A Coroa espanhola emitiu uma Real Cédula em favor de Gregório de Pesquera de Burgos “concedendo-lhe o título de Governador do Território entre a Cananea e Santa Catarina” autorizando-o ainda, por Capitulação de mesma data 0 09/09/1536
A Coroa espanhola emitiu uma Real Cédula em favor de Gregório de Pesquera de Burgos “concedendo-lhe o título de Governador do Território entre a Cananea e Santa Catarina” autorizando-o ainda, por Capitulação de mesma data
9 de setembro de 1536, quarta-feira Atualizado em 26/06/2025 01:40:45
Por parte de a Espanha, dois anos após a concessão da capitania de Santana, em 9 de setembro de 1536, a Coroa emitiu uma Real Cédula em favor de Gregório de Pesquera de Burgos “concedendo-lhe o título de Governador do Território entre a Cananea e Santa Catarina” autorizando-o ainda, por Capitulação de mesma data, ”para plantar e extrair especiarias” no mesmo território (Real Cédula a Pesquera e Capitulação com Gregório de Pesquera de Burgos. In NETO, 1966:105-6).
Hoje sabemos que, de forma inexplicável, tanto a reivindicação de Espanha quanto ade Portugal não entravam em conflito com os termos do Tratado de Tordesilhas. Em relação à Espanha, segundo cálculos feitos por Jaime Cortesão (1958:29), a região Iguape-Cananéia estaria situada na porção mediana da faixa divisória, sendo, portanto, essa a alternativa equânime.
Contudo, quanto à reivindicação de Portugal, verifica-se que o paralelo de 28° 20´S intercepta nosso litoral na longitude de 48° 42´W. Por outro lado, ao calcular o posicionamento extremo ocidental do meridiano divisor, concluímos que o valor de sua longitude seria de 48° 26´ W. Levando-se em conta que tomamos por base o valor atualmente adotado para o raio médio terrestre, podemos considerar como inexpressiva a diferença apontada. Deste modo, concluímos que a adoção da região de Laguna como ponto extremo meridional da América portuguesa foi feita a partir de cálculos corretos que, apesar de ter como objetivo ampliar ao máximo possível o espaço da América portuguesa, não transgrediao expresso nos termos do Tratado de Tordesilhas (Cf. BRANDÃO, 2000:129).
Segundo o historiador Pedro Calmon, em “História do Brasil”, vol. I, pág.177, depois disso não há mais sinal do homem misterioso de Cananéia. Rui Mosquera seguiu para Santa Catarina. Dois anos depois da pilhagem em São Vicente de 1534, a rainha da Espanha lhe escrevia, encarecendo o seu auxílio à missão de Gregório de Pesquera, que foi inspirada pelos receios causados pelos aprestos, em Viana, da frota de Pero do Campo Tourinho. A carta da rainha ao Bacharel, em 1536 considerava incontestável o litoral vicentino, dentro da jurisdição espanhola, e estimava-se a sua colaboração. Expressava-se assim:
“Real cédula al bachiller de la Cananea para que preste su ayuda a Gregório de Pesquera, Valladolid, 9 de setiembre de 1536. La reina...bachiller... que residia en la Cananea que es en la tierra que hay en la del Rio de La Plata, sabe que yo hé mandado tomar cierto asiento e capitulación con Gregório de Pesquera Rosa sobre el hacer e crear e grangear cierta especeria en esa tierra e le he proveydo de la governación della en cual se va a servir el dicho oficio y entender en la dicha grangeria como del sabreis e por lo que yo he sido informado que vos a que estais en esa tierra muchos dias e teneis en ella vuestra mujer y hijos yo vos ruego y encargo que persona que estareis informando la calidad de ella deyes al dicho Gregório de Pesquera todos los avisos que vierdes que convienen para el bien de la dicha grangeria e le ayudeis en todo aquello que buonamente podeys, como a persona que va en nuestro servicio y en lo demás que os vierdes que nos podays servir em esa tierra lo hagays teniendo por cierto que mandaré tener memória de vuestros servicios para os hacer a vos y a vuestros hijos la merced que oviere lugar de Valladolid a nueve dias del mes de setiembre de quinientos y trenta e seis años / y ola Reina / Refarendada samano señalada de Beltran y Velásquez.” (Humanidades” , tomo XXV, 1ª. Parte, Buenos Aires – 1936.)
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