Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
7 de março de 1608, sexta-feira Atualizado em 27/09/2025 18:33:50
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1ª fonte
Data: 1739
“História da Companhia de Jesus da província do Paraguai”, Pedro Lozano (1697-1752)
Peabirú - De "pe", estrada e "abirú", de abi, "cabelo". "Por esta província de Tayaobi corre o caminho dourado, pelos Guaranis Peabirú e pelos Espanhóis de Santo Tomé; tem oito palmos de largura, em cujo espaço cresce apenas um capim muito pequeno, que pela fertilidade chega a meio metro e embora seco a palha, os campos queimados, nunca a grama do referido caminho sobe mais alto. [27966]
2ª fonte
Data: 1902
“Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo”, João Mendes de Almeida (1831-1898)
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
É incontestável que este bandeirante (Jerônimo Leitão), na leva para aquele fim aparelhada a 1o. de setembro de 1585, chegou até Paranaguá. Azevedo Marques e Romário Martins, quase acordemente, afirmam que foram indivíduos da mencionada bandeira de Jerônimo Leitão os primeiros que ali obtiveram sesmarias a partir de 1609 ou 1610. De fato, constam de documentos as concedidas a moradores de São Paulo, João de Abreu e Diogo de Unhate, datado de 1 de junho de 1614 a que este obteve. [p. 74] [24356]
“Chão de terra e outros ensaios sobre São Paulo”. Raquel Glezer
Onde as terras eram devolutas, ou seja, numa área ainda desocupada por colonos. Como bem pontuou Raquel Glezer, o uso da expressão “terras devolutas”, mesmo neste período, não estava associada ao sentido de terras devolvidas, tratando-se de um indicativo de terras desocupadas ou desaproveitadas dentro da perspectiva do processo de ocupação colonial. [28193]
9ª fonte
Data: 2014
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
Genealogia de Diogo de Unhate, consultada em geni.com
Voltou para Santos, alguns anos depois, onde serviu, de 1609 a 1617, os cargos de escrivão da Ouvidoria e da Fazenda Real (“Sesm.”, I, 35 a 224). Obteve em 1608, com João de Abreu, sesmaria em S. Sebastião e, no mesmo ano, outra sesmaria na região do rio Sorocaba. Em luta contra índios hostis e piratas de várias procedências, recebeu muitos ferimentos, do que resultou ficar manco e aleijado da mão e do braço direito (“Sesm.”, I, 22, 24 e 33).
Diogo de Unhate e João de Abreu – 1608 – Estiveram em guerras, na Capitania há 40 anos, Diogo tinha 11 filhos e 5 filhas para casar. Recebeu muitas “frexadas e feridas”, ficou manco e aleijado do braço direito e mão direita, derramou seu sangue muitas vezes. Pediram terras devolutas “tão longe” para ir roçar, a 15 léguas de Santos, em frente à ilha de S. Sebastião. [28444]
12ª fonte
Data: 2024
Distância entre Sorocaba e Ivaiporã, consulta em Google Maps
Adentrar a cartografia sesmeira dos Sécs 16 e 17 é reler histórias mal contadas que, na maioria dos casos, foram sequestradas por políticas em ambiente d´Ignorância institucional, tanto coloniais como neocoloniais; logo, “uma releitura paleo-historiográfica urge para descolonizar o contexto”, como diria o notável professor uspiano R. R. Blanco. E, ao mesmo tempo, “um comportamento intelectual de ruptura com a narrativa dos poderes instituídos na invasão ibérica e católica”, na opinião do professor Aziz N. Ab´Sáber, outro uspiano.
A ocupação do solo que antes era vivida pelos povos nativos, de entre a Cordilheira dos Andes e a Serra do Mar, via Piabiyu com o La Plata no meio, foi reocupada sob uma visão agro-latifundiária de agressão ao próprio solo e a ´Terra dos Papagaios´ virou Brasil –, até hoje, quiçá, o maior celeiro de matérias-primas (florestais e minerais) desta Terra que nos é chão, vida e tumba.
Absorver esta história por ela mesma é o que faz o pesquisador Varderlei da Silva, yby-sorocabano d´alma genuína para entender o ´quem sou eu, aqui´, e a dar seguimentos aos trabalhos de Adolfo Frioli e Gilson Sanches, entre outros e outras, com a mesma seriedade a ilustrar a leitura yby-sorocabana de raiz.
Vanderlei da Silva, em noética imersão paleohistoriográfica atingiu o ponto nevrálgico geossocial no entorno do Cerro d´Ybyraçoiaba onde Affonso Sardinha (pai e filho) deram início à metalurgia no Novo Mundo.
Ninguém duvida da característica colonial que fez Affonso Sardinha (o Velho) levantar a indústria ybysorocabana no cerro e..., no seu entorno, dar vida a assentamentos que fundaram o ambiente da ´vida sorocabana´. Aliás, tem pouco interesse a igreja-convento ´fabricada´ além Ponte das Canoas, pois, o Cerro d´Ybyraçoiaba foi e é o ponto histórico da Sociedade yby-sorocabana – i.e.,
o que hoje chamamos Sorocaba fugiu à regra colonial ibero-católica:o ponto-zero não nasceu de uma capela, e sim de um arraial de mineração!
