A estrada denominada "Doria" desta Villa a a de São Sebastião na longitude, que dizem ter quatorze legoas está inutilisada, toda obstruida por desmontes, sem pontes nos diversos rios que atravessa, sem moradores e sem alguma cultura; esta estrada é Provincial - 01/01/1866
A estrada denominada "Doria" desta Villa a a de São Sebastião na longitude, que dizem ter quatorze legoas está inutilisada, toda obstruida por desmontes, sem pontes nos diversos rios que atravessa, sem moradores e sem alguma cultura; esta estrada é Provincial
1866 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Entretanto, a controvérsia se faz presente, em documento da Câmara da então Vilade São José do Paraitinga, datado de 1866, documento que tratava da descrição da Vila, em que tem-se a seguinte colocação:
[A Villa] Fica situada em um habertão que fica aquem da serra do Una quatro legoassobre a chapada de um monte, está toda circundada de montes todos proprios paraagricultura, sendo seu fundador o patriota paulista Vigario de São Sebastião finadoManoel de Faria Doria, sendo a primeira pedra triangular do alicerse da Igreja Matrizassentada em 9 de Março de 1839.” [...] (SÃO PAULO, 1866).
É relevante que em dado tempo, e por dado grupo de pessoas que representavam acomunidade, o próprio Padre Dória tenha sido considerado como fundador de Salesópolis.Longe de ser uma discussão que se encerra aqui, múltiplos discursos colocados em disputa não deixa de trazer à reflexão possíveis questões de apagamento da história. Menciona-se isso pois, de fato, nenhum dos autores citados, sendo eles Miranda Júnior (1973), Silva (1989) e Wuo (1992) citaram o Padre Dória em nenhum momento, fato no mínimo estranho, considerado que um século antes a própria Câmara da Vila o indicava como fundador de Salesópolis.
Outra menção importante a partir do documento é quanto ao ponto de vista geográfico de quem o redigiu, pois em termos de localização, ao mencionar o ponto em que fica situado a Vila, faz-se referência à distância a partir da Serra do Una, que se supõe ser a Serra do Mar na região do Rio Una, o que corrobora a perspectiva de maiores relações da então Vila de São José do Paraitinga com a Serra do Mar e Litoral Norte. Não se faz qualquer referência ligada a Mogi das Cruzes, que poderia ser uma tendência considerando que foi de Mogi das Cruzes, que a dita Vila emancipou-se na década anterior, ou mesmo alguma referência à capital da Província. [Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia. Páginas 36 e 37]
Anos depois, em documento da Câmara de São José do Paraitinga, de 1866, cita-sea estrada com ênfase a sua inutilização:A estrada denominada =Doria= desta Villa a a de São Sebastião na longitude, quedizem ter quatorze legoas está inutilisada, toda obstruida por desmontes, sem pontesnos diversos rios que atravessa, sem moradores e sem alguma cultura; esta estrada éProvincial (SÃO PAULO, 1866).
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
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Conclusão:
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