COMO LOGO DEPOIS DETEREM FEITO PRESENTE DE MIM UM OUTRO NAVIOCHEGOU DA FRANÇA, CHAMADO KATHARINA DE VATTAUILLA,o QUAL POR PROVIDENCIA DE DEUS COMPROU-ME ICOMO ISSO ACONTECEU. CAPUT 52 .Tendo estado mais ou menos quatorze dias no logarTackwara sutibi, em casa do rei Abbati Bossange, aconteceu — ioo, —um dia que alguns selvagens se dirigiram a mim e disseramque tinham ouvido tiros, o que devia ter sido em Iteronne,cujo porto também elles chamam Rio de Jennero. Como euentendi que um navio lá estava, pedi a elles que me levassempara lá, porque era de certo o do meu irmão. Disseram-me quesim, porém me detiveram ainda por alguns dias.Emquanto isso, aconteceu que os francezes, que tinhamvindo, ouviram fallar (pie eu estava entre os selvagens. O capitão mandou duas pessoas do navio em companhia de seis dosselvagens, que eram seus amigos no logar, as quaes chegarai,a uma cabana, cujo rei se chamava Sowarasií, perto das cabanas onde eu estava. Os selvagens me vieram dizer que duaspessoas tinham desembarcado do navio. Fiquei alegre e fui tercom ellas e lhes dei as boas vindas, na lingua dos selvagens.Vendo-me tão desgraçado, tiveram pena de mim e repartiramsuas roupas commigo. Perguntei-lhes porque tinham vindo.Responderam que por minha causa; tinham recebido ordem deme levar para o navio e estavam dispostos a usar de todos osmeios para isso. Então meu coração se alegrou reconhecendo aclemência de Deus. E elidisse a um dos dous, que se chamavaPerot e sabia a lingua dos selvagens, que elle devia declarar(pie era meu irmão e tinha trazido para mim uns caixões,cheios de mercadorias, e que elles me levassem a bordo parabuscar os caixões; e que accrescentasse que eu queria ficarainda com elles para colher pimenta e outras cousas mais,até que o navio voltasse no anno seguinte. Depois desta conversa, levaram-me para o navio, e meu senhor também foi commigo. No navio todos tiveram pena de mim em e trataram muito bem. Depois de estarmos uns cinco dias a bordo, perguntou-me o rei dos selvagens, Abbati Bossange, ao qual eu tinhasido dado, onde estavam os caixões, para me darem e podermos logo voltar para a terra. Contei isso mesmo ao commandante do navio. Este me ordenou que eu os fosse entretendoaté que o navio estivesse com toda a carga, para que senã ozangassem ou fizessem algum mal quando vissem que ellesme conservaram no navio, ou não tramassem qualquer traição; — 110 —tanto mais que tal gente não e de confiança. Porem meu senhorinsistiu em levar-me comsigo para a terra. Eu, porem, o entretive com a minha prosa e disse que não tivesse tanta pi essa;que elle bem sabia que quando bons amigos se reúnem não podem separar-se tão cedo; mas que quando o navio tivesse departir, havíamos de voltar para a sua casa; e assim o detive.Finalmente, quando o navio esteve prompto, reuniram-se osfrancezes todos do navio; eu estava com elles e o meu senhor, o rei, com os que tinha levado, também lá estava. 0capitão do navio mandou então seu interprete dizer aos selvagens que (-lie estava contente de me não terem morto depoisde terem-me tirado do poder de seus inimigos. Mandou dizermais (para com mais facilidade me livrar delles) que tinha mandado chamar-me para o navio, porque queria lhes dar algunspresentes por terem-me tratado tão bem. Egualmente erasua intenção persuadir-me que eu devia ficar entre elles porestar familiar com elles, e para colher pimenta e outrasmercadorias, para quando o navio voltasse Unhamos então combinado que uns dez homens da tripolação, que de algum modo se pareciam commigo, se reunissem e declarassemque eram meus irmãos e que queriam-me levar comsigo. Communicou-se isso a elles e que os mesmos meus irmãos não queriam que eu fosse com os selvagens para a terra,; mas quevoltasse para a nossa terra, porque o nosso pai queria vermemais uma vez antes de morrer.O capitão mandou dizer que elle era o superior no navioe queria muito que eu fosse com os selvagens outra vez para aterra; mas que elle estava só e meus irmãos eram muitos, peloque nada podia fazer contra elles. Estes pretextos todos foramdados para que não houvesse desaccordo com os selvagens. Eeu disse também ao meu senhor, o rei, que eu queria muitovoltar com elle, porém elle podia bem ver que os meus irmãos não me deixavam. Começou então o rei a clamara bordo que eu voltasse no primeiro navio, que elle me consideravaseu filho e que estava muito zangado com a gente de Uwattibi, que me queria devorar.E uma das mulheres do rei, que tinha vindo a bordo, ioi I I Ipor elle obrigada a gritar sobre mim, como é o costume delles,e eu gritei também, segundo o mesmo costume. Após isso ocapitão deu a todos algumas mercadorias, que podiam valeruns cinco ducados, em facas, machados, espelhos e pentes. Comisso partiram para as suas casas, em terra.Assim me livrou o todo poderoso Senhor, o Deus deAbrão, Isaac e Jacob, do poder dos tyrannos. A Elle sejamdados louvor, honra e gloria, por intermédio de Jesus Christo, seu amado filho, nosso Salvador. Amen.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!