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O ataque temido ocorreu em junho desse ano de 90, desfechado pelo grupo do Vale do Paraíba
7 de julho de 1590ver ano
  
  
  
  3 fontes


• 1° fonte: 27/01/1943
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\25187titulo.txt





• 2° fonte: 01/01/2008
“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP

O ataque temido ocorreu em junho desse ano de 90, desfechado pelo grupo do Vale do Paraíba. Segundo o relato dos camaristas, numa grande investida, matarão três homens brancos e ferirão outros muitos e matarão muitos escravos e escravas e índios e índias xpãos [cristãos] e destruirão muitas fazendas asin de brãquos como de índios.

Nesta ofensiva, ocorreu um fato surpreendente: o ataque contra a igreja do aldeamento de Pinheiros, onde “quebrarão a imagem de Nossa Senhora do Rosário dos Pinheiros”.

Vê-se que estes Tupi já haviam morado em Piratininga, pois a ata afirma que herão nossos vezinhos e estavão amiguos connosquo e herão nossos compadres e se comoniquavão connosquo guozãdo de nossos resguates e amizades e isto de muitos annos a esta parte.

Nesta ocasião, estavam em Piratininga os padres Pedro Soares, Leonardo do Vale, um grande tupinista, e Manuel Viegas, que ficou conhecido depois como “pai do Maromomi”, além dos Irmãos Antônio Ribeiro e António de Miranda. Serafim Leite afirma que este ataque somente ocorreu porque o Pe. Manuel Chaves, que grande ascendência tinha sobre os indígenas, havia morrido em janeiro daquele ano, não tendo tempo para impedir o conflito.

O fato de serem indígenas “compadres” dos portugueses e terem quebrado a imagem de Nosso Senhora, parece indicar, novamente, um conflito com indígenas que conviveram com a missão, trazendo um lado de revanche religiosa. Esta hipótese é provável, embora a documentação seja escassa, pois para o indígena, não há separação entre o religioso e o político. [Páginas 352 e 353]



• 3° fonte: 01/01/2011
Língua Portuguesa, língua Tupi e língua Geral: jesuítas, colonos e índios em São Paulo de Piratininga: o que entendiam, o que praticavam, o que conversavam, 2011. João Batista de Castro Júnior

BR> Como o fidalgo genitor desse Pero de Góis, Antônio de Proença e seus pares monolíngues em português eram dos moradores que avaliavam bem a importância do papel dos línguas para a própria segurança da Vila, acossada por ameaças, reais e forjadas, de índios, especialmente do sertão.

Imiscuindo-se nele, podiam os sertanistas-línguas aquilatar o perigo ou pelo menos desenhá-lo para fins de montagem do discurso de uma guerra campal, como aquele registrado na sessão de 7 de julho de 1590, que justificava o ataque, pois, “para mais fundamento de tudo isto, se informaram de Baltasar Gonçalves e Francisco Preto, homens que foram nessa jornada e salto que se fez e que entendem bem o gentio” (ACSP, I, 424).






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