'Terras para Bras Cubas 0 10/08/1540 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
1540 - 1541 - 23 - 1540 - 1542 - 18 - 1540 - 1543 - 14 - 1540 - 1544 - 17 -
1536
1537
1538
1539
1540
1541
1542
1543
1544
Registros (21)Cidades (14)Pessoas (67)Temas (35)


   10 de agosto de 1540, sábado
Terras para Bras Cubas
      Atualizado em 25/02/2025 04:40:06

•  Imagens (1)
•  Fontes (3)
  
  
  


sesmaria nas vizinhanças do Riu de Janeiro, pois que reza a dita relação : « Braz Cubas 3.000 braças por costa ao longo do Salgado e 9.000 para dentro em o rio de Merety em 3 de Agosto do dito anno ( 1568 ), irá correndo pela Piasaba da Aldêa de Jacotinga » .

Foi nesta Ilha Pequena e hoje Barnabé que, pelo menos até o anno de 1548, residiu Braz Cubas em companhia de seu pae João Pires Cubas, estabelecendo nella o plantio de cannas de assucar, de arroz e de outros cereaes ( 3 ), não só porque ficava a moradia mais próxima a S. Vicente, como porque em matto dentro, como então se dizia, ficavam os moradores muito expostos e sujeitos aos ataques e consequentes depreda- ções das tribus indígenas, que infestavam aquellas bandas até Ubatuba e cujas investidas, nessa época, com o auxilio dos francezes foram repetidas, mo se deprehende do traslado da ;riptura de auto de posse dessa ia e mais terras, passada em Lis- a a 10 de Agosto de 1540.- Na parte a que nos referimos esse traslado : « elle capitão martim Affonso ) lhes houve por marcadas pelas demarcações já di- i e metteu posse realmente em feito, .to já a obra que na dita Ilha tem cannaviaes e mantimentos, e por e dito Braz Cubas foi também pe- lo a elle Capitão mandasse a mim ;bellÍão que desse aqui a minha fé 1 como havia três annos que João res Cubas, seu pae, viera a esta ¦ra com fazenda e gasto para apro- itar as ditas terras e tomar posse lias e aproveital-as, o que deixou fazer por dita terra ser habitada r gentios nossos contrários e por ;e respeito não pudera nem po lia Braz Cubas 15 aproveital-as, etc. » Verihca-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540. Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o elevado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Miseri- córdia ; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que con- stitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal mo- tivo deste arrojado commettimento fun- dava-se em que « era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande 16 Braz Cubas e ,onde os navios, até esse tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos .das fazendas : aos primeiros por lhes ser necessário re- sidir em porto solitário, emquanto as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por den- tro, rodeando toda a Ilha, com via- gem mais dilatada > ; acrescentando ainda que « os marinheiros que che- gavam enfermos ou aqui adoeciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem. » Com estes nobres, elevados e huma- nitários intuitos, despertados por uma inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável empre- Brxz Cubas 17 ! i hendimento, erigindo nesta terra, en- tão inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse. [https://archive.org/stream]

"... Requeria elle Braz Cubas a elle Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a ditta terra e metter posse delia por quanto ora vinha para aproveitar com gente e fazenda sem embargo de passar já de tres annos que gastara só sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer POR A TERRA QUE LHE ASSI É DADA SER POVOADA DE GENTIOS E PARA OS LANÇAR FÓRA E SE POVOAR A DITA TERRA HA MISTÉR MUITO CUSTO, O QUE AGóRA TRAZIA PARA ISSO e por elle ditto Braz Cubas foi também pedido a elle Capitão mandasse a mim Tabellião que desse aqui minha fé em como haviam tres annos que João Pires Cubas, seu pae viéra a esta terra com fa- zenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado posse delias e aproveital-as O QUE TODA DEIXOU DE FAZER POR A DITA TERRA SER HABITADA POR GENTIOS NOSSOS CONTRÁRIOS E POR ESSE RES- PEITO AS NÃO PUDÉRA NEM PODIA APROVEI- TAR e sei que a dita terra HÉ MUI PERIGOSA POR PAR- TE DO GENTIO QUE NELLA HABITA QUE SÃO NOSSOS CONTRÁRIOS POR ESSE RESPEITO ELLE JOÃO PIRES NÃO OUSOU NEM PODE FAZER OBRA EM A DITA TERRA " ["Historia De Santos" Francisco Martins dos Santos (12/1936)]



Revista do Museu Paulista
Data: 01/01/1895
Página 515


ID: 12521



 Fontes (3)

