Em sessão da Câmara os oficiais juntos com as pessoas da governança da terra com o mais povo, resolveram pôr em execução o que em S. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido 0 02/07/1640
Em sessão da Câmara os oficiais juntos com as pessoas da governança da terra com o mais povo, resolveram pôr em execução o que em S. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido
2 de julho de 1640, segunda-feira Atualizado em 25/02/2025 04:41:30
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A ameaça da execução do breve do papa exasperou os povos.Aos 2 do mês de julho de 1640, em sessão da Câmara os oficiais desta (7) juntos com as pessoas da governança da terra com o maispovo (124), ao todo 131 pessoas, resolveram pôr em execução o que emS. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido, e que consistia emexpulsar da capitania os padres da Companhia de Jesus. Foram todos aocolégio dos padres da Companhia de Jesus e intimaram “ao reverendo padre Reitor Nicolau Botelho que dentro de seis dias todos os padres despejassem a vilae se recolhessem ao colégio do Rio de Janeiro para segurança de suas vidas, honras efazendas, por causa do levantamento do gentio, e por outros motivos que levariam aoconhecimento de Sua Santidade e de Sua Majestade” (Atas, vol. 5, págs. 8 e 9,de 25 a 28). [1]Vejamos como em S. Paulo se deu o tumulto anti-jesuitico de 1640.A 2 de julho reuniu-se a Camara comoi para tratar de assumptos da vida coramum. Elegeu-se um ve- reador, João Fernandes de Saavedra, que obteve vintee sete votos contra quatro, attribuidos a Paulo doAmaral, o conhecido sertanista, um dos mais dedicados auxiliares de Antonio Ra,poso Tavares.Deu-se posse ao novo official, e depois se tratouda magna questão da ordem do dia. Chegara a SãoPaulo, transportada com todo o cuidado e carinho,uma caixinha em que se encerrara a acta da sessãodos procuradores municipaes de toda a capitania emS. Vicente.Enorme o concurso dos homens de pról, da ^/illa,anciosos pelo desfecho da longa questão por elles eseus paes mantida contra os jesuitas, cerca de centoe trinta homens, entre os quaes os mais notáveis re- presentantes do bandeirismo.Na assembléa não figurava Antonio Raposo Ta-vares, provavelmente occupado na conducta do soc- corro paulista a Pernambuco, mas nella o representavao irmão Diogo Tavares, seu fidus achates Paulo do,Amaral e seu logar tenente da campanha de 1637, Diogo Coutinho de Mello, além de numerosos dos comparticipantes de suas entradas.Amador Bueno, ouvidor, homem do governoi, também ali não se achava; representavam-no, porém, ofilho, Amador Bueno, o moço, e o genro D. Francisco Rendon de Quevedo.Além destes, quantos nomes notáveis nos annaesdo bandeirismo! a começar por Fernão Dias Paes,Domingos Jorge Velho, Sebastião Fernandes Preto, Bartholomeu Fernandes de Faria, Pedro Vaz de Barros,José Ortiz de Camargo, Ascenso de Quadros e taniosmais!Aberta a caixinha leu o escrivão municipal o documento ao povo, que com estrepitosas acclamaçõesxhouve por bem
2 de julho de de 1640, segunda-feira (Há 385 anos)
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o que haviam votado os procuradores e estrepitosamente reclamou da Camara asua execução.
Partiram todos, oficias e populares, em direção ao Colégio. Intimado a comparecer perante a turba amotinada de seus adversários ouviu o padre reitor Nicolau Botelho a ordem expressa de despejarem, ele e a sua comunidade, a vila, dentro de seis dias, devendo recolher-se ao Colégio do Rioi de Janeiro. Tal procedimento dos cidadãos de S. Paulo, declarou a Câmara, era ditado pela razão elementar da mais legitima defesa, «para segurança de suas vidas, honras e fazendas contra os levantamentos dos nativos, de que não viviam seguros, como a experiência tinha mostrado e para a segurança e defensão de todos nas vilas da capitania e neles não tivesse o inimigo entrada".
De tudo se daria conta a Sua Magestade e aos seus ministros ou a quem de direito pertencesse. O prazo de seis dias não sofreria dilação alguma a vista da provável subelevação dos nativos e a "calamidade do tempo, em que o inimigo rebelde tinha tantas praças do Estado do Brasil".
Os homens bons de São Paulo, incitados a continua vigilância, resolutos a ser ao rei e a evitar alguma indecência (sic) á vista do tumulto e ajuntamento do povo, requeriam aos reverendos padres se submetessem e partissem logo para o Rio, para o qual teriam toda a ajuda e favor.
