“Nefando”, segundo o dicionarista Raphael Bluteau (1728), é “coisa indigna de se exprimir com palavras, coisa da qual não se pode falar sem vergonha”. No Antigo Regime, o crime de sodomia era denominado “pecado nefando”; torpeza tão grande que até ao demônio aborrece 0 01/01/1728
“Nefando”, segundo o dicionarista Raphael Bluteau (1728), é “coisa indigna de se exprimir com palavras, coisa da qual não se pode falar sem vergonha”. No Antigo Regime, o crime de sodomia era denominado “pecado nefando”; torpeza tão grande que até ao demônio aborrece
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*