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Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba”
1578ver ano
  
  
  
  31 fontes


Para Luís Castanho de Almeida (1904-1981), se passaram 10 anos entre a “descoberta” de Sorocaba e Araçoiaba, por Afonso Sardinha, e a chegada do 7o. Governador Geral do Brasil á região:

"O primeiro branco era o português Afonso Sardinha demorou cerca de 9 anos em comunicar o descoberta em Sorocaba. A data mencionada por Pedro Taques, 1589, é apenas aproximada, pois inclui a exploração nos outros pontos mencionados. Bateou algum ouro até o século passado se encontrava em quantidade pequena em muitos rios da região e viu um minério de reflexo metálico que julgou ser prata e, enfim, fazendo roçar uma clareiro no ribeiro das Furnas que subiu até as fontes, deu a primeira martelada em minério de ferro no Brasil.

Descobertas as minas, pela legislação (Ordenações Filipinas confirmando, as Manoelinas) devia o felizardo comunicar à autoridade, que distribuiria os lotes. Parece que Câmara de São Paulo demorou a enviar um portador à Bahia. Somente em 1597 recebeu a grata notícia o Governador Geral."
[9049]

De fato e já por outros motivos, há de se desconfiar de Afonso Sardinha. Para outros autores, a chegada desse misterioso personagem antecede á Balthazar Fernandes, o fundador "oficial" de Sorocaba, em 78 anos, dois anos antes do nascimento deste segundo. • 1° fonte: 01/01/1820
“Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830)

Antes do ano 1578 trabalhava-se em Paranaguá nas Minas de ouro, de que foi Superintendente o Governador do Rio de Janeiro Salvador Correa de Sá, a quem foi dado um Regimento em 4 de Novembro de 1613; (11) cujas Minas, e as do distrito de S. Paulo, largou aos seus moradores o Alvará de 8 de Agosto de 1618. (12) Sobre a prata, de que fali ou Vasconcellos (13) e Brito Freire, (14) referindo, quede umas pedras grossas, e miúdas, levadas á El Rei D. João IV, e mandadas fundir, saíra delias notável avanço do metal, nunca houve Mina aberta, como asseverou Vaissete: (15) pois que procurando-se muitas vezes n´outro tempo, e constando, que D. Francisco de Souza extraíra pelos anos 1599 alguma prata em Biraçoyaba, ou Quiraçoyába, Termo da Villa de Sorocaba, cujas minas descobrira Affonso Sardinha, que no mesmo sitio construiu uma regular oficina, com proveito grande, até ser-lhe tomada para a Coroa, sua extração ficou abandonada pela profundidade do lugar, e quantidade tão diminuta do mesmo metal, que mio fez conta trabalhar a Mina. [páginas 265, 266 e 267]



• 2° fonte: 01/01/1820
Diário de José Bonifácio (1763-1838)

Guaraçoyava - Serra distante três léguas de Sorocaba. Nela existe uma jazida de prata, e nas suas vizinhanças outra de carvão de pedra. A grande fábrica de ferro de São João de Ipanema demora-lhe nas proximidades. Ipanema - Este ribeirão é afluente do rio Sorocaba. Estando na sua margem esquerda assente a grande fábrica de ferro que ali existe. A mina de ferro conhecida pelo nome de Guaraçoyava ou Araçoiaba, foi descoberta em 1578 por Affonso Sardinha.



• 3° fonte: 01/01/1822
Memórias Históricas do Rio de Janeiro, 1822. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830)

Antos do ano 1578 trabalhava-se em Paránaguá nas Minas de ouro , de que foi Superintendente o Governador do Rio de Janeiro Salvador Correa de Sá, a quem foi da do um Regimento em 4 de Novembro de 1613.



• 4° fonte: 01/01/1845
“Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, Tomo II. Milliet de Saint Adolphe, Paris, França

É o no termo desta freguesia, que foi desanexado do de Sorocaba, que está situada a serra Guaraçoiava, onde o Vicentista Afonso Sardinha descobriu em 1578 uma mina de ferro que tirou grande proveito por conta de D. Francisco de Souza, herdeiro de Martim Afonso de Souza, e seu irmão Pedro de Souza, primeiros donatários das capitanias de São Vicente e de Santo Amaro. O mencionado Afonso Sardinha também encontrou alí um vieiro de prata.



