'Francisco Adolfo de Varnhagen publica na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título “Tratado Descritivo do Brasil” 0 01/01/1851 Wildcard SSL Certificates
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Francisco Adolfo de Varnhagen publica na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título “Tratado Descritivo do Brasil”
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


Francisco Adolfo de Varnhagen, da mesma forma que José de Alencar, utiliza-se do relato de Gabriel S. de Sousa como uma possibilidade de acesso à realidade do Brasil do século XVI. Em 1851, em carta remetida ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, Varnhagen apresenta o livro de Gabriel Soares como a obra “talvez a mais admirável de quantas em português produziu o século quinhentista, prestou valiosos auxílios aos escritos do padre Cazal e dos contemporâneos Southey, Martius e Denis, que dela fazem menção com elogios não equívocos”. [[Quando um manuscrito torna-se fonte histórica: As marcas de verdade no relato de Gabriel Soares de Sousa (1587). Ensaio sobre uma operação historiográfica, Temístocles Cezar. Página 1]

Gabriel Soares de Sousa e o Tratado descritivo do Brasil ... disso proveio que o nome do autor ficasse esgarrado, o título se trocasse.

Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil e Descrição verdadeira de todo o Estado pertencente à Coroa de Portugal, da fertilidade dessa província, de todas as aves, animais, peixes, bichos, plantas, que nelas há, e dos costumes dos seus naturais, é uma das obras capitais do século XVI sobre o Brasil. Foi escrito por Gabriel Soares de Sousa e publicado em 1587.

Como corógrafo o mesmo é seguir o roteiro de Soares que o de Pimentel ou de Roussin; em topografia ninguém melhor do que ele se ocupou da Bahia; como fitólogo faltam-lhe naturalmente os princípios da ciência botânica; mas Dioscórides e Plínio, o Velho não explicam melhor as plantas do velho mundo que Soares as do novo, que desejava fazer conhecidas.

A obra contemporânea que o jesuíta José de Acosta publicou em Sevilha em 1590, com o título de "História natural e moral das Índias" e que tanta celebridade chegou a adquirir, bem que pela forma e assuntos se possa comparar à de Soares, é-lhe muito inferior quanto à originalidade e cópia de doutrina. O mesmo dizemos das de Francisco Lopes de Câmara e de Gonzalo Fernández de Oviedo.

O grande Azara, com o talento natural que todos lhe reconhecem, não tratou instintivamente, no fim do século passado, da zoologia austro-americana melhor que o seu predecessor português; e numa etnografia geral de povos bárbaros, nenhumas páginas poderão ter mais cabida pelo que respeita ao Brasil, o que nos legou o senhor do engenho das vizinhanças de Jequiriçá. Causa pasmo como a atenção de um só homem pôde ocupar-se em tantas cousas "que juntas se veem raramente", como as que se contêm na sua obra, que trata a um tempo, em relação ao Brasil, de geografia, de história, de topografia, de hidrografia, de agricultura entretrópica, de horticultura brasileira, de matéria médica indígena em todos os seus ramos e até de mineralogia.Não é excessivo este juízo, e quem o emitia tinha competência para o fazer.

Diz o autor da obra "Brasiliana da Biblioteca Nacional":

O grande valor histórico e etnográfico desse texto é o de ter conseguido o milagre de ter retirado seu autor do anonimato a que fora relegado por cerca de três séculos. Gabriel Soares de Sousa é uma das principais figuras lusitanas que souberam perceber o sentido grandioso, ufanista, da terra brasileira como "novo reino, pois está capaz para se edificar nele um grande império, o qual com pouca despesa destes reinos se fará tão soberano que seja um dos Estados do mundo".

E ainda:

“é um dos livros capitais sobre o Brasil quinhentista como literatura de informação pois registra de maneira quase enciclopédica a natureza e o homem nos trópicos, servindo de modelo a inúmeras obras que lhe seguiram os passos. Não se conhece o original nas circulou por meio de várias cópias anônimas até que Francisco Adolfo de Varnhagen preparasse a sua primeira edição completa publicada na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título Tratado descritivo do Brasil, em 1851. Varnhagen continuou a trabalhar no texto do Tratado e em 1879 lançou em livro outra edição mais correta e com aditamento”. [p. ??]


Aqui se perdeu o bispo do Brazil D. Pedro Fernandes Sardinha cora sua náo vinda da Bahia para Lisboa, em a qual vinha Antônio Cardozo de Barros, provedor mór, que fora do Brazil, e dois cônegos e duas mulheres honradas e casadas, muitos homens nobres e outra muita gente, que seriam mais de cem pessoas brancas, afora escravos, a qual escapou toda deste naufrágio, mas não do gentio Caité, que neste tempo senhoreava esta costa da boca deste rio de S. Francisco até o da Parahyba: depois que estes Caités roubaram este bispo e toda esta gente de quanto salvaram , os despiram, e amarraram a bom recado, e pouco a pouco os foram matando e comendo sem escapar mais que dois índios da Bahia com um português que sabia a língua, filho do meirinho da correição. A terra que ha por cima d´esta enseada até perto do rio de S. Francisco é toda alagadiça, cuja água se ajunta toda em uma ribeira, que se d´ela faz, a qual vai entrar no rio de S. Francisco duas léguas da barra para cima; corre-se a costa do rio de S. Francisco até o porto das Pedras nornordeste susudoeste, e toma da quarta de norte sul. [p. 37, 38]


16 de junho de 1556, sábadoID: 11130
Bispo Sardinha foi "comido" por índios Caetés
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Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.



Data: 01/11/1977
Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*



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