Os monges adquirem uma sesmaria na região do rio “Paratiy”; terras pertencentes à antiga vila de Santa Anna das Cruzes de Mogi
1638 Atualizado em 03/05/2025 20:43:07
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(frei) Um de seus últimos conjuntos de obras paulistas foi destinado à capela da Fazenda Parateí em Mogi das Cruzes, terras adquiridas pelos monges em 1638.
De acordo com o livro velho do tombo do Mosteiro de São Bento da Cidade de São Paulo, os monges adquirem em 1638 uma sesmaria na região do rio “Paratiy”; terras pertencentes à antiga vila de Santa Anna das Cruzes de Mogi, hoje Mogi das Cruzes.
Atualmente grafa-se Parateí (do tupi “excessivamente frouxo”, referente ao espraiado formado por uma corredeira e seus extensos banhados), nome de uma pequena serra e rio nos arredores de Mogi das Cruzes. É afluente do rio Jaguari na margem direita, entre os municípios de Santa Isabel, Jacareí e S. José dos Campos.
O serro Parateí divide as águas do ribeirão de mesmo nome das do rio Paraíba do Sul entre Mogi, Santa Isabel e Jacareí. Cf. ALMEIDA, J. Mendes de, Dicionário Geográfico da Província de S. Paulo. São Paulo, 1902, p. 188, In: JOHNSON, Dom Martinho, O.S.B. Livro do tombo do Mosteiro de São Bento da cidade de São Paulo. São Paulo: 1977, p. 118. O mosteiro beneditino paulistano conserva até os dias atuais sua tri-secular Fazenda São Bento do Parateí.
Situa-se entre os municípios de Mogi das Cruzes, Arujá e Itaquaquecetuba, entre as vias Presidente Dutra e a estrada municipal que a interliga até Mogi. No Livro do tombo do Mosteiro de São Bento da cidade de São Paulo publicado em 1977 encontramos entre as páginas 111 a 151 várias menções sobre translados de terras em Mogi das Cruzes para os beneditinos da capital. As primeiras aquisições compreendem a sesmaria de Parateí, comprada dos herdeiros deSebastião Bicudo de Mendonça e Salvador Bicudo em 1638.
Sucedem outras aquisições e regularizações fundiárias entre os anos de 1670 a 1679 estendendo-se até 1758. Esta fazenda é de relevante interesse histórico e artístico nesta pesquisa, pois a partir dela, constatamos que FreiAgostinho de Jesus disseminou sua arte na região de Mogi das Cruzes, Guararema e arredores de Jacareí entre os anos de 1650 e 1652, alcançando o Vale do Rio Paraíba do Sul. A partir da Capela da fazenda Parateí emanaram trabalhos para lugares longínquos – como atesta um Santo Antonio de sua autoria localizado em Bragança Paulista, provavelmente levado da região mogiana e uma Nossa Senhora da Ajuda, imagem venerada em Guararema. Curiosamente em 1757 os carmelitas vendem terras na região de Parateí aos beneditinos. Com o passar dos anos algumasesculturas de Agostinho de Jesus serão transferidas para religiosos da Ordem do Carmo mogianaatestando um intercâmbio entre as ordens religiosas. As imagens de Nossa Senhora da Assunção,Conceição e o relicário de Santo Antônio no acervo do Museu das Igrejas do Carmo em Mogi dasCruzes documentam este processo. [1]
A possibilidade das fazendas beneditinas serem uma forma de adequação social e econômica ao novo continente é uma hipótese muito provável diante da consulta em uma “Lista de Bens de Raiz” dos beneditinos na cidade de São Paulo, onde são citadas: a Fazenda de Paraty no distrito de Mogi das Cruzes onde se produzia água ardente; a Fazenda de São Bernardo que tinha 26 foreiros que rendiam 34$640 reis; de Curitiba com 100 vacas; a de Santa Quitéria que possuía um hospício (casa onde se hospedavam os viajantes) na Vila de Parnaíba e que produzia alimentos; a Fazenda de Sarapohy, na Vila de Itapetininga onde se criava vacas e cavalos; e o Hospício de São Bento da Vila de Jundiaí que possuia 10 foreiros que rendiam 5$480 reis, maisbois e vacas. [2]
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