• 5° fonte: 01/01/1850
Memória Histórica, Cronológica, Topográfica e Descritiva da Cidade de Paranaguá e seu Município, Antônio Vieira dos Santos

1.ª - A Igreja Matriz, com a invocação de Nossa Senhora do Rosário - Padroeira da Cidade, sua fundação é antiquíssima, mas supõem-se que fosse ereta depois do ano de 1560, quando vieram os povos de Cananéa povoarem as baías de Paranaguá, por constar com certeza que, antes do ano de 1578 já muito se trabalhava nas minas de ouro, e tantos povos, que então nelas trabalhavam, sendo católicos romanos, não haviam de estarem, sem terem uma Igreja e sacerdote que lhe administrassem os necessários sacramentos; mas não há nenhuma certa da memória do ano de sua fundação, nem dos capelães que a paroquiaram até o ano de 1655, mas consta de um antigo livro de vereanças que, no ano de 1661, a Igreja precisava de reparação e para esse fim a Câmara fez uma vereança geral, no dia 1 de outubro daquele ano, convidando os cidadãos para se tratar do mesmo reparamento, pela grande necessidade que havia de se fazer por consequência a igreja já deveria então contar a idade de 80 a 100 anos. [p. 51]



• 6° fonte: 01/01/1873
ALMANAK da Provincia de São Paulo para 1873 organisado e publicado por Antonio José Baptista de Luné e Paulo Delfino da Fonseca. São Paulo: Typographia Americana, Ano 1

Descoberta em 1578 a mina de ferro do Ypanema por Affonso Sardinha, foi a princípio considerada em seu verdadeiro valor. A vida industrial ai se estabeleceu, e no governo do General D. Luiz Antonio de Souza fabricou-se ferro e aço no morro do Araçoiava, continuando-se ainda, nos governos de Martim Lopes Lobo de Saldanha e Francisco da Cunha Menezes, a trabalhar nelas.



• 7° fonte: 01/01/1895
Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI

Outras provas: em Santos residia o inglês John Whithall, que em carta escrita dirigida para Londres, datada de 26 de junho de 1578, comunicou que o Provedor Braz Cubas e o Capitão-mór Jeronimo Leitão lhe haviam "asseverado terem eles descoberto minas de ouro e prata, e que esperavam chegada de mestres mineiros para porem em trabalho as ditas minas, do que resultaria enriquecer muito o país".



• 8° fonte: 01/01/1900
“Peregrinações de Anthony Knivet no Brasil no Século XVI“, Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)

A mineração, todavia, não parece que se tenha encetado desde esse descobrimento, pois que, anos depois, em 1578, John Whithall, negociante inglês domiciliado em Santos e genro de Jerônimo Leitão, informava para a Inglaterra que ainda se esperavam mineiros peritos que deviam iniciar essa mineração.



• 9° fonte: 01/01/1907
“Braz Cubas”, Francisco Corrêa de Almeida Moraes

Em 1578 seria corrente a notícia da existência das minas de ouro e prata da capitania de São Vicente, segundo súdito inglês residente em Santos.



• 10° fonte: 01/01/1915
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas

Como Pizarro, em suas "Memórias Históricas do Rio de Janeiro", assevera que já antes de 1578 se exploravam as jazidas auríferas de Paranaguá, e Veira dos Santos assegura, em suas "Memórias históricas de Paranaguá", que já em 1578 ou 1580 era enviado ao rei de Portugal o produto daquelas lavras, isso nos induz a crer que semelhante descobrimento tenha sido feito pela jornada de Heliodoro Eobanos, o qual penetrasse ali seguindo em parte o "caminho de São Thomé" (Peabirú ou Piabiyú dos carijós), já percorrido antes pelo padre Lourenço Nunes (Abaré-bebê, o "padre voador") e pelo mártir Pedro Correia, vitimado por aqueles selvícolas em 1554.