Esta questão também está nas entrelinhas da geossociedade estudada tão meticulosamente pelo nato yby-sorocabano Vanderlei da Silva, porque o arremate em leilão (´do ferro´) feito por Affonso Sardinha (o Velho) na Capitania vicentina, não foi um pedido de terras, o ambiente rural-sesmeiro yby-sorocabano só aconteceu em função da mineração na usina de ferro com paralelo à então intensa atividade trigueira das yby sorocs às regiões do Ribeirão da Vargem Grande, Coacaya, Itaqui e Acutia. [p. 7]
Ao adentrar o eixo cartográfico com releitura páleo-historiográfica, o pesquisador teve, enfim, a percepção do ´algo´ lítero-arqueológico a emergir sob os seus olhos, e nos diz da odisseia “Decifrando a carta de sesmaria de Diogo de Onhate de 1608, Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no campo caminho da aldeia de Tabaobi”:
(...) no campo caminho da aldeia de Tabaobi, que significa "Aldeia Verde" ou "da Cor do Mar", uma légua de terra em quadra tanto de comprido como de largura de matos no sertão da capitania de São Vicente junto ao rio Pirayibig, "rio Pirajibu", significa “Barbatana”, começando da tapera, ruínas, que foi de alguém de sobrenome Corrêa.
Por causa da localização próxima da cidade de Itu, penso serem ruínas da aldeia de Maniçoba, fundada por Nóbrega como um posto avançado, ela teve duração curta, 1553 e 1554, ali o irmão Pero Corrêa foi figura importante (...)
estendendo-se rio Pirajibu abaixo de uma banda e da outra banda do mato ao longo do caminho que ia ao rio Nharbobon sorocaba, significa “Rio Ponte do Rasgão”, sendo completada do outro lado do rio Pirajibu, se necessário.
Este rio Nharbobon Sorocaba é o atual rio Sorocaba, onde o rio Pirajibu deságua, e o córrego Tapera Grande que vem de Itu passa pelo bairro Cajuru, significa “boca do mato”, em Sorocaba e deságua no Pirajibu. Não encontrei o motivo deste córrego e sua área acima em Itu serem chamados por Tapera Grande, mas é muito interessante coincidircom as referências da dita sesmaria.
Foi com a descoberta do topônimo Tabaobi, que finalizei minhas pesquisas de três anos e meio sobre a origem do atual bairro Itavuvu em Sorocaba, sua localização aproximada e analise paleográfica revelaram a evolução da aldeia de Tabaobi que se tornou paragem de Tavovú depois fazenda de Tavovú, tornou-se bairro de Tavovú. Só no final do século XVIII por motivo desconhecido, a palavra Tavovú ganhou um “I” no começo e virou uma pedra desconhecida, Itavovú e depois Itavuvú, veio de maneira equivocada e anacrônica ser usada como sinônimo de Itapebussú, "Pedra Chata e Grande" o verdadeiro "Berço de Ferro" de Sorocaba no Araçoiaba. Mestre Adolfo Frioli está certíssimo em afirmar: "Sorocaba nasceu no meio da Montanha” (...).
Perceba-se nesta tese como a releitura paleográfica sobre documentação cartográfica do ambiente sesmeiro ibero-colonial a oeste da Capitania vicentina e dos Campos de Piratininga adentra a territorialidade de um enigma:
“Maniçoba, a aldeia ou sítio jesuítico onde Manoel da Nóbrega queria dar início ao seu projeto Império teocrático, logo interrompido pelo bandeirismo judeo-cristão a partir da vingança de Família Raposo Tavares, cuja matriarca judia foi martirizada pelos inquisidores jesuítas, em Portugal” (J. C. Macedo: palestra, Porto dos Casais, 1992). Até hoje o societarismo jesuítico-vaticano não trouxe à luz do dia toda a história relativa a Maniçoba.
Também por isso, as pesquisas de Vanderlei da Silva abrem mais uma janela para se descolonizar a história e vivê-la tal e qual na sua raiz... [p. 8] [31913]
Sesmarias: 1602-1642 Data: 01/01/1921 Créditos/Fonte: Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo Página 33
ID: 11097
Sesmarias de 1602-1642 Data: 01/01/1921 Publicação Oficial do Arquivo do Estado de São Paulo, impresso pela Tipografia Piratininga. Página 33
ID: 11111
Mapa Amerique Meridionale Data: 01/01/1650 Créditos/Fonte: Nicolas & Guillaume Sanson
ID: 11518
Mapa Data: 08/11/2024
ID: 14073
Mapa Data: 01/01/1671 Créditos/Fonte: John Ogilby (.303.(rio sorocaba
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