Garcia de Orta partiu para a Índia na armada e como físico do Capitão Mor do Mar da Índia, Martim Afonso de Sousa, recentemente vindo do Brasil - 12/03/1534
Garcia de Orta partiu para a Índia na armada e como físico do Capitão Mor do Mar da Índia, Martim Afonso de Sousa, recentemente vindo do Brasil
12 de março de 1534, segunda-feira Atualizado em 04/11/2025 00:45:16
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Garcia de Orta foi um médico e botânico ou naturalista português do século XVI. Nasceu, em 1501, em Castelo de Vide. Primeiro filho de Fernando de Orta, natural de Valência de Alcântara, e de Leonor Gomes, natural de Albuquerque, judeus, expulsos de Espanha em 1492 pelos Reis Católicos. Era irmão de Catarina de Orta, natural da mesma localidade, em cujo processo da Inquisição de Lisboa, os pais são identificados como cristãos novos. Estudou em Salamanca e Alcalá de Henares (durante os anos de 1515-1523) Gramática, Artes, Súmulas, e Filosofia Natural, licenciando-se em Medicina. Em Alcalá estudou Botânica tendo por mestre Antonio de Lebrija cujo ensino incluía também saídas para herborização. Cerca de 1523 regressou a Castelo de Vide. Obteve licença para exercer o cargo de físico após exame e aprovação como "auto e suficiente" pelo físico mor, por carta régia de 10 de abril de 1526. No final deste ano, estava em Lisboa, concorrendo às cadeiras universitárias de Lógica, Filosofia Moral (1529), Súmulas (1530) embora sem sucesso. Em Novembro, deste ano, obteve interinamente, a cadeira de Filosofia Natural. Em 1531, recebeu o encargo de reger interinamente o curso de Filosofia Moral, vago pela saída de Pedro Nunes. Em 4 de Outubro de 1533, foi eleito deputado do Conselho da Universidade. Terá exercido clínica em Lisboa entre 1530 e 1534.Em 12 de março de 1534, Garcia de Orta partiu para a Índia na armada e como físico do Capitão Mor do Mar da Índia, Martim Afonso de Sousa, recentemente vindo do Brasil, chegando à Índia em Setembro desse ano. Por um período de quatro anos, acompanhou-o nas campanhas de mar e terra na costa ocidental da Índia, de Diu a Ceilão, percorrendo a costa de Cambaia e atravessando o Golfo. Participou na expedição pela região de Guzarate, visitou os portos da Índia setentrional, penetrou no interior, atravessando toda a Península do Kathiawar, desde Diu até Ahmedábád. Viu por si o aspecto da vegetação daquela parte da Índia, com clima mais temperado e com certa aridez e as terras mais ricas e viçosas de Concan, Canará e Malabar, que mais tarde visitou. Viu a região de Malabar rica em diversos produtos vegetais que não vira no Norte e onde fez observações muito diferentes. Na baía de Bombaim visitou o templo de Elephanta, tornando-se o primeiro europeu a dar notícia deste local e da sua degradação, como veio a registar no Colóquio de Turbit. Assistiu à assinatura do tratado de aliança que Martim Afonso faz com o sultão Badur, pelo qual foi cedida Baçaím, que seria a capital da «provincia do Norte». Em 1535 estava em Diu onde os portugueses não tinham ainda construído a fortaleza e atravessou toda a península do Guzarate numa expedição militar comandada por Martim Afonso, contra os Mongóis, e em apoio do Badur. Entre 1534 e o final de 1538, Garcia de Orta viajou na companhia de Bahádur Sha, presenciou a tomada de Repelim ou a batalha de Beadalá, correndo a costa na armada. Passou algum tempo em Ceilão e daqui a Malabar, de onde se recolheu a Cochim e depois a Goa. No final de 1538, Martim Afonso de Sousa voltou a Portugal, enquanto Garcia de Orta ficava a residir em Goa, fazendo algumas viagens a Bombaim e visitas a Ahmednaggar. Trabalhou como físico mor de alguns vice reis, governadores gerais, e potentados indianos, com destaque para Bunham Nizam Sha. No tempo do governador Pedro de Mascarenhas tomou de aforamento