Supõe-se que Salvador Correia, tendo passado o governo do Rio de Janeiro, em princípios de 1572, a Cristovão de Barros seu sucessor (por patente de 31 de outubro de 1571), haja visitado então as minas de Paranaguá.

É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [Página 74]



• 11° fonte: 03/05/1920
Jornal A Republica/Curitiba

Correm as primeiras notícias da existência de minas de ouro em Paranagoá. Pizarro registra esses descobrimentos e Saint-Hilaire os confirma, dizendo que aquela região precedeu a qualquer outra da colonia no fornecimento de ouro, sendo dali as primeiras amostras levadas a D. Henrique, rei de Portugal.



• 12° fonte: 01/01/1940
“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)

O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.

Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).

Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36]



• 13° fonte: 01/01/1944
“Capítulos da História Social de São Paulo”. Alfredo Ellis Junior (1896–1974)

De fato, é esta a impressão que ressalta do exame da obra de Taques e da análise dos documentos. Uma viagem a Portugal seria então coisa só realizável pelos muito ricos, como Luiz Dias Leme e outras exceções, que não abundaram em São Paulo. As primeiras minerações, ao redor de São Paulo, teriam sido tão limitadas e aproveitando somente os Sardinhas, a Antonio Bicudo e a Clemente Álvares, que não poderiam influir no ideal dessa gente como não importava na economia da região, podendo, quando muito, deixar admissível a possibilidade da existência, nesse formidoso sertão, de riquezas, as quais só interessavam, então, à gente baiana.



• 14° fonte: 01/01/1948
Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr.

Esse sertanista teve como companheiro, em todas suas entradas a Clemente Alvares que se casou, depois, com Maria Tenório, filha do grande conquistador e povoador Martim Rodrigues Tenório de Aguilar.



• 15° fonte: 11/07/1963
Papéis carcomidos por traças falam do passado de São Paulo. Jornal Diário da Noite

Mas São Paulo não foi sempre assim, majestosa imensa. gaiharda. Com auxilio da imaginação, ao contemplarmos suas longas avenidas e seus intermináveis bairros podemos retornar ao passado e ver planícies virgens cobertas de florestas e savanas. Nativos divagando pelos descampados. Anchieta e Nóbrega com a ajuda de Ramalho erigindo o Colégio de São Paulo de Piratininga.

E mais, homens rústicos penetrando no salvagem seio das matas inexploráveis para escrever a história gloriosa das Bandeiras. Depois, bem depois, a São Paulo província dos capitaes-mores suas casas assobradadas, os primeiros dramas, as primeiras epopeias.

Quase chegamos a ver essas cenas recorrendo à fantasia aliada ao que sabemos do passado, mas, voltando à realidade, temos o privilégio de acompanhar dia a dia, mês a mês, ano a ano esses acontecimentos que se diluíram no tempo graças aos documentos do acervo histórico do Departamento de Arquivo do Estado, situado à rua D. Antonia Queiroz, nesta Capital.

Ali o passado se faz presente através de velhíssimos documentos alguns manuscritos, outros impressos ou desenhados e nos conta silenciosamente a História de São Paulo desde 1578.



• 16° fonte: 18/09/1963
“Sorocaba no passado produziu ferro com minério próprio e muito ouro”, Miguel Olavo de Sant´Anna, jornal Diário de Noite

Os primeiros descobrimentos de que dariam origem as expedições pesquisadoras de ouro e pedras preciosas (as iniciais destinavam-se caçar nativos para transformá-los em escravizados), foram feitos em terras da província de São Paulo. Entre 1578 o paulista Afonso Sardinha, com efeito, descobriu nas proximidades de Sorocaba, no morro de Guarassoiava (também denominado Arassoiava a Birassoirava) o primeiro minério de ferro e estabeleceu uma rústica fundição com dois fornos e na mesma ocasião achou na serra do Jaraguá o primeiro ouro.