 1° fonte/1895   

Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
Data: 1895

Foi nesta Ilha Pequena e hoje Barnabé que, pelo menos até o anno de 1548, residiu Braz Cubas em companhia de seu pae João Pires Cubas, estabelecendo nella o plantio de cannas de assucar, de arroz e de outros cereaes ( 3 ), não só porque ficava a moradia mais próxima a S. Vicente, como porque em matto dentro, como então se dizia, ficavam os moradores muito expostos e sujeitos aos ataques e consequentes depredações das tribus indígenas, que infestavam aquellas bandas até Ubatuba e cujas investidas, nessa época, com o auxilio dos francezes foram repetidas, mo se deprehende do traslado da ;riptura de auto de posse dessa ia e mais terras, passada em Lisboa a 10 de Agosto de 1540.- Na parte a que nos referimos esse traslado : « elle capitão martim Affonso ) lhes houve por marcadas pelas demarcações já di- i e metteu posse realmente em feito, .to já a obra que na dita Ilha tem cannaviaes e mantimentos, e por e dito Braz Cubas foi também pe- lo a elle Capitão mandasse a mim ;bellÍão que desse aqui a minha fé 1 como havia três annos que João res Cubas, seu pae, viera a esta ■ra com fazenda e gasto para apro- itar as ditas terras e tomar posse lias e aproveital-as, o que deixou fazer por dita terra ser habitada r gentios nossos contrários e por ;e respeito não pudera nem po lia Braz Cubas 15 aproveital-as, etc. »

Verihca-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540. Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o elevado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Misericórdia ; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que constitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal motivo deste arrojado commettimento fundava-se em que « era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande e ,onde os navios, até esse tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos .das fazendas : aos primeiros por lhes ser necessário residir em porto solitário, emquanto as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por dentro, rodeando toda a Ilha, com viagem mais dilatada > ; acrescentando ainda que « os marinheiros que chegavam enfermos ou aqui adoeciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem. »

Com estes nobres, elevados e humanitários intuitos, despertados por uma inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável empreendimento, erigindo nesta terra, então inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse. [https://archive.org/stream]


 2° fonte/1913   

Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
Data: 1913


 3° fonte/1937   

“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
Data: 1937

"... Requeria elle Braz Cubas a elle Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a ditta terra e metter posse delia por quanto ora vinha para aproveitar com gente e fazenda sem embargo de passar já de tres annos que gastara só sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer POR A TERRA QUE LHE ASSI É DADA SER POVOADA DE GENTIOS E PARA OS LANÇAR FÓRA E SE POVOAR A DITA TERRA HA MISTÉR MUITO CUSTO, O QUE AGóRA TRAZIA PARA ISSO e por elle ditto Braz Cubas foi também pedido a elle Capitão mandasse a mim Tabellião que desse aqui minha fé em como haviam tres annos que João Pires Cubas, seu pae viéra a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado posse delias e aproveital-as O QUE TODA DEIXOU DE FAZER POR A DITA TERRA SER HABITADA POR GENTIOS NOSSOS CONTRÁRIOS E POR ESSE RES- PEITO AS NÃO PUDÉRA NEM PODIA APROVEITAR e sei que a dita terra HÉ MUI PERIGOSA POR PARTE DO GENTIO QUE NELLA HABITA QUE SÃO NOSSOS CONTRÁRIOS POR ESSE RESPEITO ELLE JOÃO PIRES NÃO OUSOU NEM PODE FAZER OBRA EM A DITA TERRA " ["Historia De Santos" Francisco Martins dos Santos (12/1936)]



[23548] Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI
01/01/1895

[26909] Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
01/01/1913

[24418] “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
01/01/1937


Relacionamentos

Brás Cubas33 anos
  Registros (375)
  Familiares (22)
Apiassava das canoas
  Registros (60)
Gentios
  Registros (193)
Ilha de Barnabé
  Registros (31)
Jacotinga
  Registros (15)
Rio Sarapuy
  Registros (119)
Santos/SP
  Registros (743)
Sorocaba/SP
  Registros (11553)

   Últimas atualizaçõs

Bento Martins de Araújo
1 registros
02/05/2025 21:05:21
Antonio Pompeu Paes
0 registros
02/05/2025 21:04:25
José de Campos Lara (1733-1820)
0 registros
02/05/2025 21:00:34
Miguel de Campos (n.1737)
0 registros
02/05/2025 20:53:06
Filipe de Campos Bicudo (1706-1762)
0 registros
02/05/2025 20:41:55
Cezília de Chaves (f.1540)
216 registros
02/05/2025 20:25:55
Cecília de Abreu (1638-1698)
1326 registros
02/05/2025 20:24:46
Felipe de Campos Banderborg (f.1681)
61 registros
02/05/2025 20:19:33
João Moreira (1600-1691)
490 registros
02/05/2025 20:14:58
Papa Pio VII (1742-1823)
0 registros
02/05/2025 20:05:53


   Últimas atualizaçõs
Temas

Almotacel
 53 registros / 13 imagens
Medicina e médicos
 405 registros / 58 imagens
África
 101 registros / \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\t2531ii.txt imagens
Mequeriby
 12 registros / 27 imagens
Jesuítas
 533 registros / 406 imagens
Leis, decretos e emendas
 585 registros / \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\t1724ii.txt imagens
Música
 156 registros /  imagens
Capela “Santa Cruz”
 7 registros / 1 imagens
Guerra de Extermínio
 100 registros / 61 imagens
Descobrimento do Brazil
 264 registros / 77 imagens



• Registros (18)
• Cidades (14)
• Pessoas (67)
• Temas (35)

  Darcy Ribeiro
1922-1997

Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.



Data: 01/11/1977
Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*



Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
29421 registros, 15,382% de 191.260 (meta mínima)
664 cidades
4162 pessoas
temas

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP