No ano seguinte veria Afonso Sardinha aumentada suas propriedades. Tendo requerido a Gaspar Conqueiro, capitão e ouvidor com alçada em São Vicente, loco tenente de Lopo de Souza, que como morador antigo da capitania, que em tudo servira a el-Rei e pronto estava para outra vez o fazer, desse-lhe "uns alagadiços e campos", situados ao longo do rio "Jerobatiba", de ambos os lados, onde tinha sua fazenda e um trapiche de açúcar, deferindo-lhe o ouvidor ao que pedia, mandando passar-lhe a respectiva carta em data de 3 de novembro de 1607.
Anos depois em 1607 encontramos o registro de uma data de terra onde consta que Gaspar Conqueiro. capitão e ouvidor da capitania de São Vicente concedeu ao requerente as terras que estavam perto do rio Jerobatiba (atual rio Pinheiros), pois que Affonso Sardinha havia lhe enviado uma petição onde relatava seu estado de antigo morador da capitania requerendo a posse da fazenda que já habitava, onde havia um trapiche de açúcar.
No auto de posse da data de terra temos a 1º referência ao nome da fazenda, ainda que de forma truncada pois o original encontra-se danificado.
"Anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e seiscentos e sete annos aos treze dias do mes de ... e no termo da villa de São Paulo, que se diz Ubat ... onde mora Atfonso Sardinha estando ahi Gaspar Conqueiro ." (2)
A exposição retro permite o estabelecimento da origem das terras da conhecida "Fazenda Butantã" em mãos de Affonso Sardinha que tinha alem desta, mais duas glebas de terras conforme se esclarece a seguir.
Na mesma ocasião em que Affonso Sardinha recebeu as terras no Butantã lhe foi concedida uma sesmaria que abrangia as terras compreendidas entre a estrada de Itu e o rio dos Pinheiros e Tietê, além do ribeirão Jaguarahe até o córrego "Aguada dos índios", onde em 1590, seu proprietário construiu um forte para a defesa ao ataque dos índios que valeu á área a denominação de "Sesmaria do Forte".