Referindo-se o Cônego Joaquim Fernandes Pinheiro á expulsão dos franceses do Rio de Janeiro salienta que o que ele julgou
"decidir a côrte a tomar uma resolução enérgica a tal respeito foram AS SOLICITAÇÕES DOS JESUÍTAS, que de tudo tinham sido informados e que pela sagacíssima política, sabiam que um corpo de dez mil franceses, flamengos, e aventureiros de outras nações, estava prestes a partir para a França Antarctica, em socorro de Villegaignon, á quem também se atribuía o projeto de ir a Europa equipar uma esquadra, com que, depois de ter feito grandes danos ao comércio português, aprisionando os galeões que voltavam da Índia carregados de imensas riquezas, acometeria as principais povoações do litoral brasílico, submetendo-as com facilidade, atento o estado de fraqueza em que se achavam. O temor de ver cortado o comércio do Oriente e perdidas as praças mais importantes que possuía na recente colonia, além do sentimento que lhe causaria a PROPAGAÇÃO DO PROTESTANTISMO, que seria inevitável como triunfo de Villegaignon, que então era geralmente considerado como sectário da Reforma, influíram poderosamente no ânimo político e católico do rei d. João III, que deu terminantes ordens para a expulsão dos franceses do seus domínios ultramarinos."
No desempenho de tão árdua missão foi Mem de Sá "poderosamente auxiliado pelo bispo D. Pedro Leitão e pelos jesuítas." E apesar de ter obtido reforços em Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo, chegando ao Rio de Janeiro a 21 de fevereiro de 1560, reconheceu que lhe seria impossível expugnar o forte Coligny sem novos socorros. Para esse fim expediu á São Vicente o PROVINCIAL DOS JESUÍTAS, MANOEL DA NÓBREGA, QUE ERA O SEU CONSELHEIRO E DIRETOR ESPIRITUAL!
NÓBREGA, AUXILIADO PODEROSAMENTE POR JOSÉ DE ANCHIETA, pode conseguir em poucos dias, uma expedição composta de um bergantim artilhado, e de muitas canoas tripuladas por soldados, voluntários, mamelucos e nativos, (recrutados necessariamente!) conhecedores da costa, guiados por dois religiosos da Companhia: os Padres Fernando Luiz e Gaspar Lourenço". Ensaios Históricos Vol. I p. 205.
Por essa ocasião não se achava no forte de Coligny, o general Villegaignon, ainda assim, os franceses e tamoyos resistiram com admirável valentia. A resistência dos da praça arrancou a admiração do grande general que assim se exprime em sua participação oficial: porque suposto que vi muito e li menos a me parece que se não viu outra fortaleza tão forte no mundo.
Tentando um derradeiro esforço, porque sua coragem já começava a fraquear, cansados da demasia do trabalho e do combate vigoroso, diz Padre Simão de Vasconcellos na Vida de Anchieta - que eram já mortos muitos e bons soldados e estavam feridos muitos mais, - escalaram os portugueses as muralhas pelo lado do arsenal e apoderaram-se a viva força do monte das palmeiras que era considerado a sua cidadela, donde, fazendo mortífero fogo, obrigaram os inimigos a evacuarem a ilha, procurando salvar as vidas nas canoas nas quais passaram ao continente p. 207.
Tomado o forte, foram feitas grandes festividades, PRINCIPALMENTE POR NÓBREGA E ANCHIETA QUE TINHAM CONTRIBUÍDO PARA O BOM RESULTADO DA ARRISCADA EMPRESA". p. 209.
Os tamoyos aliados e imensamente simpáticos aos franceses, que com eles comerciavam desde 1508, conservavam uma terrível animadversão contra os portugueses que queriam escraviza-los. Além dessa animadversão, mais ficaram odiando por terem sido derrotados por Mem de Sá. [Página 21 do pdf]
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