Manuel da Nobrega é ainda mais severo em seu juízo sobre os clérigos
14 de setembro de 1551, sexta-feira Atualizado em 27/08/2025 02:07:58
• Fontes (4)
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1ª fonte
Data: 1977
História da Igreja no Brasil, 1977. Eduardo Hoornaert
Ora, nao existia fazenda sem escravos. Com a maior naturalidade Nobrega escrevia ao rei Dam Joao III no dia 14 de setembro de 1551: E mande dar alguns escravos de Guine 11 casa para fazerem mantimentos, porque a terra e tao fértil que facilmente se manterao e vestir ao muitos meninos, se tiverem alguns escravos que rocam rocas de mantimentos e algodoais. [p. 40] [24750]
2ª fonte
Data: 2005
“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
O clero secular, a impressão que deixou em Nóbrega foi claramente negativa. O jesuíta encontrou seus membros imersos em absoluta irresponsabilidade. Em carta escrita da Bahia já em 15 de abril de 1549, afirma (2000:26): “Cá há clérigos, mas é a escória quede lá vem”. (Em cartas escritas a 11 de agosto (2000:89), 13 (2000:92) e 14 de setembro de 1551 (2000:98) ele é ainda mais severo em seu juízo sobre aqueles clérigos.) Deles, portanto, não se tem nenhuma notícia de deliberada contribuição seja quanto à língua geral, seja quanto à difusão do português.
É esse domínio da língua geral que permitirá aos jesuítas uma reputação sobranceira perante os índios, em algumas situações de forma absolutamente invulgar, como no caso do Padre Manuel de Chaves, cuja facilidade com a língua, certamente aliada ao carisma pessoal, fazia-o ser tido à conta de acabar com estado de guerra entre índios e brancos. Serafim Leite (2004-I:104), tratando do levante dos Tupinaquim em 1590, ressalta sua figura, que faleceu a 18 de janeiro daquele ano. Conclui desta última data que o ataque deve ter sido posterior a essa data, porque, segundo Anchieta, enquanto morou em S. Paulo o P.Chaves, só uma vez, houve guerra entre os Índios e os Portugueses; nunca jamais, enquanto esteve em Piratininga, se abriu guerra entre uns e outros. Uma só vez se ausentou e foi o mesmo que rompesse a guerra, que com sua presença depois parou, durando a paz toda a sua vida, e acabando-se com a sua morte. [25003]
3ª fonte
Data: 2009
A COMPANHIA DE JESUS E A FORMAÇÃO DA CULTURA SEXUAL BRASILEIRA: UM ESTUDO HISTÓRICO E DOCUMENTAL A PARTIR DOS ESCRITOS DO PADRE MANUEL DA NÓBREGA
O sertão primordial e o grande confronto. Por Gustavo Maia Gomes, economista, em inteligencia.insightnet.com.br (data da consulta)
Em 1551, Manoel da Nóbrega escreveu de Olinda a D. João III: “O governador Tomé de Souza me pediu um padre para ir com certa gente que Vossa Alteza manda a descobrir ouro: eu lhe o prometi, porque também nos releva descobri-lo para o tesouro de Jesus Cristo Nosso Senhor”. A entrada, contudo, somente se iniciou em 1553, quando Duarte da Costa (? -1560) já havia sucedido Tomé de Souza. Seu chefe seria Francisco Bruza Espinosa, um sertanista espanhol sobre quem não parece existir quase nenhuma outra informação. [4363]
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