Dia 2 de setembro de 1590 se ajuntou o povo desta dita vila os que se acharam presentes com Afonso Sardinha vereador e a mais vozes fez juiz em ausência dos juízes ordinários Fernão Dias e Antonio de Saiavedra, saiu por juiz Antonio Preto nesta vila morador por levar mais vozes que todos como parece da eleição ao diante ao qual o dito Afonso Sardinha perante mim escrivão deu juramento dos santos evangelhos sobre um livro deles ao dito Antonio Preto para ele servir o dito cargo e ele o prometeu fazer e eu Belchior da Costa o escrevi - Antonio Preto - Afonso † Sardinha. [p. 406]
É possível inferir que a administração da câmara tenha se preocupado em colocar a vila em “estado de alerta”, ordenando e revendo as posturas mais importantes para que a municipalidade permanecesse funcionando, talvez mesmo sem a supervisão da câmara. De fato, isso aconteceu no ano de 1590. O último documento deste ano é uma eleição emergencial, no dia dois de setembro, na qual Antônio Preto foi feito juiz substituto por conta da ausência dos então juízes ordinários Fernão Dias e Antônio de Saavedra, idos à guerra.
[27490] Atas da Câmara da cidade de São Paulo: 1562-1596, volume I, 1967. Prefeitura do município de São Paulo 01/01/1967 [27134] A vila de São Paulo de Piratininga revisitada: Governo e elites (1562-1600), 2021. Andrei Álvaro Santos Arrua. Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História. Programa de Pós-Graduação em História 01/01/2021