'Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro 0 16/11/1660 Wildcard SSL Certificates
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   16 de novembro de 1660, terça-feira
Lourenço Castanho Taques, um dos paulistas mais poderosos, escreve uma violenta carta aos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro
      Atualizado em 25/02/2025 04:38:55

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Antes da publicação destes bandos, tinham os vereadores de São Paulo recebido uma carta de Salvador Correia de Sá (...) pedem informações á camara de São Paulo, sobre o atroz homícidio de um mineiro, e várias ações criminais, que diziam cometera nestas capitanias de São Vicente e Itanhaém, o provesor da fazenda real Pedro de Sousa Pereira. A esta carta responderam os vereadores paulistas em 18 de dezembro de 1660, dizendo, que o mineiro, casualmente se arrojara na profunda caverna de uma cata, indo a saltar de um lado para outro, na parte superior, sem que pessoa alguma concorresse para a sua morte. (Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1839. Páginas 47 e 48) [0]

Lourenço Castanho Taques, usando de sua grande influencia em São Paulo, ainda fez com que os prelados das religiões ou mosteiros, os cidadãos de primeira nobreza, o senado da câmara e o povo, em carta, com o nome de El-Rei, ponderassem ao governador geral os perigos de sua resolução.

Essa carta era assignada por todos os principais da villa, mesmo os que traziam conflitos entre si, como por exemplo os da família dos Pires e os da família dos Cantargos; pelo vigário da Igreja Domingos Gomes Albernaz; pelo ouvidor António Lopes de Medeiros c pelo juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza, que, como jà ficou referido, haviam sido suspensos pelo próprio governador geral em 15 de Novembro de 1660; por Lourenço Castanho Taques, pae e filho; pelo capitão-mór António Ribeiro de Moraes; e por Manoel Alves de Souza (*), e outros paulistas de veneração e respeito. Nessa mesma carta, o governador geral é convidado a vir á villa de S. Paulo, reconhecendo os assignatarios os seus grandes serviços e zelo pelo bem comum, e dando-lhe satisfação pela ofensa que lhe haviam feito em 1660.
1660 dos offíciaes da camará do Hio de Janeiro aos da de S. Paulo, e a resposta frouxa dos desta aos daquella em 18 de Dezembro do mesmo anno. ["Algumas notas genealógicas : livro de familia : Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão : séculos XVI-XIX"]

Assassinato realizado por Pedro de Souza [Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1839) p.48]



 Fontes (5)

 1° fonte/1839   

Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Data: 1839

Antes da publicação destes bandos, tinham os vereadores de São Paulo recebido uma carta de Salvador Correia de Sá (...) pedem informações á camara de São Paulo, sobre o atroz homícidio de um mineiro, e várias ações criminais, que diziam cometera nestas capitanias de São Vicente e Itanhaém, o provedor da fazenda real Pedro de Sousa Pereira. A esta carta responderam os vereadores paulistas em 18 de dezembro de 1660, dizendo, que o mineiro, casualmente se arrojara na profunda caverna de uma cata, indo a saltar de um lado para outro, na parte superior, sem que pessoa alguma concorresse para a sua morte. [Páginas 47 e 48]


 2° fonte/1864   

Revista Trimensal do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil. Tomo XXVII
Data: 1864


 3° fonte/1886   

João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
Data: 1886

Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, tratando de Lourenço Castanho Taques — o velho, transcreveu a carta violenta de 16 de Novembro de 1660 dos offíciaes da camará do Rio de Janeiro aos da de S. Paulo, e a resposta frouxa dos desta aos daquella em 18 de Dezembro do mesmo ano. (...)

Lourenço Castanho Taques, usando de sua grande influencia em São Paulo, ainda fez com que os prelados das religiões ou mosteiros, os cidadãos de primeira nobreza, o senado da câmara e o povo, em carta, com o nome de El-Rei, ponderassem ao governador geral os perigos de sua resolução.

