Figuras paulistas que povoam as crônicas do passado; Jornal “Diário da Noite”/SP
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
É a ciência feita de suor como dissemos. Temos sobressaltos de lógica, temos anos de indagações não respondidas, temos frustrações, temos horas de arrancar os cabelos, mas o verdadeiro poder do gênio é a força de vontade para fazer todos os erros necessários para chegar a resposta.
Michio Kaku referindo-se a Albert Einstein
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