a ilha de Mombaim - uma das sete ilhas sobre as quais se viria a fundar Bombaim. Foi também mercador de drogas ou coisas de natureza médica, jóias e pedras preciosas, dispondo para isso de navio próprio. Encontrou-se com persas, árabes, malaios, mercadores da Ásia e foi amigo de médicos e eruditos hindus, e muçulmanos, de todos colheu informações, plantas, produtos e objectos de que ouvira falar.Brianda de Solis com quem casou e de quem teve duas filhas, era filha do mercador Henrique de Solis, chegado a Goa no final de 1541, proveniente de Alter do Chão. Tinham vindo na segunda armada comandada por Martim Afonso de Sousa. As suas irmãs Catarina e Isabel, chegaram em 1548, com a mãe, Violante Gomes, que faleceu em Goa, em 1557, sendo sepultada na igreja de Santa Catarina. As irmãs tinham estado presas na Inquisição em Lisboa. A casa de Garcia de Orta situava-se na parte alta da Cidade. Aí tinha uma biblioteca e um museu que foi formando com drogas raras e objectos que coleccionava. O levantamento das obras citadas nos Colóquios mostra que a sua biblioteca era muito completa, integrando os principais autores antigos e modernos, sobre botânica, matéria médica e farmácia, ciências ou partes de ciência então intimamente ligadas. Tinha um quintal ou horta onde plantou um Negundo e vários Jambos, como veio a referir nos Colóquios. Movia-o, segundo as palavras que pôs na boca de Ruano "[...] um grande desejo de saber das drogas medicinais (as que chamam lá em Portugal de botica) e destoutras mezinhas simples, que cá há, ou frutas todas, e da pimenta, das quais cousas queria saber os nomes em todas as línguas, assim das terras onde nascem e das árvores ou plantas que as criam, e assim queria saber como usam delas os físicos indianos, e também queria saber de algumas outras plantas e frutos desta terra, ainda que não sejam medicinais, e assim de alguns costumes desta terra, ou cousas que nela aconteceram, porque todas esta cousas hão-de ser ditas na verdade". Assim organizou e apresentou os assuntos nos Colóquios. A obra "Colóquios dos Simples" resultou das observações feitas durante mais de trinta anos de estadia na Índia, tempo em que estudou, refletiu, discutiu os clássicos, e apreendeu os conhecimentos dos seus homólogos indianos, ficando em condições de corrigir algumas das suas conclusões.Na sua estadia na Índia, assistiu a diversos governos: de Nuno da Cunha, de D. Garcia de Noronha, D. Estêvão da Gama, Martim Afonso de Sousa, D. João de Castro, Garcia de Sá, Jorge Cabral, D. Afonso de Noronha, D. Pedro Mascarenhas, Francisco Barreto, D. Constantino de Bragança, do Conde de Redondo: conheceu o "periodo glorioso" e a "decadência acentuada" destes governos. Luís de Camões interveio a seu favor ao compor e enviar uma Ode ao Conde de Redondo, pedindo-lhe o favor e ajuda para a publicação dos "Colóquios". O livro foi impresso em 10 de abril de 1563, por Joannes de Endem, permanecendo em Goa até ao fim deste ano. Martim Afonso de Sousa morreu de volta a Lisboa, em 21 de julho de 1564.O cunhado de Garcia de Orta, Leonel Peres, testemunhou o seu criptojudaísmo na Inquisição de Goa. Na primeira metade de 1568, Garcia de Orta morria de sífilis. Vários familiares seus foram presos. Na sequência do processo da Inquisição de Goa que condenou a irmã, Catarina de Orta, em 1569, e por suspeita da prática de criptojudeísmo, a Inquisição condenou também, Garcia de Orta, postumamente, e em dezembro de 1580, fez desenterrar os seus ossos da Capela de Santa Catarina de Goa para serem queimados, e as cinzas foram lançadas ao Mandovi. Não se conhecendo exemplares dos "Colóquios" em Goa, estes terão sido também queimados.