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Movimentações de tropas militares a 27 de janeiro de 1968 que causaram estranheza à imprensa
    27 de janeiro de 1968, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


O Narrador Historicista, ou o sofredor do mal-dearquivo: No já citado relatório do DOPS/SP,6 o delegadoBenedito Sidney de Alcântara comentava a atuação do generalPaulo Trajano da Silva nessa trama (o general, ao que tudoindica, não foi figura destacada no contexto político da DitaduraMilitar, mas serviu, nesse caso, de emissário, elo entre AladinoFélix e militares com grande força dentro do governo, comoo general Jayme Portella). Aladino e Paulo Trajano erampróximos e mesmo amigos de muitos anos. Numa conversa,o vidente teria revelado ao general o plano conspiratório da contrarrevolução dos revanchistas liderados pelo ardilosoCarlos Lacerda, no início de 1968. Seguindo sugestão dogeneral, Aladino escreveu um relatório, entregue ao DiretorGeral da Polícia Federal, o terráqueo Florimar Campello. Apeça literária do DOPS reproduz um interrogatório com PauloTrajano da Silva, em que o general afirmava que, de fato, asautoridades do governo tinham acreditado na existência doplano de eclosão de uma conspiração nacional, a ser efetivadaquando de discurso de Lacerda; daí as movimentações de tropasmilitares a 27 de janeiro de 1968 que causaram estranheza àimprensa, como se se tratasse de movimentos inquietantesde objetos não identificados no céu do Brasil. A Polícia Federalde São Paulo fornecera, ainda segundo Paulo Trajano da Silva,informação de que o terráqueo sob pseudônimo de Dinotos foraum “colaborador da revolução do março de 1964”.

Dizia mais, o general: que ele ouvira de Dinotos sobre o furto de armasda Força Pública e que isso tinha sido antes do dia previsto para tal contrarrevolução revanchista, a 25 ou 27 de janeiro.Negava, porém, que dera apoio ou o que seria mais grave, que tinha inspirado as ações do grupo liderado por Aladino, ou ainda que era uma ponte de contatos imediatos de quarto grau entre Aladino Félix e altas autoridades do governo, bem como negava ter garantido impunidade ao grupo, dizendo que os livraria das investigações, mesmo que suas impressões digitais estivessem marcadas nos estilhaços de bombas e nos cenários dos atentados.

Porém, escrevia o perplexo e lírico Benedito,acareações entre os outros acusados e o general confirmavamque eles falavam a verdade, uma vez que eles persistiram comsua versão, mesmo diante de alguém de posição mais alta nahierarquia militar. [1]

O general sustenta que, convencido dos riscos que o regime e o presidente corriam, procurou a chefia da Polícia Federal do Rio de Janeiro (à época Guanabara). De fato, dias depois, ele e Aladino Félix foram ao Rio e detalharam o que sabiam – este colocou tudo num relatório datilografado. A PF passou a tratar como informação real e a repassou ao chefe da Casa Militar do Palácio do Planalto, general Jayme Portella. Costa e Silva, então, cancelou a viagem a São Paulo.No dia 27 de janeiro, com Marinha e Aeronáutica de prontidão, o Exército cercou e fez uma série de incursões pela capital paulista, mas nada de anormal foi registrado. Só em março os jornais noticiariam que um golpe havia sido abortado e apontavam o principal responsável pelo desmonte dessa rebelião: Aladino Félix. Era aplaudido pela direita e, em entrevistas, chegou a afirmar que enviou, sim, um bilhete que chegara às mãos de Costa e Silva.Nos meses seguintes, as ações da direita e da esquerda se alternariam. A VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) colocaria a bomba na sede do Estadão, que à época estava instalado na rua Major Quedinho, no centro da capital, e roubaria um paiol de armas no Hospital Militar do Exército. Por outro lado, os paramilitares dariam curso aos atentados em série. Num só dia, 19 de agosto, véspera das primeiras prisões por causa do roubo ao BMI, explodiriam as bombas no Dops e nas varas distritais criminais da Lapa e de Santana. [2]




  


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