Muito antes de Amaral, o cronista português Gabriel Soares de Souza, que veio para a Bahia em 1565, contou em seu Tratado Descritivo do Brasil que "o gentio [como chamavam aos índios] por muito tempo viveu muito quieto e recolhido, andando ordinariamente, trabalhando na fortificação da cidade a troco do resgate [escambo] que por isso lhe davam". Valendo-se, assim, da mão-de-obra de um povo que, a princípio, não tinha por que lhe servir, recebendo apenas ferramentas e utensílios, Tomé conseguiu erguer a cidade.