É considerado um pioneiro no domínio da farmacognosia em Portugal.HISTÓRIA CUSTODIAL E ARQUIVÍSTICANa folha de rosto pode ler-se a seguinte informação em latim: Livro da Cartuxa de Scala Coeli de que o ilustríssimo e reverendíssimo D. Teotónio de Bragança, arcebispo de Évora, lhe fez doação, sendo fundador da mesma casa.ÂMBITO E CONTEÚDOInclui: o Alvará do Vice-Rei da Índia, o [3.º] Conde de Redondo [D. Francisco Coutinho, vigésimo Governador da Índia, oitavo no título de Vice-Rei] datado de Goa, 5 de novembro de 1562; a Dedicatória em prosa e em verso a Martim Afonso de Sousa, do Conselho do Rei, [amo e protector] do Autor a quem envia o livro para exame, e onde diz que compôs o seu tratado em latim, e depois o traduziu para português “por ser mais geral e porque sei que todos os que nestas indianas regiões habitam, sabendo a quem vai intitulado folgarão de o ler”; a Ode de Luís de Camões ao Conde de Redondo pedindo o seu patrocínio para a publicação dos “Colóquios”, que foi a primeira impressa do Poeta e nesta edição; as cartas em português e latim do licenciado Dimas Bosque, médico valenciano, ao licenciado Tomé Rodrigues da Veiga, datada de Goa, 2 de abril de 1563.O conteúdo foi dividido em cinquenta e oito Colóquios mais um não numerado, os quais incluem personagens reais com excepção do Dr. Ruano que será fictício. Retoma a forma clássica do diálogo para dinamizar a exposição, a exploração e defesa dos conhecimentos que o Autor pretende transmitir através do interlocutor Orta. À margem são mencionados os nomes dos autores antigos comentados.Colóquio Primeiro em que o Autor introduz o Doutor Ruano, e se propõe dizer a verdade, de falar sobre o que viu, sobre as coisas bem sabidas e acerca daquelas sobre as quais tem dúvidas, em oposição ao saber especulativo. Colóquio Segundo do Aloés. Colóquio Terceiro do Ambre [Âmbar]. Colóquio Quarto do Amomo. Colóquio Quinto do Anacardo. Colóquio Sexto do Árvore triste. Colóquio Sétimo do Altiht. Colóquio Oitavo do Bangue. Colóquio Nono do Benjuy [Benjoim]. Colóquio Décimo do Ber – refere o Xadrez e suas peças. Colóquio Undécimo do Cálamo Aromático. Colóquio Duodécimo da Cânfora. Colóquio Décimo Terceiro do Cardamomo. Colóquio Décimo Quarto da Cassia Fistola. Colóquio Décimo Quinto da Canela. Colóquio Decimo Sexto do Coco. Colóquio Décimo Sétimo do Costo. Colóquio Décimo Oitavo da Crisocola. Colóquio Décimo Nono das Cubebas. Colóquio Vigésimo da Datura. Colóquio Vigésimo Primeiro do Ebur ou Marfim. Colóquio Vigésimo Segundo do Faufel. Colóquio Vigésimo Terceiro do Folio Indo. Colóquio Vigésimo Quarto de Duas Maneiras de Galanga. Colóquio Vigésimo Quinto do Cravo. Colóquio Vigésimo Sexto do Gingiver [Gengibre]. Colóquio Vigésimo Sétimo de Duas Maneiras das Ervas. Colóquio Vigésimo Oitavo da Jaqua (Jaca). Colóquio Vigésimo Nono do Lacre. Colóquio Trigésimo do Linaloes. Colóquio Trigésimo Primeiro do Pao chamado Cate. Colóquio Trigésimo Segundo da Maça e Noz. Colóquio Trigésimo Terceiro da Manna purgativa [Maná] que são menos medicinais, e são de história, e boas para as saberem algumas pessoas. Colóquio Trigésimo Quarto das Mangas. Colóquio Trigésimo Quinto da Margarita ou Aljofar. Colóquio Trigésimo Sexto do Mungo e Melan da Índia. Colóquio Trigésimo Sétimo dos Mirabolanos. Colóquio Trigésimo Oitavo dos Mangostães. Colóquio Trigésimo Nono do Negundo ou Sambali. Colóquio Quadragésimo do Nimbo. Colóquio Quadragésimo Primeiro do Anfiam, dito assim corrompidamente porque o seu nome é Ópio. Colóquio Quadragésimo Segundo do Pau de Cobra. Colóquio Quadragésimo Terceiro da Pedra Diamão e da Pedra Armenia e da Pedra de Cevar. Colóquio Quadragésimo Quarto das Pedras Preciosas, Safira, Jacinto, Granada, Rubi, medicinais. Colóquio Quadragésimo Quinto da Pedra Bezar. Colóquio Quadragésimo Sexto da Pimenta Preta e Branca e longa e Canarim e Pexigos. Colóquio Quadragésimo Sétimo da Raíz da China. Colóquio Quadragésimo Oitavo do Ruibarbo. Colóquio Quadragésimo Nono de três