pedro Alvares Cabral, entre novembro e dezembro de 1498 (2 anos antes).
Além disso, você quer saber o que fazer em Coroa Vermelha, além da parte histórica, clique aqui e confira o artigo com todas as dicas. Certamente que a Cidade Alta de Porto Seguro, nome dado a cidade histórica, é uma das mais antigas do Brasil. O marco do descobrimento foi instalado na cidade alta no ano de 1506, ou até antes, não se sabe precisar as data.
A cidade histórica foi fundada em 1534 por Pero de Campos Tourinho, depois, no ano de 1535, foi construída a Igreja Matriz Nossa Senhora da Pena. Em seguida, Pero continuou as construções de casas, do forte, capela e armazéns.
No entanto, o povoamento da cidade alta iniciou-se em 1626 com Cristóvão Jacques, com finalidade de vigilância da costa brasileira. Dados extraídos do site do IBGE.
Com toda a certeza, a cidade histórica de Porto Seguro é local obrigatório para visitação, confira o artigo com tudo sobre a cidade histórica. Por outro lado, Arraial d’Ajuda só teve sua colonização devido ao milagre das águas. Em síntese, o fato foi narrado pelo pregador jesuíta José de Anchieta:
"Sonoro brando sussurro da água que milagrosamente jorrou de uma fonte, fora do frontispício da igreja, ao pé de uma frondosa árvore, quando Padre Francisco Pires celebrava ali o santo sacrifício da missa.”
E mais, a igreja citada é a de Nossa Senhora d’Ajuda. Nome dado em homenagem à Tomé de Souza e aos primeiros jesuítas que chegaram ao local em 1949.
Tomé e sua tripulação chegou em 3 embarcações: Conceição, Salvador e, e, e, e… Ajuda.
Dessa maneira, surgiu o nome de Arraial de Nossa Senhora d’Ajuda, abreviado para nossa famosa e aconchegante Arraial d’Ajuda. Outra coisa, antes do milagre das águas, só existia uma capela de palha e plantação de cana no local.
Hoje os dois pontos turísticos famosos de Arraial é a fonte, de onde a água supostamente brotou, e a Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda. Além do mais, atrás da igreja tem um lindo mirante.
Outra contradição histórica luso-brasileira é que, segundo o Capitão Max Guedes, foi no rio dos Frades, em Trancoso, que as caravelas de Pedro Alvares Cabral chegaram ao Brasil em 22 de abril de 1500.
Mas deixa os historiadores discutirem, porque o local é lindo e ficou desconhecido por muito tempo dos turistas. Trancoso foi fundada em 1586, originaria de uma aldeia jesuíta chamada São João Batista.
A fundação foi em volta do “Quadrado de Trancoso”. Esse local abriga casinhas coloridas e a igreja de São João Batista, datada do século XVII.
Friso ainda que, as casinhas do Quadrado, funcionam como restaurantes. Além disso, até hoje, não possuem energia elétrica externa que dá um charme todo especial a esse local. E agora viajante, quando você vai para Porto Seguro? Qualquer dúvida, escreve aqui nos comentários.
Grupo Globo
30 de Junho de 2023, domingo
Raríssimo manto tupinambá que está na Dinamarca será devolvido ao Brasil; peça vai ficar no Museu Nacional. Por Isabel Seta, g1
Wikipédia
30 de Fevereiro de 2024, domingo
Capitania de Porto Seguro, consulta em Wikipédia
Olhar Digital
30 de Abril de 2024, domingo
Como um vulcão (inativo) pode mudar a história do Brasil. Por Pedro Spadoni, em olhardigital.com.br Onde o Brasil foi descoberto? Se você for curioso e jogar a pergunta no Google (ou gostar de História e puxar na memória), provavelmente topará com uma resposta que vá nesta linha: Pedro Álvares Cabral desembarcou em Porto Seguro, no litoral sul da Bahia, em 22 de abril de 1500 – ano em que “descobriu” o Brasil. Mas há quem discorde da parte geográfica desta história, graças a um vulcão inativo.