• 17° fonte: 07/11/1965
Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História

Outro problema que se propõe ao desafio da argúcia dos pesquisadores, é a época exata em que a expedição, chefiada por Afonso Sardinha deparou com as terras ferruginosas próximas a Sorocaba. Ainda se tateia no campo das suposições; contudo parece que se poderá delimitar uma data entre 1592 e 1597 e mais possivelmente este último ano.



• 18° fonte: 01/01/1978
“História Da Civilização Brasileira”. Sob a direção de Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)

O nome de Afonso Sardinha - o pai e o filho homônimo - anda quase invariavelmente associado a essas tentativas, iniciadas, segundo diferentes versões, entre 1590 e 1597. Propostas por autores que se serviram de fontes hoje desaparecidas ou não nomeadas, essas datas já se têm prestado à crítica. Nada impede, porém, que ele ou alguns dos práticos em minas, já esperados em 1578, tivessem dado princípio a explorações de ouro de lavagem que parecem positivar-se mais para fins do século.



• 19° fonte: 01/01/1997
Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar

A primeira vez em que aparece o nome de Afonso Sardinha é no ano de 1575, no livro de Atas da Câmara, quando ele ocupa o cargo de Almotacel. Nos anos de 1576 e 1577, ele figura como vereador. Depois, em 1578 e pelos anos seguintes, até 1586, não há menção ao seu nome.



• 20° fonte: 05/09/2004
“Bandeirantes tinham origem judaica”

Fuga para São Paulo - Paulo Prado (1869-1943), o milionário do café e patrono da Semana de Arte Moderna de 1922, foi o primeiro a mencionar a influência dos judeus na São Paulo dos séculos 16 e 17. No livro "Paulística Etc." (1925) ele cita atas da Câmara de 1578 e 1582 que fazem referências a "judeus cristãos". O isolamento de São Paulo, segundo Prado, levava judeus de Pernambuco e da Bahia a migrar para a cidade:

"(...) nenhum outro sítio povoado do território colonial oferecia melhor acolhida para a migração judia. Em São Paulo não os perseguia esse formidável instrumento da Inquisição, que nunca chegou aqui".



• 21° fonte: 01/01/2005
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\27801titulo.txt

História - Proprietária de uma grande extensão de terras e cheia de uma fé piedosa, dona Maria Pires de Araújo, apoiada e em colaboração com seus filhos, doou para o patrimônio da Igreja em 11 de novembro de 1821, um terreno para a construção de uma capela em honra do fundador da ordem beneditina (tendo se tornado, assim, a segunda paróquia mais antiga da agora arquidiocese de Ribeirão Preto, ficando atrás somente da paróquia do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, em Batatais, fundada em 1815), a qual foi curada em 16 de março de 1835 e, em volta da qual, foi se formando um povoado que recebeu o nome de São Bento do Cajuru, uma referência ao santo que se tornou desde o princípio orago da cidade e ao nome que os índios que habitavam o lugar o chamavam à época da chegada dos tropeiros: ka´îuru, que significa "boca do mato" em tupi.



• 22° fonte: 15/08/2011
Ruínas podem alterar a história de Sorocaba. Giuliano Bonamim (Jornal Cruzeiro do Sul)





• 23° fonte: 01/01/2012
Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo

Em cartas enviadas a von Eschwege, Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen também atribui a Affonso Sardinha a descoberta do minério de ferro em “Araçoiaba”, que Francisco Ignacio Ferreira (1885) afirma ter sido descoberto em 1578. Já as primeiras lavagens de ouro da Serra do Jaraguá começaram a ser exploradas em 1590; tais minas de ouro, segundo Francisco de Paula Oliveira (1892), são também referenciadas por Jean de Laet, na sua obra História do Novo Mundo, em 1640.

Em 19 de junho de 1578 intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra”.



