A partir de 1638, as concessões de sesmarias registram novamente petições doscolonos, alguns declarados moradores em Mogi, solicitando terras nos termos da vila de Mogie também na antiga área ocupada pelos indígenas Guarulhos . Identificamos o número de 37cartas concedidas entre 1638 e 1641. Sendo a maior parte concedida a dois ou maissuplicantes por carta, tendo como principais referenciais para a demarcação os rios Anhemby,Parateí, Jaguari, Atibaia, Cabuçu, Baquirivú , e menções específicas às propriedadesparticulares de colonos já assentados na região, como as minas de Geraldo Correa. É comumnestas cartas a referência aos caminhos, taperas dos índios Guarulhos ou mesmo a referênciadireta ao aldeamento de Nossa Senhora da Conceição para a demarcação de suas terras.É possível categorizar estes beneficiários de terras em três grupos. O primeirodeles seria o dos ocupantes formais, que receberam Carta de sesmaria ou chãos na vila deMogi. O segundo grupo é formado pelos ocupantes informais, que teriam roças, sítios ou quemoraram nessa região sem registro de sesmaria, Data de chão ou mesmo carta de compra evenda. Ao todo conseguimos identificar pelas fontes 34 pessoas que moravam ou tinham cartade compra de terras, sítios ou roças na região de Mogi e Guarulhos . Os casos são muitovariados. O terceiro grupo, mais específico, é composto por colonos que requisitaram suasterras diretamente nas cabeceiras dos aldeamentos indígenas. Para além destes, existem oscasos de exceção à regra. Se a maioria dos colonos requisitava uma sesmaria e recebia umaúnica concessão ao longo de sua vida, alguns outros chegaram a receber 3 ou 4 cartas, com asdemarcações de terras na mesma região. São os casos de Domingos de Góes e padre JoãoAlvares, à título de exemplo, que serão analisados mais adiante.Os agentes desse processo de ocupação colonial, identificados na nossa análise,são, em primeiro lugar, os grupos indígenas, tanto os que já ocupavam o território antes dachegada dos colonos europeus quanto os que migraram para esta região. Em seguida, as ordens religiosas, que nesta região estabeleceram suas fazendas, igrejas e aldeamentosindígenas. E, por fim, os colonos europeus, interessados em terras férteis e recursos naturaispara suas roças e criações, assim como pelo fácil acesso à mão de obra indígena aldeada.Por esta breve exposição é possível constatar o grau de complexidade do processode ocupação territorial dessa região na fase inicial da colonização. No breve espaço paraapresentação dos resultados de pesquisa nesta monografia, é inviável esmiuçar caso a caso osmoradores e suas especificidades. Por isto, optamos por selecionar alguns casos, à título deexemplo, sobre os quais exploraremos alguns aspectos fundamentais do processo de ocupaçãocolonial da região: a importância das relações de parentesco e compadrio para oestabelecimento dos moradores no território, o perfil dos beneficiários de terras e suasfamílias e o avanço dos colonos sobre as terras indígenas.
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