Leatherman: Os mistérios em torno do mendigo que intrigou os Estados Unidos. aventurasnahistoria.com.br
30 de maio de 2025, sexta-feira Atualizado em 14/06/2025 05:18:10
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Por Fabio Previdelli - No final dos anos 1800, um homem trajado em um terno de couro feito à mão se tornou uma adorável celebridade local, sendo referenciado nos jornais locais como o Velho Homem de Couro.
Naquela época, as crianças abandonavam suas salas de aula para cumprimentá-lo ou para dar comida ao pobre moribundo, enquanto ele fazia seu circuito de 586 quilômetros pelas cidades de Nova York e Connecticut, que ele percorria uma vez a cada 34 dias, com a precisão de um relógio.
Segundo a lenda, tratava-se de Jules Bourglay, pretendente da filha de um dos maiores comerciante de couro da França. No entanto, ele teria causado a ruína financeira da família e fugiu envergonhado de Lyon para os EUA.
Tudo sobre sua vida era um mistério: identidade, rotina, seu traje de couro que pesava quase 30 quilos... E os segredos se tornaram ainda maiores após sua morte, em 1889.
Em 2011, tudo se tornou ainda mais enigmático, afinal, historiadores desenterram seu túmulo em Ossining, Nova York, na esperança de que testes de DNA pudessem revelar a verdade, mas se decepcionaram. No local, encontraram apenas um punhado de pregos de metal.
A saga sobre o Leatherman, agora, 170 anos depois, pode ganhar uma reviravolta, visto que o arqueólogo que liderou a escavação revelou detalhes explosivos sobre falhas que sustentam a escavação no Cemitério de Esparta, perto das margens do Rio Hudson. Acontece que eles podem ter cavado no lugar errado.Ao Daily Mail, Nicholas Bellantoni, arqueólogo emérito do estado de Connecticut, disse que ou o Leatherman estava completamente decomposto ou a "localização de seu túmulo estava errada e ainda permanece desconhecida".A grande questão da discussão é que o túmulo do Leatherman só foi marcado cerca de 30 anos após seu enterro — sendo identificado pela filha da mulher que descobriu seu corpo. Ao longo das décadas, a filha poderia facilmente ter se confundido quanto ao local.A moral da história é que o Velho Leatherman era esquivo na vida e continua esquivo na morte", disse Bellantoni ao Daily Mail.A dúvida sobre o local de descanso do moribundo foi alvo de uma investigação recente do New York Times, que especulou que o corpo poderia até estar enterrado sob a estrada perto do local do túmulo.Com isso, arqueólogos vasculharam o terreno com radar de penetração no solo. Sem resultados. Mas a busca continua, visto que os restos mortais do Leatherman são uma chave genética que pode desvendar o enigma elusivo."Talvez seja melhor assim", acrescentou Bellantoni, falando sobre a possibilidade de outros locais de sepultamento, "à medida que a lenda e o mistério continuem".A lenda de LeathermanAs notícias sobre o viajante Leatherman começaram a surgir em meados de 1850, descrevendo-o como uma pessoa que usava roupas e boné de couro costurados à mão e sapatos com sola de madeira.Dizem ainda que ele vivia em cavernas e vagava pelo Canadá ou pelo nordeste americano, ainda durante o processo de industrialização impulsionado pela Guerra Civil (1861-1865).Leatherman também não entendia o inglês e se comunicava com grunhidos e gestos. Apesar de vagar sem implorar por comida, se mostrava amigável sempre que alguém oferecia algo para se alimentar. Em sua mochila de couro, ele carregava um livro de orações francês, uma bolsa de tabaco e um cachimbo. Leatherman também recusava comer carne às sextas-feiras, sugerindo que ele era católico romano.Em 1883, ele iniciou seu famoso circuito de 586 quilômetros, passando por cerca de 40 cidade e condados entre Connecticut e Nova York — percurso que ele passava a cada 34 dias. Alenda aponta que Leatherman sobreviveu a nevascas e ao frio, mas que acabou desenvolvendo um câncer na boca, só conseguindo se alimentar após deixar sua comida no "molho" no café. Após ficar em estado deplorável, membros da Connecticut Humane Society o prenderam e o hospitalizaram em 1888. Mas Leatherman teria continuado seu caminho após eles irem embora. Em março do ano seguinte, foi encontrado morto em um abrigo de pedra no Condado de Westchester, em Nova York. Segundo o legista, ele morreu em decorrência do câncer na boca. Leatherman tinha cerca de 50 anos. O moribundo foi enterrado em uma cova anônima no Cemitério de Esparta. Em 1953, a Sociedade Histórica de Ossining ergueu uma placa de bronze no cemitério em homenagem a "Jules Bourglay de Lyons".Em busca do mitoEm 2008, o pesquisador Dan DeLuca, da Wesleyan University Press, partiu em busca de desmascarar os mitos em torno de Leatherman; apontando acreditar que ele era um franco-canadense que havia aprendido a caçar, pescar e usar armadilhas com seu avô nativo americano. Ele visitou o avô no Canadá até a morte do parente, no início da década de 1880. Depois, ele começou o seu trajeto famosos pelos últimos seis anos de sua vida. Em 2011, DeLuca e Bellantoni escavaram seu túmulo, em busca de respostas e também para afastá-lo do tráfego da Rota 9 — para que as crianças que visitassem o local estivessem mais seguras.
Após dois dias vasculhando o local, eles encontraram apenas pregos que podem ter sido parte de um caixão de 122 anos, mas nada de restos mortais.
"Se tivéssemos encontrado seus restos mortais, teríamos realizado vários testes forenses para determinar se os ossos eram de um homem adulto mais velho que morreu de câncer no maxilar", explicou Bellantoni ao Daily Mail.
O pesquisador concluiu que os restos mortais do Leatherman estavam enterrados em outro lugar ou que haviam se decomposto completamente no solo altamente ácido. Entretanto, ressaltou que não havia sinais de restos humanos por lá. Mesmo assim os pregos foram enterrados novamente, longe da estrada, com uma nova placa que diz: "THE LEATHERMAN".
A ausência de material genético humano alimenta dúvidas sobre se Leatherman realmente havia sido sepultado em Ossining. Michael Hoberman — especialista no Leatherman e em outras histórias contadas boca a boca, e professor na Universidade Estadual de Fitchburg, em Massachusetts — diz que o rastro em grande parte esfriou.
"Como sociedade, queremos saber os fatos. Mas o problema com o Leatherman é que realmente não sabemos nada sobre ele", disse ao Daily Mail. "Por mais de um século, achamos que sabíamos onde ele estava enterrado, e que decepção foi descobrir que nem isso sabemos".
Paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo e até 1606 havia registrado, na respectiva câmara, cerca de quatorze locais onde descobrira ouro, no Jaraguá, em Parnaiba, em São Roque - “e pelo próprio caminho geral do sertão antigo, na borda do campo, onde dizem teve Braz Cubas umas cruzes de pedras que até hoje estão e por riba delas passa uma bêta de metal preto".- Ao dar em manifesto essas minas, declarou Clemente Alvares que havia quatorze anos que andava descobrindo pelo que se deduz que seus primeiros achados foram em 1592. Teve ele como companheiros Afonso Sardinha, o moço e Sebastião Marinho.
[24365] “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco 01/01/1954
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
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3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
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