Essa carta era assignada por todos os principais da villa, mesmo os que traziam conflitos entre si, como por exemplo os da família dos Pires e os da família dos Cantargos; pelo vigário da Igreja Domingos Gomes Albernaz; pelo ouvidor António Lopes de Medeiros c pelo juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza, que, como jà ficou referido, haviam sido suspensos pelo próprio governador geral em 15 de Novembro de 1660; por Lourenço Castanho Taques, pae e filho; pelo capitão-mór António Ribeiro de Moraes; e por Manoel Alves de Souza (*), e outros paulistas de veneração e respeito. Nessa mesma carta, o governador geral é convidado a vir á villa de S. Paulo, reconhecendo os assignatarios os seus grandes serviços e zelo pelo bem comum, e dando-lhe satisfação pela ofensa que lhe haviam feito em 1660.


 4° fonte/2003   

“Entre a sombra e o sol. A Revolta da Cachaça, a freguesia de São Gonçalo e a crise política fluminense (Rio de Janeiro, 1640-1667)”. Antonio Filipe Pereira Caetano
Data: 2003

De volta à vila de São Paulo, os revoltosos fluminenses até que tentaram alertar os paulistas sobre os males causados pela administração de Salvador de Sá, quando em 16 de novembro de 1660 escreveram aos vizinhos:

são tantos os apertos, ou para melhor dizer, as tiranias, com que o mau governo de Salvador Correia de Sá e Benavides e seus parentes tem oprimido a toda a esta capitania, que não podendo já suportá -los (por mais o intentou), se resolveu a nobreza, clero e povo, unânimes e conformes a deitar de si carga, com que já não podia, fiados na justificação ante as razões pés de Sua Majestade das causas que tiveram e os moveram, em que se fundamentaram para depor ao dito Salvador Correia de Sá e Benavides (...)

Por trás da tentativa de alerta, os fluminenses visavam, além do esclarecimento sobre a morte do mineiro Jayme Commere, angariar o apoio dos paulistas frente ao domínio do luso-espanhol na repartição sul. Um mês e dois dias depois, a resposta dos paulistas deixaria os camareiros fluminenses perplexos:

em razão do general Salvador Correia de Sá nosso Governador, experimentamos tanto pelo contrário as mau fundadas queixar desse povo, que com todos os desse povo, que com todos os dessa capitania juntos e não deverão parte do muito que as estranham a novidade do sucesso, a que vos mercês devem acudir com remédio, para que Sua Majestade fique melhor servido, e nós não faltaremos a obrigação que temos de seus leais vassalos.

O apoio dos paulistas a Salvador de Sá para os fluminenses não correspondia aos acontecimentos de 1640, quando governador da repartição sul ficou ao lado dos eclesiásticos nas restrições à escravização dos negros da terra. No entanto, o posicionamento dos paulistas relacionava-se muito mais aos benefícios imediatos empreendidos pelo governador nas regiões mineradoras, que se encontravam listadas na carta que a câmara da vila de São Paulo escreveu a Salvador Correia de Sá declarando seu apoio:

(...) grandes benefícios nas estradas, nas passagens do rio na observância da justiça, tendo-se nestas capitanias o que parecia impossível em tão breve tempo, sobretudo a V.S. mandado fazer a estrada do mar de que posso mandar carros por elas, cortando serras, e passar por onde uma pessoa passava mal (...), onde fizeram mais de setenta pontes, obra que ainda é aos que a fizeram lhes parecem impossível.


 5° fonte/2017   

Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c. 1600 – c. 1725)
Data: 2017



[24677] Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
01/01/1839

[28395] Revista Trimensal do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Brasil. Tomo XXVII
01/01/1864

[23952] João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
01/01/1886

[28389] “Entre a sombra e o sol. A Revolta da Cachaça, a freguesia de São Gonçalo e a crise política fluminense (Rio de Janeiro, 1640-1667)”. Antonio Filipe Pereira Caetano
01/01/2003

[3553] Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c. 1600 – c. 1725)
01/01/2017


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A não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pela razão clara pois não confio nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é prisioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém.



Data: 18/04/1521
Fonte: Lutero



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