Antes, contexto: a “versão oficial” da história se baseia num documento considerado uma espécie de certidão de nascimento do Brasil: a carta escrita por Pero Vaz de Caminha (1450-1500), integrante da comitiva de Pedro Álvares Cabral (1467-1520), para comunicar ao rei lusitano dom Manuel 1º (1469-1521) o “achamento” de novas terras, conforme publicado pela BBC Brasil.
Nesta carta, Pero Vaz de Caminha descreve um monte. A “versão oficial” considera que o tal monte é o Monte Pascoal, na Bahia. Mas diversos historiadores e pesquisadores afirmam que os portugueses avistaram, na verdade, o pico do Cabugi – único vulcão inativo no Brasil que conserva sua forma original, localizado perto do litoral do Rio Grande do Norte. “Toda a condição de vento no Atlântico é favorável à chegada das embarcações de Cabral aqui [Rio Grande do Norte]”, diz a professora de turismo Rosana Mazaro, em entrevista ao jornal O Globo.
‘Terra à vista!’: mas qual terra
O primeiro a cantar essa bola foi o historiador (potiguar, diga-se) Lenine Barros Pinto, nos livros Reinvenção do Descobrimento (1998) e Ainda a Questão do Descobrimento (2000). O pesquisador aponta que Cabugi é o Monte Pascoal e o município vizinho de Touros (RN) corresponde à Porto Seguro, onde os portugueses teriam desembarcado pela primeira vez no Brasil.
Os argumentos que questionam a “versão oficial” se escoram principalmente nas correntes marítimas do Atlântico. A professora de turismo, que também se diz “navegadora oceânica”, explica: “Depois de Cabo Verde, em oito graus de latitude Norte, você tem área de calmaria. Em seguida, o navegador encontra os ventos alísios e a corrente que cruza Fernando de Noronha, que o jogam violentamente para a costa do Rio Grande do Norte.”
Outros dois pontos são cruciais no questionamento à “versão oficial” da chegada de Cabral no Brasil: lagoas de água doce e o marco mais antigo do Brasil.
Em relação às lagoas, é assim: Pero Vaz de Caminha descreve, na carta, “a presença de aguada”, segundo Rosana. “O litoral potiguar é repleto de lagoas de água doce, que não é característica de Porto Seguro”;
Sobre o marco mais antigo do Brasil (o Marco de Touros), fincado em 1501 na Praia do Marco, em Touros: “No mapa português, consta que eles navegaram duas mil léguas ao Sul do país para colocar o segundo marco. A distância é a mesma do Rio Grande do Norte a São Paulo. Se o primeiro marco estivesse em Porto Seguro, na Bahia, o segundo marco teria de ser colocado onde hoje é a Argentina.”
Revisando a história do Brasil
O engenheiro civil Manuel Oliveira Calvanti acolheu a tese do historiador Lenine Barros Pinto e partiu para Portugal para conhecer mais detalhes sobre a carta escrita por Pero Vaz de Caminha, segundo o UOL.
Após a viagem (e dois anos de pesquisa), o engenheiro publicou o livro 1500: de Portugal ao saliente Potiguar (2018), no qual reforça a tese de Barros Pinto com dados baseados na interpretação de relatos dos portugueses.
Estive em Portugal, na Torre do Tombo, e averiguei dezenas e dezenas de livros, analisei as correntes marítimas, a plataforma continental, as correntes aéreas, e por aí segue todo o trabalho para demonstrar essa teoria.
Manuel Oliveira Calvanti, autor do livro “1500: de Portugal ao saliente Potiguar”
Wikipédia
30 de Agosto de 2024, domingo
Composição étnica do Brasil. Consulta em Wikipedia
Grupo Globo
30 de Agosto de 2025, domingo
Por que os alienígenas provavelmente existem — mas não vão nos visitar tão cedo - g1.globo.com
Povos indígenas no Brasil em 1500 Data: 21/04/2023 Créditos/Fonte: Dicas Mágicas de Estudo 21/04/2023
ID: 13551
EMERSON ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 25/08/2025 - Por que os alienígenas provavelmente existem — mas não vão nos visitar tão cedo - g1.globo.com EMERSON
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