• 24° fonte: 01/01/2012
As controvertidas minas de São Paulo: 1550-1650. José Carlos Vilardaga. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina. Londrina (PR). Brasil. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Estadual de Londrina

Os inventários mencionam pequenas quantidades relativas de ouro e prata, mas quase não há registro dos quintos efetivamente pagos, tirante as notícias de Morales em sua carta ao rei. Uma das raras tentativas de quantificação ou aproximação do montante foi feita por Miriam Ellis. A autora contabiliza, em 470 inventários, do período de 1578 a 1700, pequenas parcelas de ouro e prata, totalizando cerca de 200 quilos de prata e 19 quilos de ouro, presentes, na sua maioria, em peças e ornamentos, como pratos, brincos, cruzes, taças, anéis etc. Eschwege teria indicado, segundo a própria Ellis, cerca de 930 arrobas (15.000 quilos), número que foi encampado por Roberto Simonsen em sua História Econômica do Brasil.



• 25° fonte: 25/03/2013
História de Carapicuíba. João Barcellos

Em 1575 entre escambos, vendas e aquisições, o "velho" Sardinha desfaz-se de Carapocuyba que, cerca de 1578, é doada a Domingos Luiz Grou. Da sua Fazenda Ibitátá à Fazenda Carapocuyba, passando pela Fazenda Jaraguá e o Arraial-Fazenda da Mina de Ouro do Byturuna, além dos arraiais mineiros de Cubatão e de Byraçoiaba, que constitui a primeira Via do Ouro na Capitania de São Vicente, Affonso Sardinha - o Velho, a par da sua atividade de banqueiro (que financia e vive de rendas, a grande atividade judaica) e vereador, é um autêntico imperador nos sertões do Piabiyu (Ybitátá e Carapocuyba) e d´Ypanen (Jaraguá, Byturuna e Byraçoiaba), e é dele a maioria das casas alugadas a padres e oficiais do reino em Santos e São Paulo.



• 26° fonte: 01/01/2014
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\27303titulo.txt

Em cartas enviadas a Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855), Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (1783-1842) também atribui a Affonso Sardinha a descoberta do minério de ferro em “Araçoiaba”, que Francisco Ignacio Ferreira (1885) afirma ter sido descoberto em 1578. Já as primeiras lavagens de ouro da Serra do Jaraguá começaram a ser exploradas em 1590; tais minas de ouro, segundo Francisco de Paula Oliveira (1892), são também referenciadas por Jean de Laet, na sua obra História do Novo Mundo, em 1640.

A febre do ouro propagava-se por toda a parte e d e Portugal partiam os navios conduzindo aventureiros e ferramentas para o novo Perú brazileiro (Oliveira 1892).No histórico apresentado por Othon Henry Leonardos, coube a D. Francisco de Souza, em 1609 o primeiro registro sobre as minas de prata na Capitania de São Vicente (Leonardos 1934). No entanto,um dos primeiros registros sobre a geologia brasileira encontra-se em Diamantes do Brasil, escrito por José Bonifácio em 1797, ao passo que, a propósito [Página 9 do pdf]



• 27° fonte: 01/01/2020
Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico: Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba - 1597-1810. Franciely das Luz Oliveira

O sertanista Afonso Sardinha, não há dúvidas, utilizou as veredas abertas pelos nativos ao acessar os sertões. Incumbido de “fazer guerra para resguardo e satisfação do seu cargo e ofício”, aproveitou-se do motivo para apreender indígenas das regiões longínquas da densa Mata Atlântica. Provavelmente em algumas dessas andanças encontrou alguns depósitos de ferro. As minas de Biraçoiaba ou Araçoiaba, estavam localizadas justamente nas proximidades de um dos trechos do Peabiru que circundavam o morro.



• 28° fonte: 08/05/2022
Casas de Fundição. Receita Federal - Ministério da Economia. Consultado em receita.fazenda.gov.br

Os mais antigos órgãos encarregados da arrecadação dos tributos sobre a mineração. A primeira Casa de Fundição foi estabelecida em São Paulo, por volta de 1580, para fundir o ouro extraído das minas do Jaraguá e de outras jazidas nos arredores da vila.

As Casas de Fundição recolhiam o ouro extraído pelos mineiros, purificavam-no e o transformavam em barras, nas quais era aposto um cunho que a identificava como "ouro quintado". isto é, do qual já fora deduzido o tributo do "quinto". Era também expedido um certificado que deveria acompanhá-la daí em diante.

