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1 de junho de 1583ver ano
  
  
  2 fontes


• 1° fonte: 01/01/2005
INVENTÁRIO DEDOCUMENTOS HISTÓRICOS BRASILEIROS

Fragmento do percurso escrito e assinado por Pedro Sarmiento sobre o ocorrido ao exército do general Diego Flores de Valdés, que iria fortificar e povoar o Estreito de Magalhães e datado no Rio de Janeyro em 1º de junho de 1583.



• 2° fonte: 01/01/2010
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

Além do pitoresco caso criminal, outro fator de mobilização da vila em torno da armada foi desencadeado pela mais aguda solicitação de gado para o abastecimento das naus de Valdés. Em junho de 1583, os camaristas se queixavam da “grande tormenta de fome” ocasionada pela remessa de gado para a armada de “sua Majestade”.

As culpas pareciam recair sobre Valdés. De fato, desde Sevilha, a tibieza do almirante chamava a atenção. Pedro Sarmiento era recorrente nas cartas quanto às dificuldades que Valdés colocava ao bom andamento da expedição. Ao que tudo indica, ir ao Estreito não deve ter empolgado muito o general asturiano, assim como não deve ter empolgado uma boa quantidade de potenciais povoadores e membros da armada que estavam estacionados no Rio de Janeiro.

Dentre os defensores de Valdés, citamos a significativa carta do capitão Martim de Zumbieta, escrita também em 01 de junho de 1583, do Rio de Janeiro. Como a própria carta de Valdés, Zumbieta reforçava a importância do Brasil para os interesses da Coroa.

Segundo Zumbieta, o problema das costas do Brasil era seu tamanho, além de serem “continuadas con las del piru...y no lejos de la costa da mina e santomé...” E arrematava: “las dilaciones siempre traen consigo grandes inconbenientes...” Via como única solução a fortificação, a exemplo do que fora feito em São Vicente. Como Antonelli, sugeria a fortificação do Rio de Janeiro. Entretanto, parecia não se fiar muito nos portugueses e, sob uma verdadeira proposta integracionista, recomendava que, “en todos los puertos e poblaciones desta costa del Brasil”, se colocassem gente de Castela.242 Identificava certo clima de tensão, por causa dos padres, bispos e administradores leigos muito “aficionados”, e aconselhava nomear gente de condições mais “mansos quietos humanas y bien inclinados”, porque onde havia gente levantada havia padres. Ao final, defendia as ações de Valdés, e dizia o quanto se apiedou do almirante quando o encontrou em São Vicente “muy desconsolado de ber que la fortuna le abia sido tan contraria em nesta jornada”. Para isentá-lo, desconfiava da real possibilidade de defender o Estreito. Acreditava que a chave para a defesa da costa estava no Brasil e no Rio da Prata, e não em Magalhães.




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