Missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação
1791 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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A prova está em que, ainda em 1791, missionários franceses do Cambodge se deixarão impressionar também pela possibilidade da mesma aproximação. Em carta daquela data, escrita por Henri Langenois, um desses missionários, encontra-se, por exemplo, o seguinte trecho, bem ilustrativo: “Há alguns anos, nosso chefe Capo de Orta, tendo ido a Ongcor vat , pérto do sítio onde esta- mos, mais para o norte, disse-lhe o grande bonzo: Cristão, vês essa estátua de um homem prosternado em frente ao nosso preah put (é o nome de seu falso deus)? Chama-se Chimé. Que significa aquela marca de uma planta de pé impressa em suas costas? Foi por não querer reconhecer a adorar a divindade de nosso preah put , que a tanto o forçou esse pontapé. Ora, como se afirma que São Tomé Dídimo passou para a China através do Ongcor , não estaria aqui a história de suas dúvidas sobre a Ressurreição e, depois, da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo ?’ 14 Sumé no Brasil; Chimé em Angcor, nomes que aparecem relacionados, um e outro, a impressões de pegadas humanas, que tanto no Oriente, como aqui, se associavam, por sua vez, às notícias do aparecimento em remotas eras de algum mensageiro de verdades sobrenaturais, essas coincidências podem parecer deveras impressionantes. Não seria difícil, pelo menos na órbita da espiritualidade medieval e quinhentista, sua assimilação à lembrança de um São Tomé apóstolo, que os autores mais repu- tados pretendiam ter ido levar às partes da índia a luz do Evan- gelho cristão. Não só as pisadas atribuídas ao santo, mas tudo quanto parecesse assinalar sua visita e pregação aos índios da terra. Em Itajuru, perto de Cabo Frio, existiu outrora um penedo grande, amolgado de várias bordoadas, sete ou oito para cima, como se o mesmo bordão dera com força em branda cera, por serem iguais as marcas, e os naturais do lugar faziam crer que viriam do bordão de Sumé, ou São Tomé, quando o gentio resistia à sua doutrina: assim quisera mostrar como, se os mesmos pe- nedos se deixavam penetrar da palavra de Deus, seus corações eram mais duros do que as mais duras penhas. E assim como os bens do espírito são muitas vezes inse- paráveis dos corporais, que representam como o sinal visível de sua milagrosa eficácia, seria de esperar que, fruto, eles próprios, de um mistério sobre-humano, esses sinais de São Tomé ainda fossem, por acréscimo, causa de curas prodigiosas. Aqui, em geral, como no Oriente, essa força terapêutica associava-se, aliás, menos às pegadas do santo do que às águas nascidas delas. O caso, por exemplo, da fonte do Toqué Toqué, na Bahia, que servia para todas as doenças.
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Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
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