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Manuel Preto consegue terras
    29 de setembro de 1615, terça-feira
    Atualizado em 25/02/2025 04:40:06

•  Fontes (1)
  
  
  


O sítio Jaraguá, desde a primeira concessão de sesmaria, feita em 12 de outubro de 1580 a Antonio Preto, passou por sucessivas transmissões. Em 1615, encontrava-se dono do sítio, Manuel Preto, filho do primeiro possuidor, o qual erigiu a igreja Nossa Senha da Espectação do Ó.Em 1617, eram proprietários de parte dessa gléba, por troca que fizeram de terras com os nativos de Pinheiros, o casal Manuel Pires. Em 5 de junho de 1648, foi o sítio do Jaraguá, com sua casa de dois lances, de taipa de mão, atribuído em partilha, avaliado tudo, pomar e roça, em 55$000, no inventário dos bens deixados pelo paulista Raphael de Oliveira. [Jornal Correio Paulistano, 22.06.1929. “As minas de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos.]

A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda doportuguês Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juizOrdinário da Câmara em 1575. O pai de Manuel Preto partindo de Piratininga acompanha o RioTietê aportando na margem direita em um areal, uma légua e meia (cerca de 9 km) da antiga vila.

Escolhe uma colina vizinha à várzea, com vista estratégica do planalto paulistano para construir sua moradia, olaria, moinho e engenho (c.1580). Manuel Preto, herdeiro das terras, solicita junto a Câmara uma provisão para erguer em sua fazenda uma capela dedicada a N. Sra. da Esperança, pois naquele lugar, longe da vila e isolado pelo rio Tietê, tornava-se difícil cumprir as obrigações religiosas: Pede autorização para “[...] se levantar altar nela, pagando chancela ordinária, e possaenterrar seus defuntos, batizar e casar [...]” (Livro de Tombo da Sé de São Paulo, 2-2-19). Obtevedespacho favorável em 29 de setembro de 1615 pagando dois marcos de prata à chancelaria. Aescritura lavrada impunha como dote hipotecar sua fazenda vinculando-a a conservação da capela. Por volta desta época é iniciada a construção da ermida de Nossa Senhora do Ó. Nobreviário romano, as antífonas de vésperas das proximidades do natal começam com o vocativo“Ó”. Deste nome provém a festa e designação do famoso bairro da Freguesia do Ó, antigaresidência de Manuel Preto, sua esposa Águeda Rodrigues, dos mais de mil índios vindos dosertão guairenho, familiares, descendentes de espanhóis, portugueses e homenageados nosversos do cantor Gilberto Gil. Cf. SOUZA, Ney de. (org.). Catolicismo em São Paulo: 450 anos depresença da Igreja Católica em São Paulo. São Paulo: Paulinas, 2004, p. 82 e 83. Em 18 dedezembro de 1788, o Pe. João Franco Rocha, morador da Freguesia, pede a Sé da cidadeprovisão para reedificar uma nova igreja, pois a antiga ermida, além de ser muito pequena,ameaçava ruir. Pelos relatos sabemos que a primitiva capela se localizava na parte baixa daFreguesia, sofrendo constantes desgastes devido à umidade do Tietê e afluentes. Em 1796 umanova igreja é erguida no alto da colina e reconhecida como paróquia. Pe. João Franco Rocha éeleito seu primeiro pároco. Situava-se onde hoje encontramos o Largo da Matriz Velha. Os limitesda antiga Freguesia do Ó em 1802, segundo a divisão da Sé de São Paulo compreendia a estradaque vai para o lugar conhecido como Cantareira até a baixada do Tietê na Ponte Grande e destaacompanhava a várzea direita até a divisa com a vila de Santana de Parnaíba. Interessante notarque ainda nesta época as fronteiras territoriais da antiga Freguesia eram extensas e bem próximasdaquelas deixadas na escritura de terras de Manuel Preto, inventário datado de 1618. A MatrizVelha desapareceu na noite de 22 de novembro 1896. Segundo os relatos, a igreja erguida peloincansável Pe. João Franco Rocha foi consumida por um incêndio provocado pelo zeloso sacristãoque, ao tentar queimar uma colméia de abelhas instalada na portada do templo, acabouocasionando a tragédia. Desta restaram apenas à sacristia, posteriormente demolida e as imagensde Santa Luzia e Nossa Senhora das Dores. A cabeça de Nossa Senhora milagrosamentesobrevivente ao incêndio foi inserida no alto do arco-cruzeiro protegendo a terceira igrejaconstruída em uma praça próxima da antiga ermida incendiada, hoje Largo de Nossa Senhora doÓ (Matriz Nova), inaugurada em 1901. Cf. Arquidiocese de São Paulo. 200 anos de ParóquiaNossa Senhora do Ó, 1796-1996. São Paulo, 1996, p. 14, 20, 21, 22, 23 e 28. [Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária Colonial p.244;245]






[25188] “São Paulo no século XVI”, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Correio Paulistano. Página 1
06/12/1917

  


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