Maneiras de Sândalo. Colóquio Quinquagésimo do Espiquenardo. Colóquio Quinquagésimo Primeiro do Espódio. Colóquio Quinquagésimo Segundo do Esquinanto. Colóquio Quinquagésimo Segundo dos Tamarinhos, Tamarindos. Colóquio Quinquagésimo Terceiro do Turbit: Malupa, físico de Goa. Colóquio Quinquagésimo Quarto de Thure que é Incenso e da Mirra. Colóquio Quinquagésimo Sexto da Tútia. Colóquio Quinquagésimo Sétimo da Zedoria [Zedoária] e Zerumbet. Colóquio Quinquagésimo Oitavo das Coisas Novas que vieram à noticia do Autor e das mezinhas ditas atrás e assim se acrescentam outras [muitas delas sabidas do Doutor Dimas Bosque]. Colóquio do Betre e outras cousas em que se ensina algumas faltas de toda a obra. Epigrama de Tomé Dias Caiado [latinista, cidadão de Goa] dedicado a Garcia de Orta. Erros de impressão. Tabuada do conteúdo (índice alfabético de assuntos).O Autor utiliza sempre a mesma ordem de exposição dos fármacos da Índia. Em cada capítulo são tratados primeiramente os nomes que identificam a planta, em português, grego, latim, sânscrito, árabe e nos vários dialectos locais - deve notar-se a recolha de nomes de plantas e de drogas, de proveniência arábica, indiana, com origem nas línguas sanscríticas do Norte e nas línguas dravídicas do Sul, nomes singhalezes, malaios, entre outros, que o Autor registou como ouviu - em segundo lugar é dada a origem geográfica - os países onde aparecia espontaneamente ou era cultivada - , em terceiro lugar os mercados onde podiam ser encontrados. Em quarto lugar, oferece a descrição da planta, folhas, caule, flores, frutos. Em último lugar, apresenta as suas aplicações terapêuticas e a respectiva administração. Longe no tempo, de poder recorrer à morfologia e à terminologia botânicas, tal como os restantes autores seus contemporâneos, recorreu ao método do "confronto das plantas da Índia com outras existentes em Portugal". "Orta através das analogias que estabelece mostra-se um perspicaz observador". "Estabelecendo analogias ou identificações através dos nomes, e pela história dos locais de origem de cada planta, dá-nos uma ciência em statu nascendi. Essa história relata a proveniência e aspecto das plantas, úteis ou não úteis". Na obra são também referidas as pessoas conhecidas ou que lhe foram próximas, Antónia sua servidora, o mercador André de Milão, Simão Toscano, rendeiro de Bombaim, o Dr. Malupa médico indiano que tratava o seu pessoal. Sendo, maioritariamente, sobre botânica e matéria médica do Oriente, menciona factos da história da Índia, custumes, a maneira de viver e de sentir do tempo e da região - o que comia em sua casa e quem os preparava, os frutos em conserva -, a filosofia dos Indus (transmigração das almas), e os conhecimentos dos seus médicos, as visitas médicas, as "disputas médicas com o sultão de Cambaya ou com Nizah Scháh", o diálogo com o baneane no Bazar de Diu, o diferendo com o boticário presenciado pelo Governador. As viagens dos Chineses nos mares da Índia e no Golfo Pérsico, referidos no Colóquio da Canela, aspectos da história do Decão, onde indica os nomes e apelidos dos seus reis, que fixou no Colóquio do Ber.[1]
A carta de 28 de setembro de 1532 foi confiada a João de Sousa, o mesmo que levou aLisboa a nau francesa apresada na altura de Pernambuco, arribando em São Vicente comtrês caravelas, quando ainda o Capitão-mor Martim Afonso ali se encontrava. (João deFreitas, em “História da Colonização Portuguesa”, III, pág. 106). A armada de MartimAfonso saiu de Lisboa a 12 de março de 1534, rumo à Índia, portanto dois dias depois daconcessão de Pernambuco a Duarte Coelho, primeiro dos donatários a ser agraciado.(Jordão de Freitas, op. Cit. III, pág. 149, cf. apontamento de Frei Luís de Sousa e doc. DeFrei Gaspar da Madre de Deus)
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.