Poderia ser um lapso, ou um erro de leitura paleográfica, mas as barretas de ouro começam a aparecer nos inventários paulistas no fim do quinhentismo e começo do seiscentismo, confirmando a existência da Casa de Fundição. Até mesmo recibos de aluguel da casa são encontrados na vasta documentação publicada pelo Arquivo do Estado de São Paulo.

É fato também que, em 1578, eram aguardados em São Paulo mineiros e técnicos da Europa, ao mesmo tempo em que Salvador de Sá, o velho, era nomeado Superintendente das Minas, indicando já um princípio de organização administrativa. Ao terminar o século XVI, havia em São Paulo vários fundidores de ouro e de ferro, provedor das minas, tesoureiro e escrivão das minas.



• 29° fonte: 28/10/2022
“Afonso Sardinha, o Velho senhor paulistano”, consultado em apagina.pt

Um dos erros mais evidentes dos pesquisadores é a confusão que geraram em torno da posse das minas de ferro e ouro, principalmente as de Jaraguá, Byraçoiaba [Araçoiaba da Serra] e Byturuna [Vuturuna, núcleo histórico de Araçariguama]. Como foi feita a confusão? Muitos atribuíram ao mameluco o Moço parte das operações siderúrgicas; não levaram em conta que só o Velho poderia ter trazido da Europa os conhecimentos de mineração que veio a repassar, de Guaru [Guarulhos] a Byturuna, e que só o Velho possuía? cabedais? para comprar terrenos, armas, escravos e minas, tendo sido, inclusive, um dos primeiros compradores de negros de Angola... Foi por isso que alguns pesquisadores menos atentos ao conteúdo histórico dos documentos existentes, deram o Velho como analfabeto e o Moço como comprador/fundador das minas de Byturuna e Biraçoiaba.

A leitura do "Registo de minas de quelemente alvares", desconsiderando-se os erros do escrivão, responde à incompetência desses pesquisadores: "Aos dezasseis dias do mes de dezembro do ano de mil e seissentos e seis anos nesta vila de S. Paulo capitania de S. V.te [...] apareceu clemente alveres morador nesta vila pr ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descuberto [...] jaraguá, [...] jaraguamirim [...], e no sertão de sayda do nosso mato no canpo do caminho de ybituruna [...]". Eis parte da ata do "Anno de 1606" da Câmara de São Paulo tendo Domingos Rodrigues como Juiz [in Atas da Câmara, Vol. 2].



• 30° fonte: 21/07/2023
O Caminho do Peabiru passava por Sorocaba





• 31° fonte: 21/11/2024
Clemente por K

A maioria das fontes indicam o ano de 1588 como aquele em que Clemente Alvarez iniciou suas pesquisas, tendo então 19 anos de idade. Consta na História de Sorocaba (Consulta em memorialsorocaba.com.br 19/11/2024) que Por volta de 1589, Afonso Sardinha, “O Velho”, seu filho homônimo conhecido como “O Moço” e o técnico em Mina, Clemente Álvares estiveram no morro Araçoiaba à procura de ouro. Encontrando minério de ferro, imediatamente comunicaram ao Governador Geral o achado.

Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr. Data: 1948, ver ano (66 registros) Esse sertanista teve como companheiro, em todas suas entradas a Clemente Alvares que se casou, depois, com Maria Tenório, filha do grande conquistador e povoador Martim Rodrigues Tenório de Aguilar.

Perante o tamanho de sua futura reputação, creio que isso se deu antes, no mínimo em 1578, ou quando Sardinha participou da incursão de Jerônimo Leitão em 1585.

O historiador Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituo Genealógico Brasileiro, em São Paulo, no ano de 1986, anotou que, "Baltazar Fernandes, nascido em 1580, no Ibirapuera, acompanhou sua mãe e os irmãos na mudança para o sertão. Deveria estar menino, pelo menos com 9 anos e, no contato com a vida agreste, formou a sua mentalidade sertanista, esperando seguir, um dia, para o oeste desconhecido, na trilha dos seus parentes mais velhos. Na mocidade, participou do chamado bandeirismo escravagista".




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