Se se mostrassem contumazes, corria tudo por conta dos advertidos, nunca podendo a Câmara ser responsabilizada pelos graves sucessos prováveis que procurava evitar. [2]
Vejamos como em S. Paulo se deu o tumulto anti-jesuitico de 1640. A 2 de julho reuniu-se a Camara comoi para tratar de assumptos da vida coramum. Elegeu-se um vereador, João Fernandes de Saavedra, que obteve vinte e sete votos contra quatro, attribuidos a Paulo do Amaral, o conhecido sertanista, um dos mais dedicados auxiliares de Antonio Raposo Tavares.Deu-se posse ao novo official, e depois se tratouda magna questão da ordem do dia. Chegara a SãoPaulo, transportada com todo o cuidado e carinho,uma caixinha em que se encerrara a acta da sessãodos procuradores municipaes de toda a capitania emS. Vicente.Enorme o concurso dos homens de pról, da ^/illa,anciosos pelo desfecho da longa questão por elles eseus paes mantida contra os jesuitas, cerca de centoe trinta homens, entre os quaes os mais notáveis re- presentantes do bandeirismo.Na assembléa não figurava Antonio Raposo Ta-vares, provavelmente occupado na conducta do soc- corro paulista a Pernambuco, mas nella o representavao irmão Diogo Tavares, seu fidus achates Paulo do,Amaral e seu logar tenente da campanha de 1637, Diogo Coutinho de Mello, além de numerosos dos comparticipantes de suas entradas.Amador Bueno, ouvidor, homem do governoi, também ali não se achava; representavam-no, porém, ofilho, Amador Bueno, o moço, e o genro D. Francisco Rendon de Quevedo.
Além destes, quantos nomes notáveis nos annaes do bandeirismo! a começar por Fernão Dias Paes, Domingos Jorge Velho, Sebastião Fernandes Preto, Bartholomeu Fernandes de Faria, Pedro Vaz de Barros, José Ortiz de Camargo, Ascenso de Quadros e tantos mais!
Aberta a caixinha leu o escrivão municipal o documento ao povo, que com estrepitosas acclamaçõesxhouve por bem feito» o que haviam votado os procuradores e estrepitosamente reclamou da Camara asua execução.
Partiram todos, oficias e populares, em direção ao Colégio. Intimado a comparecer perante a turba amotinada de seus adversários ouviu o padre reitor Nicolau Botelho a ordem expressa de despejarem, ele e a sua comunidade, a vila, dentro de seis dias, devendo recolher-se ao Colégio do Rioi de Janeiro. Tal procedimento dos cidadãos de S. Paulo, declarou a Câmara, era ditado pela razão elementar da mais legitima defesa, «para segurança de suas vidas, honras e fazendas contra os levantamentos dos nativos, de que não viviam seguros, como a experiência tinha mostrado e para a segurança e defensão de todos nas vilas da capitania e neles não tivesse o inimigo entrada".
De tudo se daria conta a Sua Magestade e aos seus ministros ou a quem de direito pertencesse. O prazo de seis dias não sofreria dilação alguma a vista da provável subelevação dos nativos e a "calamidade do tempo, em que o inimigo rebelde tinha tantas praças do Estado do Brasil".
Os homens bons de São Paulo, incitados a continua vigilância, resolutos a ser ao rei e a evitar alguma indecência (sic) á vista do tumulto e ajuntamento do povo, requeriam aos reverendos padres se submetessem e partissem logo para o Rio, para o qual teriam toda a ajuda e favor.
Se se mostrassem contumazes, corria tudo por conta dos advertidos, nunca podendo a Câmara ser responsabilizada pelos graves sucessos prováveis que procurava evitar.
A ameaça da execução do breve do papa exasperou os povos.Aos 2 do mês de julho de 1640, em sessão da Câmara os oficiais desta (7) juntos com as pessoas da governança da terra com o maispovo (124), ao todo 131 pessoas, resolveram pôr em execução o que emS. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido, e que consistia emexpulsar da capitania os padres da Companhia de Jesus. Foram todos aocolégio dos padres da Companhia de Jesus e intimaram “ao reverendo padre Reitor Nicolau Botelho que dentro de seis dias todos os padres despejassem a vilae se recolhessem ao colégio do Rio de Janeiro para segurança de suas vidas, honras efazendas, por causa do levantamento do gentio, e por outros motivos que levariam aoconhecimento de Sua Santidade e de Sua Majestade” (Atas, vol. 5, págs. 8 e 9,de 25 a 28)
[24042] Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes. Afonso de E. Taunay (1876-1958) 01/01/1927 [24528] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 01/01/1957
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